O surgimento da xenoarqueologia: Procurando por ruínas de civilizações extraterrestres
Esqueça o controverso progama do History Channel [Alienígenas do Passado]: ruínas de civilizações alienígenas podem existir além de nossa atmosfera, e os cientistas estão decididos em encontrá-las. O campo da xenoarqueologia – a procura por restos de materiais de culturas extraterrestres – foi uma vez somente um conceito fictício da ciência, mas em tempos recentes tem havido muito progresso em torná-lo parte da ciência atual.
Na Aeon Magazine, Paul Gilster (do blog Centauri Dreams), postou um artigo maravilhoso que documenta alguns dos esforços que estão sendo feitos para procurar por estas relíquias, desde Esferas de Dyson, até empreendimentos de mineração de asteróides. Ele também toca no lado filosófico da procura, apontando a dificuldade em prever o que estas relíquias possam ser, quando procuramos por algo que é, literalmente, alienígena para nós:
Todas estas procuras nos pedem para colocar-nos nas mentes de seres, sobre os quais não sabemos absolutamente nada a respeito. O físico David Deutsch apontou isso como um problema para a previsão de todos os tipos, não somente que envolvem o SETI.
De acordo com Deutsch, podemos distinguir entre ‘profecia’ e ‘previsão’, com a profecia sendo a discussão das coisas que não são conhecidas, enquanto a previsão lida com conclusões que são baseadas em explicações do universo.
Como os prognosticadores de Thomas Malthus para o Clube d Roma têm demonstrado, podemos ser capazes de identificar tendências problemáticas no presente, as quais podem ser estendidas para o futuro, mas não podemos saber que conhecimento iremos adquirir no futuro para lidar com aqueles problemas. É por isso que nenhuma era científica obteve sucesso em imaginar sua sucessora. Os cientistas do final do século XIX descobriram isto em primeira mão, quando confrontaram com o surgimento da teoria quântica e da relatividade no início do século XX. Ambas as teorias levantaram questões que os teóricos anteriores não poderiam ter formulado.
No contexto da arqueologia interestelar, o problema é que não temos análogos em nossa experiência sobre o que uma cultura avançada poderia criar. Paciência é importante à medida que os esforços procedem; a mesma paciência que os sucessores de Heinrich Schliemann têm usado para tornarem-se mestres da arte de peneirar o cascalho, através de uma escavação cuidadosa e de trabalho delicado de escovas, varrendo o solo para revelar a forma do artefato fragmentado. Os arqueólogos interestelares possuem a tarefa de peneirar através de gigabytes de dados, não camadas de solo, mas o princípio é o mesmo.
Mais e mais os cientistas atuais falam na possibilidade de encontrarmos (nem que seja) vestígios de raças extraterrestres. O paradigma de 10 anos atrás já mudou bruscamente, de ridicularização sobre o assunto para uma intenção séria de investigação.
Talvez esse seja o catalisador que necessitávamos para o encontro da verdade inevitável: Não estamos sós no universo!
n3m3
Fonte do artigo traduzido: www.dailygrail.com