Os alienígenas realmente nos matariam, como no filme ‘Independence Day’?
No novo filme “Independence Day: O Ressurgimento“ (que estreou nos cinemas dos EUA em 24 de junho passado), a Terra mais uma vez se prepara para uma batalha épica contra uma raça de alienígenas hostis. A premissa irá mostrar algumas sequências espetaculares de ação, mas o quão realista é a ideia de que, se alienígenas visitassem a Terra, sua meta principal seria a de nos destruir? O que os especialistas acham disso?
Há vinte anos, o predecessor do novo filme, “Independence Day”, mostrou Will Smith e Jeff Goldblum ficando espertos enquanto usavam um vírus de computador (presumivelmente escrito em linguagem de computador com base na Terra) para desabilitar uma nave alienígena e salvar a humanidade. No novo filme, as nações da Terra desde então criaram um enorme programa de defesa para proteger nosso planeta, mas pode não ser o suficiente para defender a humanidade quando os alienígenas retornarem.
O renomado físico, Stephen Hawkin, disse repetidamente estar receoso dos alienígenas aniquilarem a raça humana, da mesma forma que os humanos aniquilam colônias de formigas
Em 2015, Hawkin colaborou no lançamento de uma iniciativa chamada Breakthrough Listen, que irá enviar sinais de comunicação até os alienígenas lá fora no cosmos, e finalmente transmitir sinais da raça humana, com a meta de habilitar a comunicação pelo Universo.
“Não sabemos muito sobre alienígenas, mas sabemos sobre os humanos”, disse Hawking ao lançar a Breakthrough. “Se você olhar para a história, o contato entre humanos e organismos menos inteligentes muitas vezes são desastrosos a partir do ponto de vista deles, e encontros entre civilizações com tecnologias avançadas, versus primitivas acabou prejudicando as menos avançadas. Uma civilização que lê a nossa mensagem poderia estar a bilhões de anos à nossa frente. Se este for o caso, eles serão vastamente mais poderosos, e podem não nos ver como algo muito mais valioso do que uma bactéria.”
Seriam os alienígenas benignos?
Invasões alienígenas da Terra não são nada novo em ficção científica. Um dos exemplos mais famosos é a “Guerra dos Mundos“, um clássico do século XIX de H.G. Wells, que foi adaptado no filme de Tom Cruise em 2005. Nesse filme, alienígenas inexplicavelmente começaram a sair debaixo da pavimentação das cidades para incinerar os humanos.
Mas alguns filmes mostram os alienígenas como sendo benignos, como no filme “Contato” de 1997, baseado num livro de Carl Sagan, da década de 1980. Um sinal começa a gerar números primos, do qual a equipe da SETI de Jody Foster tenta decifrar. Seus esforços para comunicar como os ETs ficam um tanto estranhos, mas definitivamente não há nenhuma invasão.
Esta visão esperançosa é algo que a comunicadora científica, Ann Druyan, viúva de Sagan, compartilhou no evento Breakthrough em 2015. (Esta visão também é compartilhada pela astrônoma Jill Tarter, ex-diretora do Centro para Pesquisa da SETI, na qual a personagem de Jody Foster foi baseada.) Druyan também está envolvida na iniciativa Breakthrough.
“Podemos ter um período de nosso futuro onde iremos superar nossa bagagem evolucionária e evoluiremos para nos tornar menos violentos e com visão menos curta”, disse Druyan. “Minha esperança é a de que as civilizações extraterrestres não sejam somente mais proficientes do que nós tecnologicamente, mas também mais cientes da rareza e preciosidade da vida no cosmos.”
Debate sobre o Active SETI
Atualmente, três espaçonaves estão saindo do nosso sistema solar – a sonda Pioneer e as duas sondas Voyager – contendo mapas que apontam o caminho de volta para a Terra. E há uma continuidade das iniciativas de enviar mensagens aos alienígenas em espaçonaves. Quando a sonda New Horizons da NASA terminar seu trabalho em Plutão e possivelmente no cinturão de Kuiper, algumas pessoas esperam criar uma mensagem de crowdsource para os alienígenas e enviá-la para o disco rígido da sonda.
Porém, alguns pesquisadores não têm tanta certeza se é uma boa ideia desviar os esforços do SETI de somente escutar, e realmente enviar sinais – um método alguns chamam de “Active SETI”, ou SETI Ativo.
“Defensores do Active SETI se desligaram da sabedoria convencional dos pioneiros do SETI, que era a de somente escutar, e não transmitir. Esta mudança pode ter sido impulsionada pela impaciência das pessoas jovens no SETI, após 40 anos de procuras sem resultados”, disse Michael Michaud, escritor do livro “Contact with Alien Civilizations: Our Hopes and Fears About Encountering Extraterrestrials” (2007, Copernicus), numa entrevista em 2014 com o Space.com.
“Mas o Active SETI não é ciência”, adicionou Michaud, um foi Oficial de Serviço Estrangeiro dos EUA para o Departamento de Estado. “É uma tentativa de provocar uma resposta de uma sociedade alienígena, cujas capacidades e intenções são desconhecidas para nós.”
Mas a tremenda distância da Terra até outras civilizações poderia servir como um escudo contra alienígenas que não queiram nós ao seu redor.
Douglas Vakoch, diretor de composição de mensagens interestelares do Instituto SETI, disse em 2010: “Mesmo se eles tiverem uma tendência de ira, gente terrível, poderiam eles nos atingir vindo de distâncias interestelares?”
Fonte: space.com
/EDITORIAL:
Será mesmo que os ETS são malvados?
Para procurar não influenciar os leitores, em raríssimas vezes deixo minha opinião sobre as matérias aqui postadas. Contudo, às vezes não posso me conter e esta é uma dessas vezes.
Para mim está muito claro que, dado o número de ocorrências comprovadas do fenômeno OVNI, inclusive levando-se em consideração relatos históricos contidos em basicamente quase todos os livros sagrados, os ETs têm nos visitado por muitos séculos. Assim, se fossem nos fazer algum mal de forma direta, já o teriam feito há muitos anos, principalmente porque quanto mais esperam, mais difícil fica para eles, pois nossa tecnologia avança a passos largos com o passar dos anos.
E por que penso que eles não são maléficos? Porque concordo plenamente com Ann Druyan, viúva de Carl Sagan. Tenho a convicção de que, para uma raça de seres inteligentes conseguir evoluir tecnologicamente ao ponto de viajar distâncias interestelares, primeiro ela precisa evoluir espiritualmente ao ponto de respeitar seu meio-ambiente e toda a forma de vida nele contida. De outra forma, ela se autodestruiria antes de poder sequer sair de seu sistema estelar.
E a propósito, se a raça humana não mudar logo seus hábitos e sua ganância, depredando o meio-ambiente de forma desenfreada e prejudicando os mais fracos para o benefício de poucos indivíduos, logo acabaremos com o nosso próprio planeta ao ponto de regredirmos à Idade da Pedra; isso se primeiro não nos auto-extinguirmos.
Então, existem ETs malvados?
Eu diria que sim, assim com na Terra existem homens do mal. Mas estas raças de ETs com um mistura de gente do bem e gente do mal não saíram ainda de seus planetas para explorar a galáxia – pelo menos não muito além do que fazemos hoje com nosso próprios ‘programas espaciais’. E eles não conseguirão explorar a galáxia até que aprendam a fazer as coisas da forma correta, priorizando sanar as carências de suas sociedades nos âmbitos da saúde, da educação e da estabilidade social. Tudo deve ser construído sobre um alicerce sólido, senão desmorona. E este risco de desmoronamento é bem real aqui na Terra.
Mas e quanto aos relatos de pessoas que foram abduzidas por ‘alienígenas abusivos’, com até mesmo casos de morte? Bem, tudo que posso dizer é: Quem pode provar que foram mesmo alienígenas que fizeram isso?
Discutam à vontade, mas com muito respeito à opinião dos colegas.
n3m3