NASA testa nave tripulada em forma de disco, para missão à Marte
A NASA anunciou que iniciará testes com um novo ‘disco voador’ que poderá um dia ajudar a levar humanos até Marte.
Em junho de 2014, moradores de Kauai, uma pequena ilha do Havaí, poderão assistir este veículo, batizado de Low Density Supersonic Decelerator – LDSD (Desacelerador Supersônico de Baixa Densidade) mergulhando na superfície do oceano após se elevado à uma altura de 55 quilômetros, por intermédio de uma combinação de foguetes e balões de alta altitude.
A velocidade da queda do LDSD será reduzida de Mach 3,5 até abaixo de Mach 2, através de uma combinação de discos infláveis e uma gigante paraquedas que aumenta o arrasto aerodinâmico da nave.
Espera-se que esta tecnologia permita à NASA aterrissar uma carga grande na superfície marciana – um planeta que possui uma atmosfera fina (de acordo com os cientistas, somente 1 por cento da densidade atmosférica da Terra).
O projeto do LDSD foi inspirado no peixe baiacú havaiano, que aumenta seu tamanho sem adicionar massa.
A técnica atual da NASA para aterrissagem tem sido usada desde a missão Viking, de 1976, a qual libera pára-quedas e ativa foguetes. Porém, à medida que estas sondas ficam mais pesadas e mais complexas, os cientistas estão tendo dificuldade em assegurar uma descida segura.
O jipe sonda Curiosity, do tamanho de um automóvel, pesava quase uma tonelada, mas a NASA calcula que as missões tripuladas futuras poderiam requerer cargas mais pesadas, com entre 40 a 100 vezes o peso de hoje. Foguetes poderosos o suficiente para reduzir a velocidade desta carga acabariam desestabilizando a nave, o que é inaceitável quando se trata de vidas humanas abordo.
O LDSD é uma tentativa de resolver este problema, através do uso de balões amortecedores que inflariam rapidamente ao redor da nave, aumentando sua superfície e, consequentemente, seu arrasto atmosférico. Um pára-quedas de 33,5 metros poderia então ser utilizado uma vez que a velocidade da nave seja reduzida.
A NASA acha que este projeto poderia suportar cargas entre 1 a 10 vezes mais pesadas do que o Curiosity e será testado durante os próximos anos.
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Fonte: www.independent.co.uk
Colaboração: M3NIS. SENAM