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Astrofísicos: Pandora, do filme “Avatar”, pode realmente existir

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Na constelação de Alpha Centauri, pode de fato existir o planeta Pandora, habitado por nativos azuis. E chegar até eles em um futuro próximo não é uma tarefa tão sem esperança.

Astrofísicos: Pandora, do filme “Avatar”, pode realmente existir
Lua ficcional Pandora do filme Avatar.

James Cameron escreveu o roteiro de seu filme Avatar há 15 anos. E mesmo assim ele colocou um mundo extraterrestre fictício em um sistema estelar real e mais próximo de nós – Alpha Centauri A, que fica a pouco mais de 4 anos-luz de nós.

Além disso, por algum motivo, o autor colocou em mente os irmãos cinematográficos – navi azul – não em um planeta independente como a nossa Terra, mas em Pandora – um satélite do gigante gasoso Polifemo, semelhante ao nosso Saturno ou Júpiter.

Três anos atrás, os cientistas confirmaram a primeira previsão fantástica de Cameron. A modelagem por computador de Javiera Guedes e Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, mostrou que planetas rochosos do tipo terrestre devem existir em Alpha Centauri. Além disso, com condições na superfície adequadas para a vida. E no ano passado, pesquisadores do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA) disseram: é mais provável que a vida extraterrestre seja encontrada apenas nos satélites dos gigantes gasosos – nas chamadas exoluas.

Exoluas – de tamanho adequado com água e atmosfera – não são objetos raros no Universo. Um exemplo disso é o nosso sistema solar. Titã, uma das luas de Saturno, tem uma atmosfera muito densa e relevo semelhante ao da Terra.

Europa, um satélite de Júpiter, esconde muitos quilômetros de oceano sob uma camada de gelo. E se nossos gigantes gasosos estivessem mais perto do Sol, em uma zona mais quente, a vida poderia muito bem existir em seus satélites, como em Pandora.

Até este ano, os astrofísicos já descobriram cerca de 400 exoplanetas muito quentes do tamanho de Júpiter ou Saturno. Cabe a eles encontrar seus satélites.

Se mundos como Pandora existem, então os encontraremos nos próximos 10 anos – promete a principal especialista do Centro Astrofísico, Lisa Kaltenegger. E é bem possível que o encontremos na região de Alpha Centauri, onde as estrelas são muito parecidas com o nosso Sol. Tais tarefas estão ao alcance dos telescópios orbitais modernos.

Avatar se passa no ano de 2145. Os humanos conseguirão chegar a Pandora até lá se descobrirem que há vida por lá?

A espaçonave construída pelo homem mais rápida, a Voyager 1, já atingiu 17 quilômetros por segundo. A essa velocidade, a jornada para Alpha Centauri levaria 74.000 anos. Esta é apenas uma maneira.

Propulsores iônicos avançados, que emitem partículas carregadas aquecidas a um milhão de graus, possibilitariam velocidades muito mais rápidas. Por exemplo, Marte poderia ser alcançado em apenas 39 dias. Mas mesmo essa velocidade é muito baixa para uma expedição interestelar.

Ao mesmo tempo, a agência americana de tecnologia avançada, DARPA, trabalhou no chamado Projeto Orion. E criou uma nave espacial na qual o impulso foi criado por explosões nucleares.

Havia também o Projeto Daedalus com motores baseados em fusão termonuclear. Nada se sabe sobre seu destino atual.

Mas supunha-se que os veículos equipados com um ou outro atingiriam velocidades de 10% da velocidade da luz. Para voos dentro do sistema solar, essa agilidade é bastante aceitável. Mas a uma velocidade de 30 mil quilômetros por segundo, levaria de 40 a 50 anos para chegar a Pandora.

Um quilo de antimatéria, aniquilando com a matéria comum, daria 10 bilhões de vezes mais energia do que, digamos, um quilo de TNT. Segundo cálculos da NASA, esse “combustível” – de algum tipo de antipróton – poderia acelerar uma nave de 100 toneladas a 100.000 quilômetros por segundo. Isso é um terço da velocidade da luz e uma redução no tempo de viagem para 12 anos.

Mas com as tecnologias atuais, levará milhões de anos para sintetizar pelo menos um grama de antimatéria.

O caso, no entanto, não é desesperador. O físico James Bickford, do Laboratório Draper em Cambridge, Massachusetts, diz que a antimatéria pode ser coletada voando com uma armadilha eletromagnética além da órbita de Júpiter.

Lá, segundo suas estimativas, devido à interação dos raios cósmicos com nuvens de gases, são formados cerca de 4 toneladas de antiprótons por ano. É provável que nos próximos 60 anos os cientistas descubram como armazená-los e usá-los com segurança.

Atingir a velocidade da luz e chegar a Alpha Centauri em menos de 5 anos permitiria a execução de projetos desenvolvidos e publicados por cientistas americanos. Recentemente, um deles, o físico Jia Liu, da Universidade de Nova Iorque, propôs uma nave estelar movida a matéria escura.

Segundo a teoria de Liu, a matéria escura consiste em partículas eletricamente neutras de neutralins (neutralinos), cuja principal característica exótica é serem antipartículas umas das outras. E eles se aniquilam sob certas condições, liberando uma enorme energia.

Liu planeja coletar matéria escura ao longo do caminho abrindo câmaras celulares especiais colocadas em uma superfície de aproximadamente 100 metros quadrados. Produtos de aniquilação lançados periodicamente gerarão pulsos de impulso. E, segundo o pesquisador, permitirão atingir a velocidade da luz em poucos dias. Crane e Westmoreland dependem da chamada radiação Hawking.

Outros – os matemáticos Louis Crane e Shawn Westmoreland, da Kansas State University – pretendem “aproveitar” tanto quanto puderem de um buraco negro. Os pesquisadores não dizem que será fácil. Mas eles garantem que tal exotismo é possível em princípio.

Nos anos 70 do século passado, esse cientista mostrou que os buracos negros não são completamente negros – eles podem “evaporar”. A Universidade do Kansas acredita que o fluxo resultante de partículas subatômicas pode ser usado para acelerar a espaçonave. E os cálculos mostram que caberia um buraco negro de um milhão de toneladas. Sua energia seria suficiente para 100 anos de voo.

Quando questionado sobre onde fazer um buraco, Crane responde:

“Você mesmo pode fazer, concentrando muita energia em um pequeno volume. Por exemplo, com a ajuda de um laser gama alimentado por painéis solares gigantes – centenas de quilômetros quadrados.

O buraco negro resultante terá apenas o tamanho de um núcleo atômico. Deve ser colocado em uma câmara especial e equipado com um espelho parabólico que reflita a radiação Hawking.”

De acordo com os pesquisadores, o método que eles propuseram para criar impulso e acelerar para a velocidade da luz pode muito bem ser implementado nos próximos 100 a 200 anos. E é isso que os alienígenas usam, se existirem.

(Fonte)


De acordo com outros pesquisadores, os alienígenas não viajam na velocidade da luz, pois mesmo esta é lenta demais para cruzar as vastas distâncias do Universo. O que eles poderiam estar usando é algo que chamamos de “dobra espacial“, método este que, em tese, permitira a cruzar o cosmo de forma muito mais rápida do que a velocidade da luz.

Aliás, nem sequer sabemos com certeza se nossos “visitantes” vêm mesmo de outros planetas. Eles podem ser oriundo de locais muito mais misteriosos, tais como outras dimensões e, se este for o caso, tudo que eles têm que fazer para nos visitar é abrir um portal entre dimensões.

Por enquanto tudo isso é só ficção científica.

Uma curiosidade, para quem não sabe: existe em nosso sistema solar uma pequena lua do planeta Saturno, a qual também é chamada de Pandora. Porém, trata-se de uma minúscula lua de 80 quilômetros de diâmetro em sua parte mais alongada, sem prováveis condições de vida.

n3m3


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