“Super-Terras” podem ter oceanos, que são elementos chave para vida extraterrestre
O Telescópio Kepler da NASA celebrou sua milésima descoberta de exoplanetas no início deste ano, um marco impressionante na procura por vida extraterrestre.
Agora, os astrônomos estão apontando para aqueles planetas que possam ter água no estado líquido, o que se considera ser essencial para a vida. E, de acordo com nova pesquisa, as assim chamadas “super-Terras” podem ter vastos oceanos que duram por bilhões de anos.
Uma super-Terra é um planeta extra-solar cuja massa é maior do que a da Terra, mas menos do que a dos gigantes gasosos como Netuno e Urano.
O manto da Terra contém vastas quantidades de água, que retornam à superfície através do vulcanismo. Já que este processo de ‘reciclagem’ é crucial para a manutenção dos oceanos do nosso planeta, pesquisadores do Centro para a Astronomia Harvard-Smithsonian (CfA) ponderam se um processo similar poderia ocorre com super-Terras.
Os pesquisadores usaram simulações por computador em várias super-Terras para descobrir quanto tempo demoraria para os oceanos se formarem nelas, e se os oceanos poderiam ser sustentáveis.
O que eles descobriram? As super-Terras entre duas a quatro vezes a massa da Terra parecem ser até mesmo melhores do que a Terra para o estabelecimento e manutenção dos oceanos. Na verdade, a água nestes planetas poderiam durar por, pelo menos, 10 bilhões de anos, sugeriu o estudo.
A descoberta pode dar aos astrônomos mais um fator a ser considerado quando estiverem calculando quais exoplanetas são os mais prováveis a abrigar a vida extraterrestre, de acordo com Laura Schaefer, uma aluna de pós-graduação da CfA, e líder da pesquisa.
“Quando as pessoas consideram se um planeta está na zona habitável, elas pensam sobre sua distância da estrela e sua temperatura“, disse Schaefer numa conferência de imprensa. “Porém, eles deveriam também pensar sobre oceanos, e procurar por super-Terras para encontrar um ótimo destino para velejar e surfar.”
A descoberta foi apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Astronomia, em 8 de janeiro, na cidade de Seattle – EUA.
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Fonte: www.huffingtonpost.com