O Universo cresce como um cérebro gigantesco
De acordo com uma nova simulação de computador, universo pode estar crescendo como um cérebro gigante.
Os resultados, que foram publicados em 16 de novembro do Nature’s Scientific Reports, sugerem que algumas leis fundamentais, ainda não descobertas, podem governar o crescimento de sistemas grandes e pequenos, desde o disparo elétrico entre células cerebrais e o crescimento de redes sociais, até a expansão de galáxias.
“As dinâmicas do crescimento natural são as mesmas para diferentes redes reais, tais como a Internet, ou o cérebro, ou redes sociais“, diz o co-autor do estudo, Dmitri Krioukov, um físico da Universidade da Califórnia em San Diego.
O novo estudo sugere que uma única lei fundamental da natureza pode governar estas redes, disse o físico Kevin Bassler da Universidade de Houston, que não esteve envolvido no estudo
“De primeira olhada eles parecem ser sistemas bem diferentes. A questão é, há algum tipo de leis de controle que possam descreve-los?”
Por levantar esta questão, “o trabalho deles realmente fez uma importante contribuição“, disse ele.
Estudos anteriores mostraram que circuitos cerebrais e a Internet muito se parecem. Mas apesar de descobrirem esta similaridade funcional, ninguém tinha desenvolvido equações para prever perfeitamente como as redes de computadores, circuitos cerebrais ou as redes sociais crescem ao longo do tempo, disse Krioukov.
Usando as equações da relatividade de Einstein, que explicam como a matéria dobra o tecido do espaço-tempo, os físicos podem retraçar o nascimento explosivo do universo com o ‘Big Bang‘, há aproximadamente 14 bilhões de anos, e como ele se expandiu desde então.
Assim, a equipe de Krioukov imaginou se o crescimento acelerado do universo poderia fornecer uma visão sobre as formas com que as redes sociais e os circuitos cerebrais se expandem.
A equipe criou uma simulação de computador que dividiu o universo antigo nas menores unidades possíveis – quantidades de espaço-tempo mais minúsculas do que partículas subatômicas. A simulação ligou quaisquer dessas quantidades, ou nódulos, em uma enorme rede celestial que foram casualmente relacionadas. (Nada viaja mais rápido do que a velocidade da luz, assim se uma pessoas atinge uma bola de basebol na Terra, os efeitos ondulatórios desse evento poderiam nunca chegar a um alienígena em uma distante galáxia dentro de uma quantidade razoável de tempo, significando que aquelas duas regiões de espaço-tempo não estão casualmente relacionadas.)
À medida que a simulação progrediu, ela adicionou mais e mais espaço-tempo na história do universo, e assim suas conexões de ‘rede’ entre a matéria das galáxias também cresceram, disse Krioukov.
Quando a equipe comparou a história do universo com o crescimento de redes sociais e os circuitos cerebrais, eles descobriram que todas as redes se expandiram de formas similares: Elas balancearam as ligações entre nódulos similares com aqueles que já tinham muitas conexões. Por exemplo, um amante de gatos que esteja surfando pela Internet pode visitar mega-sites como o Google ou Yahoo, mas também irá navegar por sites especializados em gatos, ou vídeos de gatos no YouTube. Da mesma forma, as células cerebrais vizinhas gostam de se conectar, mas os neurônios também se conectam com tais ‘células cerebrais do tipo Google’ que estão conectadas com muitas outras células cerebrais.
A assustadora similaridade entre as grandes redes e as pequenas provavelmente não é uma coincidência, disse Krioukov.
“Para um físico isto é um sinal imediato de que há algo faltando na compreensão de como a natureza funciona“, disse ele.
É mais provável de que alguma lei desconhecida governe a forma com que as redes crescem e mudam, desde as minúsculas células cerebrais até o crescimento de mega-galáxias, afirmou Krioukov.
“Este resultado sugere que talvez deveríamos começar a olhar para isso“, finalizou o cientista.
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Fonte: www.space.com