Um estudo recente revela que o nosso planeta não é uma ‘zona segura’, como anteriormente se pensava.
A Terra pode estar em grande perigo à medida que a trajetória do Sol através da galáxia envia cometas em direção ao nosso planeta, alertaram os cientistas.
Os pesquisadores identificaram um ciclo de 26 milhões de anos de impactos de meteoros , o qual coincide com a época da extinção em massa nos últimos 260 milhões de anos.
Os eventos do ‘dia do juízo final’ estão conectados ao movimento do Sol e sua família de planetas através do denso plano central da Via Láctea.
Acredita-se que as perturbações gravitacionais na Nuvem Oort – um invólucro de objetos gelados na beira do sistema solar – causam chuvas periódicas de cometas através da região interna, onde a Terra reside.
Os últimos três eventos teriam ocorrido há aproximadamente 11 milhões de anos, que é a mesma época da extinção em massa dos meados do período Mioceno.
Mas, de acordo com o Professor de geologia estadunidense, Michael Rampino, poderia estar errado presumir que estamos vivendo numa era completamente segura, milhões de anos do próximo período de perigo.
Ele disse: “Há evidência que a atividade de cometas tem sido alta pelos últimos um ou dois milhões de anos, e algumas órbitas de cometas estão perturbadas; assim podemos estar dentro de uma chuva no presente momento“.
“Isto bate com a nossa posição próxima do plano médio galáctico, onde as perturbações da matéria escura, etc., seriam esperadas.”
A matéria escura é uma substância invisível misteriosa que cerca as galáxias, e somente pode ser detectada a partir de seus efeitos gravitacionais. Acredita-se que ela contabiliza por mais de 80% de toda a matéria do Universo.
O Professor Rampino, da Universidade de Nova Iorque, e o Professor estadunidense Ken Caldeira, da Instituição Carnagie, conduziram uma análise dos impactos de meteoros e as extinções, usando dados recentemente disponibilizados, os quais fornecem estimativas de idade mais precisas.
Eles descobriram que seis extinções em massa correlacionavam com o tempo dos períodos de mais crateras de impacto na Terra.
Um dos impactos estudados foi causado por um grande cometa ou asteroide que atingiu a Terra há 65 milhões de anos, na costa do Yucatan (México) e acredita-se que foi o causador do desaparecimento dos dinossauros.
Cinco das maiores crateras de impacto coincidem com os eventos de extinção em massa, disseram os cientistas que escreveram no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
“A correlação entre a formação destes impactos e os eventos de extinção por sobre os últimos 260 milhões de anos é impressionante e sugere uma relação de causa-e-efeito”, disse o Professor Rampino.
“Este ciclo cósmico de morte e destruição tem, sem dúvida, afetado a história da vida em nosso planeta.”
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