Era pouco antes da meia-noite de 19 de julho de 1952, no Aeroporto Nacional de Washington (hoje Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington), quando um controlador de tráfego aéreo avistou sete objetos voadores não identificados no céu a sudoeste da capital dos Estados Unidos.
O controlador, Edward Nugent, pediu aos colegas que verificassem novamente o que ele estava vendo. Eles confirmaram que o equipamento estava funcionando corretamente e o que puderam ver não estava seguindo um padrão típico de voo. Não muito tempo depois, os controladores puderam ver outros objetos brilhantes pairando sobre a Casa Branca (então ocupada pelo presidente Harry S. Truman) e o Edifício Capital.
Caças foram enviados da Base Aérea de New Castle, nas proximidades, no estado de Delaware, na madrugada de 20 de julho de 1952, mas os OVNIs desapareceram do radar e da vista quando os caças chegaram sobre a cidade. Quando a falta de combustível forçou os jatos a retornarem a Delaware, o radar detectou OVNIs novamente, levando os controladores de tráfego aéreo a acreditar que as naves misteriosas poderiam interceptar e compreender o tráfego de rádio. Ao amanhecer, os objetos não eram mais visíveis no radar ou a olho nu.
No fim de semana seguinte, os estranhos fenômenos voltaram a acontecer. Por volta das 20h. na noite de 26 de julho, um piloto e um comissário de bordo de um avião com destino ao aeroporto notaram luzes estranhas acima de sua aeronave. Mais uma vez, caças voaram de Delaware para Washington, e os controladores de tráfego aéreo puderam ver vários objetos não identificáveis no radar. Naquela noite, um dos pilotos de caça viu as luzes estranhas e tentou persegui-los, mas sua nave não era páreo para a velocidade dos OVNIs e o piloto encerrou sua perseguição.
Após dois fins de semana consecutivos de atividade de OVNIs na cidade, o Presidente Truman pediu para ser informado por um representante do Projeto Blue Book, o novo programa da Força Aérea para documentar e estudar relatos de avistamentos de OVNIs. Especificamente, o Projeto Blue Book queria determinar se os OVNIs representavam uma ameaça à segurança nacional – 1952 estava no meio do Medo Vermelho e a Guerra Fria estava fervendo no horizonte – e analisar dados e relatórios sobre OVNIs de maneira científica.
A Força Aérea afirmou que o evento estava relacionado ao clima
Em 29 de julho, apenas três dias após o segundo evento em Washington, a Força Aérea realizou uma conferência de imprensa no Pentágono para explicar o fenômeno ao público. A cobertura da imprensa sobre os OVNIs voando pelos céus em Washington atingiu um nível febril, e havia preocupações de que haveria histeria pública sem uma explicação oficial. O Major General da Força Aérea, John Samford, disse aos repórteres reunidos que os controladores de tráfego aéreo e pilotos de caça devem ter visto estrelas, meteoros e outras ilusões de ótica, enquanto as anomalias do radar poderiam ser explicadas por uma inversão de temperatura sobre a cidade, tornando-a simplesmente um problema relacionado a um evento climático.
Houve apenas um problema
O líder do Projeto Blue Book da Força Aérea, Capitão Edward Ruppelt, não foi consultado antes da coletiva de imprensa. Mais tarde, Ruppelt denunciou publicamente a explicação da Força Aérea, dizendo que as inversões de temperatura já eram anomalias de radar bem documentadas e que o que aconteceu em Washington, D.C., não estava relacionado com uma inversão.
Então foi um verdadeiro acobertamento? Será que a Força Aérea sabia mais do que dizia e as autoridades queriam simplesmente reprimir o pânico público?
O Projeto Blue Book operou até 1969 e, em seu relatório final, as autoridades disseram que nenhum OVNI jamais havia sido uma ameaça à segurança nacional e não havia evidências de que quaisquer avistamentos fossem de natureza extraterrestre ou representassem tecnologia avançada.
Em junho de 2021, um relatório de OVNI há muito aguardado foi divulgado
Em 25 de junho de 2021, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, em conjunto com várias entidades de segurança nacional e ramos das forças armadas divulgou um documento não classificado de 9 páginas discutindo o que chamaram de “fenômenos aéreos não identificados” entre 2004 e o início de 2021. A determinação final? As práticas de relato de OVNIs impedem as tentativas do governo de explicar os fenômenos. As autoridades não descartaram a atividade extraterrestre no seu relatório de junho.
(Fonte)
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