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NASA: A sonda Cassini descobriu evidências de água salgada em lua de Saturno

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Jatos de água emanando do pólo sul da lua de Saturno, Encélado. Crédito da imagem: NASA/JPL/SSI

O site da NASA publicou ontem, (22/6/2011) que sua sonda Cassini da NASA descobriu a melhor evidência já encontrada de um grande reservatório de água salgada sob a superfície de gelo da lua de Saturno, Encélado.  Os dados vieram da análise direta de grãos de gelo, ricos em sal, próximos dos jatos que ejetam desta lua.

O analisador de poeira cósmica do Cassini mostrou que os grãos expelidos das rachadura, conhecidas como ‘listras de tigre’, são relativamente pequenos e predominantemente baixos e teor de sal longe da superfície desta lua.  Contudo, próximo da superfície, a Cassini descobriu que grãos relativamente grandes e ricos em sódio e potássio dominam estes jatos.  As partículas ricas em sal têm uma composição similar a de oceanos e indicam que a maior parte, senão todas, são de gelo expelido e de vapor de água vindos da vaporização da água salgada em estado líquido.

Atualmente não há uma forma plausível de produzir um fluxo constante de grãos ricos em sal a partir de gelo sólido por todas as ‘listras de tigres’, a não ser da água salgada sob a superfície gelada de Encélado,” disse Frank Postberg, um cientista da Universidade de Hildelgerg, Alemanha, que trabalha com a equipe Cassini, e o principal autor do documento deste estudo ,que foi publicado na edição desta semana do periódico Nature.

Quando a água congela, o sal é ‘apertado’ para fora, deixando gelo puro de H2O para trás.  Se os jatos estivessem sendo emanados do gelo, eles deveriam conter muito pouco de sal neles.

A missão Cassini descobriu vapor de água e jatos de gelo na lua Encélado em 2005.  Em 2009, os cientistas, utilizando o analisador de poeira cósmica, examinaram  alguns sais encontrados nos grãos de gelo do anel E, o mais externo de Saturno, e o qual  recebe seus materiais primariamente dos jatos provenientes de Encélado.  Mas a conexão deste fato com a ‘sub-superfície’ de água salgada daquela lua não estava comprovada.

Os dados sugerem uma camada de água entre o núcleo rochoso da lua e seu manto gelado, possivelmente  à uma profundidade de aproximadamente 80 quilômetros abaixo da superfície.  À medida que a água passa pelas rochas, ela dissolve os compostos de sal e se eleva através das fraturas sobre o gelo para formar as reservas próximas da superfície.  Se a camada mais externa rachar, a menor pressão do espaço causa a ejeção deste líquido para fora da lua.  Aproximadamente 200 Kg de vapor de água é perdido a cada segundo nestes jatos, com menores quantidades perdidas na forma de grãos de gelo.  A equipe calcula que as reservas de água devem ter grandes superfícies em evaporação, ou elas congelariam instantaneamente, assim bloqueando os jatos.

Esta descoberta é uma nova peça crucial de evidência, a qual mostra que as condições ambientais favoráveis para a vida podem ser sustentadas em corpos gelados que orbitam os planetas gasosos gigantes,” disse Niclas Altobelli, cientista Agência Espacial Européia para o projeto Cassini.

A missão Cassin-Huygens é um projeto de cooperação entre a NASA, a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Italiana.  A missão é gerenciada pela Jet Propulsion Laboratory – JPL, para a Diretoria de Missões de Ciência da NASA em Washington.  O JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, na cidade de Pasadena.

Água é o que não falta para vida lá fora no universo.  Agora só falta confirmarem o óbvio: não estamos sós no universo!

n3m3

Fonte: www.nasa.gov

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