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Revisitando o caso Lins: O relato de Maria Cintra e suas conexões com outras experiências

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O Caso Lins, assim denominado por ter ocorrido na cidade paulistana do mesmo nome, também é conhecido na casuística ufológica pelo nome da testemunha, Maria Cintra, e pode ser considerado um dos clássicos da casuística ufológica nacional.  

Revisitando o caso Lins: O relato de Maria Cintra e suas conexões com outras experiências
Área onde nave havia pousado.

Mas como eu gosto de ir além do que é falado em todos os blogs, vídeos ou outros materiais ufológicos, e também do que já foi publicado sobre o relato em si nos anais dos pesquisadores, procuro encontrar outros ângulos novos que permitem corroborar e reforçar ainda mais a credibilidade de um caso. Para isso utilizo o cruzamento de informações, casos, experiências, seja de amplo conhecimento na ufologia, seja envolvendo relatos de pessoas comuns que eu vou guardando ao longo do tempo.

Neste em particular, é possível fazer várias conexões interessantes, partindo do relato de uma mulher simples, que por trabalhar num local onde eram tratados doentes mentais, acabou ela própria, ao fazer seu relato, ser alvo não somente de chacota, mas até de dúvidas quanto a sua sanidade mental, afinal os fatos por si sós eram surpreendentes, e para os céticos de plantão, coisa que só podia ter saído da cabeça de uma pessoa senão mentirosa, no mínimo com problemas a serem objeto de estudo psiquiátrico.

Mas vamos aos fatos.

O Caso Maria Cintra

Na madrugada de 25 de agosto de 1968 ocorreu um fato no sanatório Serafim Ferreira, em Lins (SP), que pelo seu aspecto abalou a opinião pública, amplamente divulgado por jornais e revistas do país. Quatro meses após a ocorrência, a SBEDV entrevistou a principal protagonista do caso, D. Maria José Cintra, em sua residência na localidade de Caiçara, que fica a 45 minutos a pé do sanatório.

Segundo seu depoimento, por volta das 5 horas da manhã do dia 25 ela levantou-se, e fazia sua oração diária quando ouviu ruídos estranhos parecidos com “estalinho” no lado de fora, no pátio do sanatório. Ela abriu a janela pensando tratar-se de um carro mas ao invés disso viu um vulto de uma mulher em frente à porta do sanatório.

D. Maria disse para ela esperar que já abriria a porta. Ela vestiu seu jaleco e desceu as escadas em direção à porta. Como de praxe ela perguntou se era internamento. A estranha mulher respondeu em um idioma desconhecido e lhe apresentou um frasco, de uns 20 cm de comprimento. D. Maria pensou que a visitante queria água e levou-a até o bebedouro automático em outro hall de entrada. Enquanto enchia o frasco ela reparou nas características do frasco. Ele parecia muito bem feito e tinha uma certa beleza. Após isso a visitante estendeu uma canequinha para recolher mais água, mas D. Maria não sabe de onde ela tirou aquilo…de repente estava na mão da estranha mulher.

Enquanto a visitante bebia D. Maria Cintra falava que a água dali era boa sem receber qualquer comunicação em resposta. A seguir a visitante dirigiu um olhar de interesse em dois automóveis estacionados do lado de fora que estavam visíveis através dos vidros da porta. Percebendo o olhar de questionamento a testemunha explicou que um dos automóveis era do médico de plantão e o outro era do administrador.

Após isso as duas voltaram pelo mesmo corredor. Ao chegarem no pátio ela entregou o frasco à visitante que segurou uma das mãos da atendente e com a outra deu tapinhas amistosos nas costas de D. Maria ao mesmo tempo em que pronunciava as palavras “embaúra, embaúra, embaúra”.

Quando a visitante saiu D. Maria estava começando a fechar a porta mas parou ao perceber que a visitante, ao invés de seguir para a saída, foi em direção à canteiros em sentido oposto à saída. Esse caminho a levaria até muros altos do pátio. Nesse momento acendeu-se uma luz difusa sobre a região dos canteiros. D. Maria percebeu logo que se tratava de um objeto em formato de pêra flutuando a quase um metro do chão.

Em uma das vigias do objeto D. Maria viu mãos acionando dispositivos em um painel. Quando a visitante chegou no objeto este decolou emitindo os mesmos ruídos de estalinho ouvidos por D. Maria antes do episódio. Observou que no momento em que o objeto se deslocava para cima, relatou que no mesmo instante houve um blecaute em todo prédio do Sanatório Serafim Ferreira.

Muito assustada D. Maria fechou a porta. Devido ao susto ela teve micção involuntária e sudorese. Suas vestes ficaram muito encharcadas. Assim que o administrador do sanatório acordou ela relatou-se o episódio. Este não acreditou no relato e ela sentiu-se ofendida com a reação do administrador e sua esposa.

D. Maria levou-os até o local onde o objeto descera e constataram perplexos marcas de sapato dentro do sanatório (tanto de D. Maria quanto da visitante). No lado de fora, sobre o gramado, havia uma depressão circular com grama chamuscada, de aproximadamente 2 metros de diâmetro por 15 de profundidade.

O (Sioani) Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, que tinha em sua estrutura a Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Cioani), era um órgão pertencente a Aeronáutica que foi responsável por centralizar as ocorrências ufológicas, fizeram a coleta de amostras de parte do gramado que ficou chamuscada.

Fonte: Latin American Academy of Scientific Ufology

Revisitando o caso Lins: O relato de Maria Cintra e suas conexões com outras experiências
Dona Maria Cintra no bebedouro do hospital reconstituindo a cena. Fonte: https://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1960/lins

Revisitando o caso Lins: O relato de Maria Cintra e suas conexões com outras experiências
Maria Cintra ao lado do investigador do Major Zani da FAB. Fonte: https://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1960/lins

        Bem, esses são os fatos que todo mundo conhece ou pode obter na Internet. Agora vamos um pouco mais além:

Analisando o Caso Maria Cintra

Infelizmente, como a própria Dona Maria comentou em entrevistas posteriores ao longo dos anos, ela se arrependeu de ter contado sua experiência. Ela foi alvo de chacota, brincadeiras de mau gosto, e isso a deixou bastante magoada. Nas suas palavras, ela foi muito “judiada”.

Então, de certa forma, Dona Maria, esse artigo também é uma forma de reforçar o seu relato e mostrar que, por mais imaginativa que parecesse aos olhos dos céticos, há detalhes na história que, a menos que seja uma enorme coincidência, são 100% conectáveis a outros casos, outras experiências que ela jamais teve conhecimento, que ocorreram com pessoas de outros lugares do Brasil, muito tempo depois do evento que ela foi testemunha.

Primeiramente, vamos à descrição da estranha visitante, como é feita pela Dona Maria Cintra:

A “visitante” daquela noite foi descrita como uma “mulher” aparentemente normal, com 1,60 m de altura, pele clara, vestindo capa cor azul clara, brilhante, sobre um vestido de gola alta e mangas compridas. Trazia uma espécie de touca na cabeça com tecido semelhante ao da capa.

Vamos separar os fios dessa “meada de linha”:

1. Altura da suposta alienígena – a descrição da Dona Maria confere com vários outros relatos – 1,60 m de altura, pele clara – já falei aqui de outros casos ufológicos onde as aliens “nórdicas” são descritas como tendo estatura baixa:

  • A “loura da Ilha do Meio” – época das investigações da Operação Prato – Costa do Pará: Os moradores que a conheceram a descreveram como muito branca, loura, olhos azuis amendoados, magra e baixinha (1,60 m).
  • Caso Aarno – Imjarvi – Finlandia – 5 de maio de 1972: a alien nórdica que conversou com o lenhador Aarno Heinonen teria aproximadamente 1,40 m. segundo ele.
  • Caso Tasca – BR 282 – próximo a Chapecó, SC. – 14 de dezembro de 1983 – a alienígena que conversou com Antonio Tasca teria, segundo ele estimou, cerca de 1,20 m.
  • Caso Dolores Barrios – Congresso de Ufologia – Monte Palomar – 8 de agosto de 1954 – também foi descrita como tendo baixa estatura… o relato mais interessante (e que não consta nos anais da Internet onde circula a historia, baseada na entrevista dada pela suposta alieíigena a um reporter da antiga revista brasileira, O Cruzeiro, que estava na convenção de ufologia do Monte Palomar), eu consegui lendo comentários em nos fóruns de um site americano onde as pessoa discutiam se o caso era real, se seria mesmo uma alienígena ou tudo tinha sido excesso de imaginação e uma história criada pelo repórter brasileiro que estava lá. Em uma dos comentários, uma senhora afirma que sim, Dolores era real e ela mesmo a conheceu, pois essa estranha mulher visitou a casa de seu pai várias vezes. Ele era um ilustrador que tinha trabalhado em obras de escritores de ufologia. Segundo ela, a tal Dolores, sempre acompanhada de seus amigos, era bem baixa, em torno de 1,50 m no máximo. As visitas seriam para ver as ilustrações que seu pai fazia sobre discos voadores e outros detalhes ufológicosl. Detalhe interessante é que essa senhora conta que, no dia da convenção ufológica, os três – a tal Dolores e seus amigos – apareceram na casa do seu pai e pediram para ele leva-los ate o observatório pois não sabiam dirigir.

2. Dona Maria conta que a “mulher” usava um vestido de gola alta e mangas compridas – no caso Tasca vemos que ele descreve a extraterrestre como usando um vestido grande, longo, com mangas compridas. (ilustração abaixo):

Revisitando o caso Lins: O relato de Maria Cintra e suas conexões com outras experiências

O detalhe do vestido de mangas compridas aparece em mais dois casos de “aliens louras baixinhas”:

  • O caso da loura da Ilha do Meio – A vestimenta descrita pelos moradores: vestidos longos rente aos pés, com mangas compridas, que chegavam até as mãos.
  • 1971, à tarde. Um homem da região de Serro, MG, estava tomando banho em um rio local, vestindo apenas um calção, banhando-se perto de uma das margens do rio. De repente, ele percebeu uma figura feminina estranha em pé na margem oposta. Ela tinha um rosto bonito, mas seu vestido era estranho, ele se assemelhava a uma blusa cinza longa com mangas compridas.  Em sua mão esquerda ela segurava algo parecido com um livro verde grosso, enquanto em sua mão direita segurava algo como um recipiente também verde com dois tubos paralelos, também verdes.  Espantado e curioso a testemunha perguntou em voz alta, quem ela era, e não recebeu resposta. Ele atravessou o rio, enxugou-se, colocou suas roupas e se aproximou da “senhora”, cuja beleza, de perto, surpreendeu-o cada vez mais. Mais uma vez ele perguntou: “Quem é você, de onde você vem?” “Eu vim de ‘Cera'”, ela respondeu. Como a área é extremamente acidentada a primeira coisa que a testemunha pensou que ela havia dito: “Serra” (colina), mas, em seguida, pareceu-lhe que a palavra era mesmo “Cera”. A testemunha deu alguns passos ao lado da senhora misteriosa sempre comentando o quão bonita ela era, sem que houvesse qualquer reação por parte dela. Ele rapidamente se virou por alguns segundos, mas quando olhou para trás a mulher tinha desaparecido, sem qualquer possibilidade de ter fugido, ou ela iria ainda ser vista.

3. Dona Maria Cintra relata que a “mulher” tinha uma espécie de touca na cabeça.

Relatos idênticos:

  • No caso acima, em Serro, MG, a testemunha que se banhava no rio quando se deparou com a estranha mulher, conta que, além de um vestido comprido e mangas muito longas que escondiam até os dedos, também usava uma touca.  Ele não pôde ver o cabelo dela, pois ela usava uma espécie de touca verde, similar aos usados pelos nadadores.
  • A experiência de uma visitante das antigas aqui do OVNI Hoje, a Fran, traz de novo o mesmo detalhe estranho: ela foi digamos assim “visitada” em 1974 na cozinha de casa à noite por um ser alto, muito branco e careca que tocou na cabeça dela – e no local nunca mais nasceu cabelo….  Alguns anos atrás outra experiência estranha ela relatou aqui no OH:

“Acabei de chegar da rua e acabou de me acontecer uma coisa incrível… Desci no prédio, para ir até a algum lugar para buscar algo para a família comer à noite… o carro estava estacionado do outro lado da rua (é uma rua pequena e tranquila)… quando fui atravessar a rua vi duas pessoas vindo na calçada. Um homem e uma mulher. Ele estava vestido de preto e ela tinha uma espécie de casaco longo claro… mas, não distinguia os rostos deles. Como estava meio escurecendo, eu pensei: vou deixar os dois passarem e depois abro o carro (até por uma  prevenção, assalto, etc) e, fui andando mais lentamente para dar tempo dos dois passarem. Ao olhar para os dois, novamente, para ver a que distancia estavam, os dois, simplesmente, sumiram … na minha frente … ainda procurei olhar ao redor… eu não acreditei.

Como a quadra é pequena, procurei olhar e esperar um pouco pois poderiam ter-se escondido. Não há naquela quadra onde eles poderiam ter entrado, eis que a quadra é quase toda tomada por um prédio comercial e seu imenso estacionamento, que aos finais de semana fica com os portões fechados e com vigilantes. Vi um dos vigilantes na cerca e fui até ele perguntar se ele havia visto duas pessoas passarem na calçada naquele instante, bem na frente dele. Ele me disse que viu um casal passar. Ele, também, viu as duas pessoas na calçada, vindo em direção de onde eu iria e, eu olhei para eles por duas ou três vezes. Perguntei se ele havia visto para onde foram e ele me disse que não sabe mas que deveriam estar um pouco mais à frente pois passaram por ali. Olhei dos dois lados e, ao longo da rua não havia ninguém, e eu vi as duas desaparecerem como se tivessem evaporado no ar.

Nossa, fiquei bem  confusa, nunca havia me acontecido algo semelhante. Dei a volta na quadra para ver se os encontrava já que, seguramente, se passaram por ali não deveriam estar longe … nada. Pelo que vi, de relance, o homem era careca e bem alto e a mulher tinha algo na cabeça (não conseguí ver os cabelos), era como se ela, também, fosse careca. Parecia usar aquelas tocas tipo de nadador, que fica bem rente a cabeça.”

Por fim, há ainda um outro caso no mesmo estilo:  Caso José Florêncio, Campinas, 1931.  José, então um menino, quando jogava bola com amigos, viu uma nave se aproximar e descer. Um ser vestindo algo parecido com a roupa de um astronauta com capacete o levou para dentro. Lá dentro havia mais três seres, sendo que um ele acha que era feminino. O ser tirou o capacete e ele viu que usava uma especie de touca parecida com a touca usada pelos nadadores.

Como vemos, muitos detalhes descritos pela Dona Maria Cintra podem ser encontrados em diferentes relatos e épocas, de pessoas de locais muito distantes uns dos outros.

Excesso de imaginação? Problemas mentais?  Não, Dona Maria conta uma experiência que realmente vivenciou (sem falar que o objeto voador deixou marcas no solo, investigadas por especialistas da Aeronáutica; sem falar que todos presenciaram o apagão quando a nave subiu e sumiu no céu para assombro de Dona Maria – algo bem óbvio na casuística porque é um fenômeno onipresente nos eventos ufológicos)…

Os detalhes que descrevi, de outros casos, aumentam e reforçam a certeza de que Dona Maria, efetivamente, recebeu a visita de uma alien do tipo nórdica. Ao invés de duvidarmos da história, ela fica ainda mais convincente quando cruzamos o seu relato com informações esparsas de muitos outros eventos que ela jamais teve conhecimento e de pessoas que nunca teve contato.

Se você teve alguma experiência envolvendo aliens do tipo nórdico, ou com outros tipos alienígenas, conte sua história nos comentários. Se quiser manter a privacidade, pode me escrever:  [email protected]    ou   [email protected]

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