Mais dois exoplanetas são descobertos; um deles pode hospedar vida
Astrônomos, liderados pelo Dr. Guillem Anglada-Escude, da Universidade Queen Mary de Londres, Reino Unido, anunciaram a descoberta de dois exoplanetas circulando uma estrela próxima a nós, que é muito antiga, conhecida como estrela de Kapteyn
Descoberta em 1897 e batizada em homenagem ao astrônomo que a descobriu, o holandês Jacobus Kapteyn, a estrela é o segundo objeto mais rápido no céu.
Ela chegou a 7 anos-luz do sol há 11.000 anos, e tem se distanciado desde então.
Hoje, esta anã vermelha está a 13 anos-luz de distância e é a 25ª estrela mais próxima do Sol, com uma magnitude de 9, podendo ser vista com telescópios amadores ou binóculos.
Após analise da estrela com a utilização de espectrômetros, a equipe do Dr. Anglada-Escude descobriu a existência de planetas em sua órbita.
“Ficamos surpresos em encontrar planetas orbitando a estrela de Kapteyn“, ele disse.
Esses recém encontrados exoplanetas foram batizados de Kpteyn b e Kapteyn c.
O exoplaneta Kapteyn b é considerado uma super-Terra. Sua órbita ao redor de sua estrela dura 48 dias e ele tem a massa de 5 vezes a da Terra. O exoplaneta provavelmente é mais frio do que a Terra, se tiver uma atmosfera similar. Porém, se a atmosfera for mais densa, ele poderia facilmente ter temperaturas mais altas, ou similares às da Terra.
Kapeyn b tem aproximadamente 11.5 bilhões de anos (duas vezes mais velho do que a Terra) e dada a sua idade, teve tempo o suficiente para desenvolver a vida, tal como a conhecemos.
Ele é agora o planeta mais velho que potencial para abrigar a vida.
Já, o exoplaneta Kapteyn c é uma super-Terra massiva em comparação. Seu ano dura 121 dias e os astrônomos acham que seja muito frio para suportar água no estado líquido
“No momento, somente umas poucas propriedades são conhecidas destes planetas, mas através da mensuração de suas atmosferas com instrumentos de próxima geração que estão sendo construídos, tentaremos estabelecer se estes planetas são mundos que contêm água”, concluiu Mikko Tuomi, astrônomo do Centro para Pesquisa Astrofísica da Universidade de Hertfordshire, e co autor da descoberta.
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Fonte: sci-news.com
Colaboração: Clayton Bazani, Phpaulino, Maabreis