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A vida se espalha pelo Universo através da poeira cósmica, diz novo estudo

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Conhecido como “panspermia”, o conceito denota – como sugere o “esperma” em seu nome – que as sementes da vida podem viajar entre mundos, talvez em asteroides ou cometas.

A vida se espalha pelo Universo através da poeira cósmica, diz novo estudo
Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/Bing/DALL-E

O aclamado astrônomo Carl Sagan pode ter estado mais certo do que imaginava quando disse que “somos feitos de matéria estelar”.

Em um artigo acadêmico ainda não revisado por pares, o astrofísico Z. N. Osmanov oferece um novo olhar sobre uma teoria estabelecida: a de que a vida na Terra, e potencialmente em outras partes do cosmos, é o resultado do mesmo tipo de partículas minúsculas que criam estrelas e planetas.

Se isso for verdade, como afirma Osmanov, pode haver mais planetas contendo esta matéria estelar que respira vida do que poderíamos imaginar.

Em seu artigo, Osmanov, que está associado ao Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), leva o conceito teórico um passo adiante. Usando a equação filosófica formulada pelo famoso astrobiólogo Frank Drake, ele postula que existe um número exponencialmente enorme de planetas que poderiam conter as sementes da vida: um número da “ordem de 3×107”.

Ele escreve:

“Este valor é tão grande que se as partículas de poeira puderem viajar uma distância da ordem de várias centenas de anos-luz, pode-se concluir que a [Via Láctea], com um diâmetro de 100.000 anos-luz, deveria estar cheia de moléculas complexas distribuídas por toda parte da galáxia.”

A poeira contendo vida poderia, continua Osmanov, viajar “por meio da pressão da radiação solar” e, de acordo com sua teoria, esses “pequenos grãos de poeira contendo organismos vivos [poderiam] viajar para o sistema solar mais próximo, Alfa Centauri, em nove mil anos“.

Para ser claro, o astrofísico não está argumentando que existe um número infinito de planetas onde realmente existe vida. Em vez disso, poderia haver um número exponencial de mundos que poderiam potencialmente sustentar a chamada vida “primitiva”, ou os tipos de organismos unicelulares que levaram a criaturas mais complexas aqui na Terra.

Obviamente, como apontam o pessoal do Universe Today, resta um gigantesco elefante cósmico na sala que contém a equação da panspermia de Osmanov: ninguém ofereceu uma boa explicação de onde exatamente vem essa poeira ou porque ela levaria ao aparecimento da vida em primeiro lugar. Essa questão pendente poderia, infelizmente, manter este conceito fascinante e outros semelhantes no domínio teórico.

(Fonte)



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