Vários especialistas de várias áreas do governo dos EUA e das ciências falaram abertamente sobre o que consideram a realidade do fenômeno OVNI em uma conferência de um dia, que se concentrou nos avanços recentes na pesquisa OVNI.
O International Symposium on UAP (OVNI) Research, evento virtual organizado pela empresa Vertical Project Media, foi realizado no dia 16 de outubro de 2022.
Jean-François Clervoy, condecorado astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA), veterano da NASA e engenheiro, disse durante o evento:
O fenômeno OVNI é real, foi comprovado, é uma realidade.
Questionado pelo anfitrião Nagib Kary sobre o que ele esperava da pesquisa atual no campo OVNI, Clervoy observou que o campo desperta muito interesse porque levanta questões ontológicas e filosóficas sobre quem somos como espécie e se os humanos estão sozinhos no universo.
Clervoy disse:
Existem casos de fenômenos aeroespaciais não identificados em que sabemos, com evidências de apoio, que o fenômeno ocorreu. Não é pura imaginação coletiva de todos; temos depoimentos de pilotos, pessoas no solo, rastros de radar, filmes. Os eventos aconteceram.
Clervoy culpou a falta de recursos dedicados a este campo pelo lento progresso obtido ao longo dos anos, destacando a criação do comitê técnico SIGMA 2 dentro da Associação Aeronáutica e Aeroespacial Francesa como um exemplo a seguir para outras associações nacionais, que podem realizar estudos dos fenômenos (uma tradução em inglês do relatório de 2021 do SIGMA 2 pode ser encontrada aqui).
Clervoy expressou sua opinião de que a hipótese extraterrestre continua sendo “a hipótese mais simples” no que diz respeito às possíveis causas subjacentes para OVNIs, embora acrescentando que “só porque é a mais simples não significa que seja a explicação real”.
Clervoy disse durante o evento:
Meu sentimento é que provavelmente não é a única, mas estou totalmente aberto ao fato de que pode ser. [O fenômeno OVNI pode representar] algo mais que não somos capazes de explicar e para o qual nossa imaginação não é capaz de criar outras ideias.”
O astrônomo de Harvard, Avi Loeb, que também foi entrevistado durante o evento, enfatizou como ainda não aprendemos sobre o universo, citando uma avaliação preliminar do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional de junho de 2021 sobre o OVNIs como um ponto de virada.
Acrescentando que OVNIs foram observados em vários instrumentos, e citando declarações anteriores de John Ratcliffe, do administrador da NASA Bill Nelson, e do ex-presidente dos EUA Barack Obama sobre o assunto, o que serviu de ímpeto para a fundação de seu próprio Projeto Galileo, Loeb disse:
As agências de inteligência e os militares nos EUA têm dados que indicam que existem objetos reais.
O historiador militar Alexandre Sheldon-Duplaix também falou sobre objetos subaquático não identificados, ou OSNIs, referindo-se a vários casos apoiados por testemunhos de militares e oficiais superiores. Sheldon-Duplaix argumentou que os relatórios de OVNIs aparecem já em meados do século XIX, citando um relatório do oficial da Marinha Real e hidrógrafo Sir Frederic John Owen Evans. Incidentes semelhantes aparecem nos relatórios anuais da Marinha Real, nos registros da Royal Meteorological Society, no The American Meteorological Journal e no Nautical Meteorological Annual, que inspiraram o escritor do início do século XX, Charles Fort.
Dos 258 relatórios transmitidos ao Projeto Blue Book da Força Aérea dos EUA entre 1952 e 1969, 43% vieram da Marinha dos EUA, observou Sheldon-Duplaix. Casos semelhantes de OVNIs russos também foram discutidos durante o evento.
Entre as outras entrevistas apresentadas durante o evento, a palestrante Leslie Kean enfatizou a recente legislação aprovada no Senado dos EUA para promover a pesquisa OVNI e a implementação de um grupo OVNI completo do Departamento de Defesa, o All-Domain Anomaly Resolution Office (AARO). Embora ambas as iniciativas sejam promissoras para 2023, Kean também alertou que a circulação de teorias da conspiração ainda impede que muitos funcionários do governo arrisquem suas reputações e carreiras ao se envolverem na discussão sobre OVNIs.
Durante as entrevistas subsequentes, o cientista da computação e capitalista de risco Jacques Vallée falou principalmente sobre que tipo de banco de dados poderia ser usado para procurar padrões em relatórios OVNIs , enquanto o engenheiro e físico Philippe Guillemant propôs uma interpretação de padrões em relatórios OVNIs como sugestivos de seu mecanismo de propulsão. Mais tarde, o especialista da GEIPAN, Michael Vaillant, apresentou um modelo estatístico demonstrando como as ocorrências de OVNIs em todo o mundo transmitem uma distribuição que transmite uma progressão exponencial semelhante ao que é usado no cérebro humano para treinamento repetitivo ideal; uma estratégia adequada a um processo educacional que ele pensa estar em vigor para reduzir o choque cultural para uma civilização não humana.
O chefe do SIGMA 2, Luc Dini, apresentou a pesquisa atualmente sendo investigada pelo comitê técnico da 3AF sobre OVNIs, que demonstrou as várias trajetórias dos OVNIs testemunhadas no caso Lakenheath, revisou casos de iluminação de plasma e raios globulares e anunciou a criação de um simpósio projetado para reunir a melhor pesquisa científica disponível sobre os casos mais anômalos. O simpósio foi concluído com um painel de palestras, durante o qual o público soube que o chefe do GEIPAN, Vincent Costes, fará um briefing para o novo grupo de estudos de OVNIs da NASA.
Durante uma parte do evento, Jean-Pierre Troadec, auditor do Instituto Nacional de Estudos Avançados de Defesa (IHEDN) conhecido por sua influência no relatório COMETA, conversou com o ex-Diretor de Inteligência de Segurança Externa (DGSE) Alain Juillet, onde a questão da ameaça causada pelos OVNIs foi apresentada.
Juillet disse:
Até onde sabemos, nenhuma agressividade foi exibida. Claro, existem algumas histórias de OVNIs pairando sobre foguetes, mísseis de longo alcance, mísseis sendo desativados, e é aí que dizemos, bem, talvez haja um pequeno problema aqui porque isso afeta a Defesa.
Juillet ainda acrescentou:
Para mim, é aqui que chegamos ao cerne do problema. Se [OVNIs] ficassem agressivos, o que aconteceria?
A questão é: o que é e o que poderia acontecer se o que temos visto são intenções bélicas?
Juillet disse que, embora não saiba de nenhum comportamento abertamente agressivo observado nos relatórios sobre OVNIs, é importante garantir que os órgãos militares levem os relatórios a sério o suficiente para facilitar a preparação para essa possibilidade.
Ele disse:
Este é o cerne do problema do ponto de vista da defesa.
Mais informações sobre o evento OVNI de outubro passado, juntamente com as gravações das entrevistas com seus participantes, podem ser encontradas online aqui (em francês).
(Fonte)
Mal eles sabem que se os OVNIs tivessem mesmo uma intenção agressiva direta, eles nem mesmo teriam tido essa conferência e nenhum de nós provavelmente estaria aqui para ler este artigo. A questão maior ainda é: Qual é a real intenção daqueles que estão por detrás deste fenômeno?
A resposta para esta pergunta poderá chocar a maioria de nós… ou não.
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