Podemos estar procurando pelos extraterrestres errados, diz astrônomo do SETI
Embora o Instituto SETI (Procura pela Inteligência Extraterrestre) seja mais conhecido por seu método de procura por vida extraterrestre inteligente através de rádio telescópios que tentam captar possíveis sinais enviados pelos ETs – método este que tem sido usado por mais de 50 anos, aparentemente sem sucesso – um de seus astrônomos, Seth Shostak, parece ser um dos poucos por lá que pensa fora do quadrado. Veja a nota que ele escreveu no site axios.com:
Enquanto Hollywood definiu o padrão icônico de um alienígena – um cara anoréxico, acinzentado e de olhos amendoados – não há razão para a vida extraterrestre inteligente ser parecida com os humanos. De maior importância, aqueles que procuramos podem absolutamente nem ser criaturas vivas.
Os humanos estão ocupados inventando inteligência artificial generalizada – máquinas que são iguais a nós cognitivamente, e logo serão nossos superiores. Com base neste arco tecnológico, é razoável presumir que alienígenas avançados já fizeram isto há muito tempo. Mas tais máquinas pensantes não estão restritas aos planetas e outros habitats condutíveis à biologia.
Por que isto é importante? Nossas pesquisas por companhia no cosmos geralmente usam grandes antenas para procurar por sinais de rádio fracos, produzidos deliberadamente, vindos de outros mundos que são prováveis de serem similares à Terra. Presumimos que os alienígenas precisam o que nós precisamos – um mundo aquático e uma atmosfera espessa. Mas se os alienígenas não forem biológicos, então precisamos modificar nossas estratégias. Os intelectos mais impressionantes do Universo não precisam de planetas com ambientes amigáveis à vida, e poderiam se espalhar por todo o espaço. Os extraterrestres reais podem não ser homenzinhos cinzas, mas sim caixinhas cinzas.
Seth Shostak pode estar absolutamente correto em seu pensamento, mas não podemos descartar o fato de que, como sempre digo, entre zero e um número infinito, há infinitos números. Assim, podemos encontrar de tudo lá fora, inclusive civilizações que, como nós, utilizam o rádio para se comunicarem.
n3m3