PARIS —Um novo exame do que é essencialmente a ‘certidão de nascimento do universo’ permitiu aos astrônomos verificarem a idade, circunferência e velocidade do cosmos, bem como a forma como ele evoluiu, do que é feito e qual é o seu destino.
Agora, calcula-se que a idade do universo seja de 13.8 bilhões de anos, ou seja, 80 milhões de anos mais velho do que os cientistas pensavam. Ele tem 3% mais circunferência e está expandindo aproximadamente 3% mais lentamente.
Estas conclusões foram alcançadas através do estudo dos dados da radiação do plano de fundo do universo, que foram agregados pelo Telescópio Espacial Planck.
A foto tirada do satélite europeu fez com que cientistas de Paris até Washington celebrassem uma vitória cósmica de conhecimento na última quinta-feira (21)
“Descobrimos uma verdade fundamental do universo“, disse George Efstathiou, diretor do Instituto Kavly para Cosmologia, na Universidade de Cambridge, o qual anunciou as descobertas do Planck em Paris.
O mapa da evolução do universo – em ecos sonoros e luz fossilizada que data de bilhões de anos – reforça algumas das previsões feitas há décadas, somente na base de conceitos matemáticos.
“Compreendemos os primórdios do universo potencialmente melhor do que compreendemos o fundo dos nossos oceanos“, disse Bob Nichols, diretor do Instituto de Cosmologia e Gravitação da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. “Nós, como humanos, colocamos um satélite no espaço, previmos o que ele deveria ver e vimos“.
Outros cientistas independentes disseram que os resultados foram comparáveis, em escala universal, ao anúncio no início deste mês por um grupo diferente de físicos europeus sobre a partícula Bóson de Higgs, a qual explica a massa do universo.
Vale lembrar, que esta descoberta também significa que o universo teve um tempo extra de 80 milhões de anos para o desenvolvimento de vida lá fora.
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Fonte: Washington Post
Colaboração: Fernando Ramos, Ricardo Sauer
