Descoberta a origem do meteoro que explodiu na Rússia

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Órbita estimada do meteoro ChM.

Astrônomos traçaram a origem do meteoro que deixou mais de 1.000 pessoas feridas, após explodir sobre a Rússia central neste mês.

Usando vídeos de filmagens amadoras, eles foram capazes de traçar a trajetória do meteoro através da atmosfera terrestre e então reconstruir sua órbita ao redor do Sol.

Enquanto a rocha queimava por sobre a cidade de Chelyabinsk, uma onda de choque detonou janelas e balançou prédios.

Uma equipe da Colômbia publicou os detalhes no site Arxiv.

Vários vídeos da bola de fogo foram feitos por intermédio de câmeras de celulares, câmeras circuito fechado, e câmeras em paineis de carros, e subsequentemente compartilhadas na Internet.  Além disso, as câmeras de tráfego tinham registrado a data e hora exatas do incidente, o que auxiliou as pesquisas.

O meteoro foi estimado pela NASA como tendo entre 7 e 10 toneladas, com 17 metros de diâmetro.

Usando a filmagem e a localização do impacto no Lago Chebarkul, Jorge Zuluaga e Ignacio Ferrin, da Universidade de Antioquia em Medellin, foram capazes de usar trigonometria simples para calcular a altura, velocidade e a posição da rocha quando caía na Terra.

Para reconstruir a órbita original do meteoro ao redor do Sol, eles usaram seis diferentes propriedades de sua trajetória através da atmosfera terrestre.  A maioria delas são relacionadas ao ponto em que o meteoro se tornou brilhante o suficiente para emitir uma sombra perceptível nos vídeos.

O meteoro de Chelyabinsk, agora como nome de ChM, parece ter estado em uma órbita elíptica ao redor do Sol antes de colidir com a Terra.

Os pesquisadores digitaram seus cálculos no software de astronomia desenvolvido pelo Observatório Naval dos EUA e os resultados sugerem que o meteoro pertence à uma família conhecida de rochas espaciais, chamadas asteróides Apollo.

Até agora, foram descobertos aproximadamente 9.700 asteróides. Desses, 5.200 seria do grupo dos Apollos.  Os asteróides são divididos em grupos de acordo com seu tipo de órbita

O Dr. Stephen Lowry, da Universidade de Kent, disse que a equipe fez bem em publicar a descoberta tão rapidamente.

Certamente parece que ele era membro da classe Apollo de asteróides.  Sua órbita elíptica, de baixa inclinação, indica uma origem dentro do sistema solar, mais provavelmente vindo do cinturão de asteróides que fica entre Marte e Júpiter.  Talvez, com mais dados, poderemos determinar aproximadamente de que ponto no cinturão ele originou“, disse o Dr. Lowry.

n3m3

Fonte: www.bbc.co.uk

Colaboração: Murillo Paiva, Fernando Ramos

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  • antoniofarias

    Conclui-se que a a órbita desses meteoros não é uniforme mas é de dentro do próprio sistema solar.

  • antoniofarias

    Tem que ampliar a vigilância, mais uns desses, aí a casa cai!

  • Valdemir Faleiros

    Tudo muito bom, muito interessante; já até batizaram a criança com o nome de ChM, agora só falta essa criança aparecer, né sô…

  • AF

    Fazer modelagens e simulações é bem divertido. Atualmente estou brincando de fazer modelagem mais aproximada do que significa a aplicação da teoria de Kaluza Klein do ponto de vista de uma quinta dimensão usando um programa de modelagem 3d freeware.
    .
    Primeiro usei o lápis e o papel, agora falta colocar no programa.
    .
    As imagens que encontrei disponíveis na internet são rígidas e dão a entender que os eixos de 3D (x, y e z) estão imóveis quando na realidade do ponto de vista de 5D eles podem contrair e expandir de várias formas numa espécie de borrão do elemento de estudo por todo o espaço e dá para ver a história toda dele de fora. O centro do borrão em tese tem a maior chance de encontrar o objeto. Na verdade existe alguma chance de encontrar qualquer coisa em qualquer parte do universo mas a probabilidade cai infinitamente sem alcançar o zero a partir de onde ele está. (talvez essa seja uma das razões para estarem testando para encontrar a quinta força da natureza que parece unir todas as coisas.
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    Se considerar o período de vida de um objeto comum dentro do universo, uma bola por exemplo, e considerar que o passado, o presente e o futuro acontecem ao mesmo tempo nesse universo (tempo total de existência infinitamente comprimido) nós obtemos um borrão com origem e destino da tal bola desde o momento que ela saiu da fábrica até desaparecer e ser assimilada no meio ambiente.
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    Cada trajeto é um universo possível e pode ser organizado e tabelado sendo escolhido por quem estiver olhando do lado de fora da tabela de trajetos.
    .
    Entretanto a tabela também perde visibilidade com a distância. Mas apesar de ela tender a um destino não significa que esteja incompleta, significa que está em movimento pois não há parâmetro maior conhecido ainda.

  • asa

    O povo mundial é louquinho para ser enganado, como não sabemos nem nossa origem correta, pois todo dia descobrem outra data de descobrimento, como saberíamos a origem correta de um meteoro que veio para a terra, SERÁ QUE NINGUÉM VÊ QUE NÃO TEMOS TECNOLOGIA PARA ISSO ?

    • Leo D'Alessandro

      Temos tecnologia sim.Temos alguns parametros tbm. Hoje em dia estudamos a engenharia reversa de algumas teorias, na prática. Na prática? Sim… temos material aqui na Terra que podem e muito nos ajudarem a EXPLORAR o universo. Com letras maiusculas.

  • Paulo

    Correcao N3m3:

    O meteoro foi considerado com 10 toneladas antes pela nasa. Logo depois dos videos, avaliou-se que um meteoro de 10 toneladas nao iria causar uma onda de choques violenta daquelas, e logo aumentaram as estimativas para 7 a 10 MIL toneladas!

    Algo gigantesco para o que estamos acostumados a entrar na terra. Alem disso, a frequencia de ocorrencias desses meteoros é aproximada de 1 em 100 anos.

    Nao sei como eles divulgaram ter apenas 10 toneladas, qualquer cientista/engenheiro saberia q as dimensoes eram muito maiores do que isso.

    Parabens pelo blog, eu lembro das primeiras postagens, e depois de mais de um ano sem acessar aqui, vejo que o blog cresceu bastante
    Ate