SETI deveria considerar os buracos negros como alvos em potencial para a procura de ETs

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Ao contrário da visão da Disney, entrar num buraco negro não o tornará Satã 2.0, reinando sobre legiões de condenados. Ao invés disso, o interior de um buraco negro é realmente escuro e insignificante. Todavia, ele não é o destino, mas a jornada.  TopTrending publicou um ótimo vídeo (em inglês) no YouTube, ilustrando os efeitos bizarro de uma aproximação dessa singularidade.

Vídeo viaTop Trending

Como o vídeo ilustra, o maior fenômeno experimentado é a dilatação do tempo quando uma pessoas se aproxima do ‘ponto de não retorno’, chamado de ‘horizonte de evento’.  Aqueles do lado de fora verão a nave descer vagarosamente, até que ela para, ficando presa como uma mosca em âmbar.  Aqueles viajantes estarão efetivamente fora da linha do tempo subjetiva do Universo.  Para cada um de seus minutos, décadas, séculos ou milênios se passaram do lado de fora.  Este fenômeno tem implicações para a procura por vida extraterrestre.

“Onde estão todos?” é a questão central do Paradoxo de Fermi.  Quando apontamos nossos olhos e ouvidos em direção ao céu, nos deparamos com um silêncio profundo.  Por meio século a humanidade tem feito varreduras do céu, à procura de sinais que afirmem não estarmos sós no Universo.  A banda de rádio que possui a maior promessa de detecção de vida similar à nossa fica entre 1420 e 1666 megahertz.  Também conhecido como o ‘buraco d’água’, estas frequência correspondem com os comprimentos de onda de radicais hidroxila (OH, 18cm) e hidrogênio (H, 21cm), constituindo H2O, também conhecido como água.  Esta parte do espectro de rádio é relativamente silenciosa, tornando-a perfeita para escutar a vida extraterrestre, considerando a menção inspiradora de Bernard Oliver: “Onde encontraremos nossos vizinhos?  No buraco d’água, onde as espécies sempre se reúnem”.

De forma frustrante, esta banda e outras têm estado muito quietas.  De acordo com dados do observatório Kepler poderia haver até 40 bilhões de mundos habitáveis em nossa galáxia.  Em 2012, Thomas Hair e Andrew Hedman modelaram a expansão de civilizações interestelares, concluindo que uma civilização viajando a 1/4 de 1% da velocidade da luz, poderia colonizar a galáxia em 50 milhões de anos.  Com base nesses dados, os céus deveriam estar fervilhando com conversas.

Já que a viagem mais rápida do que a velocidade da luz não é uma possibilidade teórica, as civilizações estão enroscadas com naves mais lentas do que a luz.  À medida que eles pulam entre sistemas estelares, esses seres seriam mais prováveis de encontrar mundos vazios, ou planetas cheios de primitivos, ao invés de colegas que conseguem viajar até o espaço.  Ao invés de desperdiçarem tempo e recursos valiosos caçando uma outra civilização, uma espécie poderia esperar pelos resto do Universo e se reunir dentro de um buraco negro.

A procura por vida extraterrestre ao redor de um buraco negro levanta muitas questões. Onde procurarmos? Procurarmos por o que?

Em 2014, o Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR)  da NASA e o observatório Swift podem ter observado um pista. Buracos negros são cercados de coronas, constituídas de partículas energética que se movem à uma fração da velocidade da luz, e emitem raios-X.  O NuStar e o Swift observaram a corona do supermassivo buraco negro Markarian 355 entrar em colapso, antes de ser expelida, emitindo uma labareda de raio-X.  Há a possibilidade de que um evento como este seja intencionado a ser um farol para atrair a curiosidade de outros para darem uma olhada mais próxima a esses esconderijos alienígenas em potencial

Se este for o caso, desculpando-se do Dr. Oliver, “Onde encontraremos nossos vizinhos? Num buraco negro, onde espécies irão se reunir num futuro longínquo.”

n3m3

Fonte: dailygrail.com

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