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Astrônomos britânicos lançam pesquisa planetária avançada para procura de vida extraterrestre

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Next Generation Transit Survey telescopes
Renderização artística dos telescópios que serão usados no Next Generation Transit Survey para procurar pela existência de vida extraterrestre.

A arte da caça aos planetas tem avançado tanto, que agora os astrônomos podem relacionar centenas de mundos alienígenas que orbitam estrelas tão apagadas, as quais não são possíveis de serem vistas a olho nu em uma noite limpa, sem luar.

Pouco se sabe destes exoplanetas.  Os mais evidentes são gigantescos, do tamanho de Júpiter, e são tostados, pois orbitam muito proximamente de seus sóis.  Outros são bolas de gelo gigantescas, ou mundos aquáticos, ou mesmo rochosos como a Terra.  Mas os pequenos detalhes destes mundos ainda são um mistério, questões de especulação e não de ciência.

Para descobrir mais a respeito destes mundos, uma equipe liderada por astrônomos britânicos está lançando uma pesquisa ambiciosa por planetas que orbitam as estrelas mais brilhantes e próximas da Terra.  Sua meta é a de encontrar exoplanetas candidatos à mais importante questão de todas: há vida em outros lugares?

No final, isto diz respeito à compreensão de nosso lugar dentro disso tudo ao nosso redor.  Por que estamos aqui?  Quais são as chances de coisas similares acontecerem em outros locais?  Que variedade de vida existe?” diz Don Pollacco, um caçador de exoplanetas da Universidade de Warwick.

O início da construção do Next Generation Transit Survey (NGTS), de 2 milhões de Libras, está agendado para este ano, quando a primeira dúzia de telescópios robóticos forem levadas para o topo do Monte Paranal no Deserto do Atacama, no Chile, a 2.635 metros de altitude.  Este local isolado foi escolhido por sua excelente condição atmosférica para a observação de estrelas.

Uma vez instalados, os telescópios olharão para o céu através de um telhado aberto de um prédio.

Os telescópios são extremamente sensíveis às mudanças do brilho das estrelas. Trabalhando em conjunto, eles irão monitorar as projeções de sombras passageiras dos planetas, à medida que eles atravessam à frente de seus sóis.  Um planeta que passa à frente de sua estrela – visto da Terra – causa uma momentânea diminuição da luz daquela estrela, que é imperceptível ao olho humano, e isto é repetido com cada ciclo de sua órbita.

É esperado que a equipe de astrônomos demore 4 anos para completar sua pesquisa das estrelas brilhantes que estão mais próximas.  Todo o ano, cada telescópio olhará para quatro regiões do céu, do tamanho de uma mão estendida à distância de um braço.  O grupo, que inclui astrônomos do Centro Aeroespacial da Alemanha e do Observatório de Geneva, espera observar vários planetas de duas a três vezes o tamanho da Terra.

Muitos dos exoplanetas que encontraremos serão rochosos, mas de imediato não teremos como mensurar suas atmosferas“, diz Pollacco. “Estes serão analisados primeiramente quando tivermos a tecnologia“.

Mesmo com toda esta tecnologia, a tarefa é formidável.  Capturar a luz estelar que passa pela atmosfera de um planeta já é difícil.  Visualizar como este espectro mudou como resultado desta passagem é ainda mais difícil.  Daí estas mudanças devem ser atribuídas aos gases individuais no ar alienígena; tudo isso enquanto o brilho da estrela está variando, e as mudanças de temperatura e pressão mudam levemente as propriedades dos telescópios na Terra.  “É um pesadelo.  É incrivelmente difícil de se fazer“, diz Pollacco.  “Mas se isto fosse fácil de fazer, já teria sido feito antes.
n3m3

Fonte: www.guardian.co.uk

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