Viking: 40 anos em Marte!

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Quando se pensa em 20 de julho, os entusiastas da Conquista do Espaço imediatamente associam a data à maior aventura Humana, a chegada do Homem à Lua.

Em 20 de Julho de 1976, a sonda da NASA Viking 1 pousou com segurança na superfície de Marte, tornando-se a primeira nave espacial no planeta vermelho. Inicialmente prevista para ocorrer no dia 4 de julho, para coincidir com a celebração do bicentenário dos EUA, a nave sofreu um atraso, após imagens do orbitador – nave-mãe da sonda – revelar que o local de pouso planejado tinha uma superfície muito irregular.

Os técnicos e cientistas levaram 16 dias para encontrar uma alternativa menos perigosa. Dois meses depois, em 03 de setembro, a sonda gêmea, Viking 2, também pousou no planeta.

Viking-1 em Marter. Crédito: NASA

As sondas foram construídas pela Martin Marietta, que depois foi absorvida pela atual Lockheed Martin. Na época, os cientistas acreditavam que as chances das naves de sobreviverem ao pouso eram de 50% e 90 dias de uso. Não só foi um completo sucesso os pousos, como as sondas operaram por vários anos.

Cada sonda levava três instrumentos destinados a observar diferentes assinaturas químicas ou biológicas de organismos vivos (ou que lá existiram). Um instrumento relatou uma detecção positiva, outra negativa e a terceiro inconclusiva. A falta de evidência clara para a vida pode ter desestimulado o interesse da NASA para a exploração de Marte nos 20 anos subsequentes.

Graças à uma nova geração de cientistas planetários e líderes da NASA, missões à Marte foram retomadas na década de 1990. Uma frota de naves cada vez mais sofisticadas e rovers escrevem a história iniciada por estas máquinas.

Vida: Sim ou Não?

As duas sondas realizaram três experimentos especialmente concebidos para a tarefa, um dos quais chamado de LR (Labeled Release).

O experimento LR pegou um pouco de solo marciano e misturou com uma gota de água que continha nutrientes e átomos de carbono radioativo. A ideia era de que se o solo continha micróbios, as formas de vida metabolarizariam os nutrientes e liberariam dióxido de carbono, ou gás de metano, o qual poderia ser medido por um detector de radiação.

Também foram realizados experimentos aquecendo algumas amostras do solo de Marte em diferentes temperaturas e isolando outras amostras no escuro por meses, em condições que matariam micróbios que dependem da fotossíntese para a sobrevivência.

Para o deleite de muitos biólogos, o experimento LR deu positivo para a vida, mas os experimentos de controle deram negativo. Infelizmente, os resultados do LR não puderam ser comprovados por outros dois experimentos das sondas, sendo que ambos deram negativo para a vida e a NASA descartou a possibilidade.

 

 

 

 

 

 

Fontes: Sky & Telescope; National Geographic

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