Essa frase acima foi dita em um evento de ufologia e trás uma questão interessante. Para que uma raça possa nos monitorar pessoalmente por tanto tempo, ou eles moram por aqui, ou criaram um posto avançado de estudo da Terra. Por que?
Pense na hipótese que uma nave gigantesca escondida de nossos telescópios viesse de outro sistema solar para estudos e depois de algum tempo voltasse para seu planeta de origem dando lugar a outra nave. Imagine os custos que essa viagem teria e as chances de algo dar errado (como por exemplo uma falha mecânica em gravidade zero poderia implodir a nave). Pense também nos tripulantes desprovidos de seu ambiente natural por anos ou décadas no mais profundo isolamento (até onde se sabe seres orgânicos complexos não suportam bem as condições de baixa gravidade ou isolamento em espaços fechados).
O mais lógico para essa empreitada ao estudo humano seria a criação de uma base fixa que simulasse as condições de seu planeta de origem e que permitisse, entre outras coisas, o reparo de seus maquinários, estoque de provisões, estudos mais detalhados sobre suas observações (nós?) e a troca periódica de tripulação de tempos em tempos em pequenas (e mais econômicas) naves. Veja que uma base fixa em nosso sistema solar seria muito mais barata e inteligente do que carregar um pequeno planetoide entre os dois sistemas apenas para continuar suas pesquisas. Um grupo simplesmente assumiria onde o outro parou.
Mas onde ficaria essa base? Primeiramente teria que ser em um local seguro, sem atividades atmosféricas (como furações) ou geográficas (como terremotos) frequentes. Também seria interessante um local com gravidade e atmosfera mínima (um local sem atmosfera receberia muitos impactos de pequenos meteoritos que poderiam causar problemas com o tempo). Claro que tudo isso poderia ser gerado com tecnologia, afinal se esses seres podem chegar até aqui supõe-se que poderiam criar um ambiente com gravidade artificial, mas seria melhor não depender dela o tempo todo. Achar um lugar provável seria difícil, mas podemos subtrair alguns lugares menos prováveis.
Primeiro a base teria que receber uma quantidade suficiente de energia solar. A razão principal é que o Sol é um gerador de energia praticamente infinito que poderia ser usado desde abastecimento de suas naves até o plantio de certos vegetais, ou até coisas simples como um período de dia/noite (como somos oficialmente o único planeta habitável sabemos que o ciclo de dia e noite é fundamental para os seres vivos). Por fim, e talvez a hipótese mais aceitável, somos o terceiro planeta a partir do Sol, então se querem nos estudar seria bom ficar próximo da fonte de estudos. Com isso podemos descartar lugares distantes como Plutão e além.
Também estaria fora de questão os planetas gasosos. Além de não possuírem superfícies sólidas suas condições meteorológicas são extremas demais para manter uma base avançada. Saturno, Júpiter e Netuno estariam fora da conta.
Planetas sem atmosfera como Mercúrio. Some ao fato da temperatura absurda do planeta e ele sempre estar com a mesma face voltada para o Sol (retirando o ciclo de dia e noite).
Com essa pequena subtração parece que não há lugares bons para a construção de uma base correto? Errado. Nosso sistema solar possui diversos satélites naturais que podem proporcionar as condições ideais descritas acima (especialmente Júpiter e Saturno) onde pouco ou nada se sabe a respeito. Some ao fato que essa base pode ser subterrânea e até nossa Lua se mostra um candidato em tanto. Seria como estar escondido na frente de todos.
Ao invés de vermos naves como do filme Independence Day orbitando o sol enquanto o devora, devíamos prestar mais atenção aos satélites que nos rodeiam. Eles podem guardar muito mais segredos que se imagina.
Rafael dos Santos Ribeiro