Astronautas estão procurando por vida no exterior da Estação Espacial – ISS
Os astronautas da NASA Tracy Dyson e Matt Dominick estão programados para se aventurar fora da Estação Espacial Internacional (ISS) hoje para ver se amostras de microorganismos que estão ligados ao exterior do posto avançado sobreviveram.
O exterior da estação espacial é extremamente hostil à vida, com temperaturas oscilando entre 120 e -100 graus Celsius. E isso sem falar nos níveis extremos de radiação solar e na falta de atmosfera.
No entanto, os cientistas estudam há muito tempo organismos “extremófilos” que podem suportar estas condições, incluindo os tardígrados, que são microanimais de oito patas que demonstraram sobreviver a períodos prolongados de tempo no espaço exterior.
Bactérias e microrganismos mais pequenos têm um desempenho ainda melhor e podem resistir a essas condições extremas durante anos, como demonstraram experiências anteriores fora da ISS, sugerindo a tentadora possibilidade de outras partes do sistema solar, como Marte, serem capazes de sustentar vida.
Insetos liofilizados
É provável que Dyson e Dominick encontrem novamente amostras que ainda estão cheias de vida. Caso em questão, conforme detalhado em um artigo publicado em janeiro, os pesquisadores descobriram que certas espécies de bactérias e fungos formadores de esporos, que foram depositados em algodão preso a hastes de metal fora da ISS, sobreviveram após serem expostos ao espaço sideral por dois anos inteiros.
Os pesquisadores sugeriram:
“Os principais fatores para a sobrevivência a longo prazo podem ser o resultado da sua desidratação e [liofilização] parcial no vácuo do espaço próximo da Terra.”
Um artigo de 2020 realizado por uma equipe de pesquisadores japoneses descobriu que uma bactéria chamada Deinococcus radiodurans durou impressionantes três anos no espaço sideral.
Em suma, há amplas evidências de que os microrganismos podem resistir a flutuações extremas de temperatura, à falta de atmosfera e à radiação solar.
Agora, com a ajuda de astronautas como Dyson e Dominick, estamos um passo mais perto de compreendermos como podem fazer isto e as possíveis implicações que esta capacidade tem na nossa busca por vida extraterrestre.
(Fonte)
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