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Água em Marte permaneceu por muito mais tempo do que se pensava, descobriu novo estudo

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Leito de rocha de tom mais claro, que cerca fraturas e é composto de concentrações de silício – chamado “halos” – foi encontrado na cratera Gale, indicando que havia água em Marte no estado líquido por muito mais tempo do que se acreditava.

A nova descoberta foi reportada num trabalho publicado hoje no Geophysical Research Letters, um periódico da União Geofísica Americana.

Jens Frydenvang, um cientista do Laboratório Nacional Los Alamos e da Universidade de Copenhague e autor líder do trabalho, disse:

A concentração de silício é muito alta nas linhas centrais destes halos.

O que estávamos vendo é que o silício parece ter migrado entre o leito de rocha sedimentar muito velho para as rochas mais novas sobrejacentes. A meta do jipe-sonda Curiosity da NASA tem sido descobrir se Marte já foi habitado, e tem tido muito sucesso em mostrar que a cratera Gale uma vez continha um lago com água que até mesmo poderíamos beber, mas ainda não sabemos por quanto tempo este ambiente habitável durou.

O que este descoberta nos diz é que, mesmo quando o lago finalmente evaporou, quantidades substanciais de água subterrânea estavam presentes por muito mais tempo do que anteriormente se pensava – assim expandindo muito mais a janela para quando a vida poderia ter existido em Marte.

água em Marte
Uma imagem de mosaico das câmeras de navegação do jipe-sonda Curiosity mostra os ‘halos’ de leito de rocha com tonalidades mais claras ao redor das fraturas. Estes halos são compostos de concentrações altas de silício e indicam que a água subterrânea fluiu através das rochas na cratera Gale por muito mais tempo do que se acreditava anteriormente. Credito: NASA/JPL-Caltech

Se esta água do subsolo poderia ter sustentado a vida, ainda não se sabe. Mas este estudo apoia as recentes descobertas por outro cientista do Los Alamos, as quais descobriram boro em Marte pela primeira vez, o que também indica o potencial para água subterrânea no passado do planeta…

…O silício elevado nos halos foi encontrado sobre aproximadamente 20 a 30 metros em elevação, próximo da camada de rocha dos sedimentos do antigo lago que continham um alto conteúdo de silício. Fryedenvang disse:

Isto nos diz que o silício encontrado nos halos em rochas mais novas, provavelmente foi remobilizado das rochas sedimentares mais velhas pela água que fluía através das fraturas.

Especificamente, algumas das rochas contendo os halos foram depositadas pelo vento, provavelmente como dunas. Tais dunas somente existiriam após o lago ter secado. A presença de halos nas rochas formadas muito após o lago ter secado indica que a água subterrânea ainda estava fluindo entre as rochas, mais recentemente do que se pensava.

n3m3

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