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Sinais de rádio vindos do cosmos intrigam astrônomos

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sinais de rádio vindos do espaçoIthaca, Nova Iorque, EUA, 26 de julho de 2013 – No início deste ano, astrônomos da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, calcularam que, somente em nossa galáxia – a Via Láctea – exista 100 bilhões de planetas habitáveis similares à Terra.

Se o nosso universo tem 13.8 bilhões de anos de idade, e o nosso sistema solar somente 4,5 bilhões, há também a possibilidade de que exista uma inteligência muito mais velha que nós e muito mais avançada tecnologicamente lá fora.  Michio Kaku, um físico quântico, até descreveu a possibilidade da existência de diferentes categorias de civilizações avançadas em nosso universo.  Eles se comunicariam de galáxia para galáxia?  Que tipo de sistemas de energia estaria envolvido neste processo?  Isto pode parecer ficção científica, mas até mesmo os astrônomos mais sérios pensam nessas questões.

Recentemente, em 5 de julho passado, no periódico Science, foi publicado um artigo intitulado, “A Population of Fast Radio Bursts at Cosmological Distances” (Uma População de Descargas Rápidas de Rádio à Distâncias Cosmológicas – trad. livre n3m3), por um grupo de cientistas da Inglaterra, Austrália, Itália e dos Estados Unidos.  O assunto foi a respeito de vários forte sinais de rádio inexplicáveis que ocorreram em 2007, conhecidos como “Lorimer burst”, que não tiveram nenhum raio-X ou raio gama associados a eles.  Assim, alguns astrônomos dizem que isso tende a eliminar a fonte dos mesmos como sendo explosões de raios gama, a união de duas estrelas de neutrônio, a união de dois buracos negros, ou a evaporação dos mesmos.

Ainda mais surpreendente, os sinais de rádio foram calculados como vindos de 5 a 10 bilhões de anos atrás, no princípio, ou na meia idade do nosso universo.  O que poderia emitir tais sinais de rádio tão fortes num passado longínquo da evolução do universo?  As especulações foram de que tenha sido duas estrelas de neutrônio se unindo; ou uma estrela magnética morrendo; ou talvez um enorme buraco negro destruindo uma ou mais estrelas.  Já que os dados atuais são de somente uma ‘fatia’ do universo, Dan Thornton, autor principal do artigo publicado no Science, concluiu que “talvez 10.000 dessas descargas estejam ocorrendo todos os dias por todo o céu.  Estas descargas de rádio ainda são um mistério.  Uma dispersão tão alta – mais do que 40º do plano galáctico – pelo que sabemos não poderiam ter vindo de dentro da Via Láctea“.

Um outro astrônomo escreveu um artigo no periódico Science, especulando que talvez os cálculos sobre a idade das descargas de rádio estejam errados – ou “as descargas poderiam representar uma classe inteiramente nova de uma fonte que não conhecemos nada a respeito ainda“.  O astrônomo é Jim Corde, PhD., Professor de Astronomia na Universidade de Cornell em Ithaca, estado de Nova Iorque, EUA.  Além de seus trabalhos de pesquisa e ensino, a cada dois anos o Professor Cordes leciona um curso popular em Cornell chamado, “A procura por vida no universo“.

Quanto à questão desses sinais terem sido enviados por civilizações alienígenas, o Professor Jim Corde disse: “Bem, provavelmente não, porque se fosse proveniente de ETs, o que significariam? Seriam algum tipo de sinal que estejam transmitindo para seus próprios propósitos?  Ou talvez para sinalizarem outras civilizações lá fora, do tipo mensagem em uma garrafa?

Seja qual for a fonte destes sinais de rádio, uma coisa é certa: quase todos os dias nós humanos somos lembrados de que o número de coisas que ainda temos que aprender sobre o nosso universo pode ser tão infinito como ele próprio aparenta ser.

n3m3

Fonte das informações: earthfiles.com

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