Antigo petróglifo mostra “2 sóis” iluminando a Terra
Sabemos que as civilizações do passado remoto observaram e admiraram o céu, e às vezes até o capturaram em petróglifos ou pinturas rupestres que são preservadas até hoje. Um desses registros antigos existentes na Índia mostra o que parecem ser ‘sóis gêmeos’ na Terra.
Arqueólogos na Índia acreditam ter encontrado a mais antiga representação conhecida de objetos celestes em um curioso exemplo de arte rupestre antiga. A pedra com os ‘dois sóis’ gravados foi encontrada no sítio arqueológico de Burzahom, no vale indiano da Caxemira.
A pedra foi desenterrada durante uma escavação em 1969, mas desde então tem intrigado os arqueólogos por causa de sua representação enigmática do que parecem ser dois grandes objetos no céu, possivelmente sóis gêmeos ou luas gêmeas.
Agora, um estudo afirma que a misteriosa escultura pode representar uma supernova particularmente brilhante que ocorreu por volta de 4500 a.C.
Estaria o registro em Burzahom mostrando um evento astronômico antigo ou há algo mais bizarro aqui?
Dois sóis na Terra?
O desenho na rocha parece mostrar dois caçadores se aproximando de um cervo com a ajuda de um cachorro sob duas grandes esferas luminosas no céu. O astrofísico Mayank Vahia, do Instituto Tata de Pesquisa Fundamental de Mumbai (TIFR), publicou a nova teoria da supernova depois de cruzar registros astronômicos com datação por radiocarbono de vários objetos encontrados no sítio arqueológico de Burzahom.
Os dois objetos na arte rupestre parecem ter o mesmo brilho e aparecem lado a lado, descartando a teoria de que poderiam representar o Sol e a Lua.
A Lua e uma supernova?
Em vez disso, Vahia acredita que um dos orbes poderia ser a Lua, enquanto o outro pode ser uma supernova extremamente brilhante que rivalizava com o brilho da Lua. Em seu estudo publicado no Indian Journal of History of Science, Vahia conclui:
“Apenas um remanescente de supernova, HB9, atende a todos esses critérios e explodiu por volta de 4500 a.C. com um brilho comparável ao da Lua.”
Por isso, os pesquisadores revisaram seu catálogo para ver se um fenômeno semelhante havia ocorrido por volta da data de origem da gravura, encontrada em um assentamento datado de 4.300 a.C.
E foi assim que eles encontraram uma única supernova que atendeu a esse critério: a HB9. Esta supernova explodiu por volta de 4.500 a.C. e seu brilho era comparável ao da Lua.
Por outro lado, o mapa do céu da época revelou outros detalhes que dão mais peso à teoria astronômica. Observada da Caxemira, a explosão teria ocorrido “perto da constelação de Orion, que é conhecida como cenário de um caçador”, explicou Vahia.
Em última análise, a cena, diz o estudo, é na verdade um mapa do céu. Vahia acredita que os dois caçadores na imagem podem não ser caçadores, mas podem representar as constelações de Orion e Peixes, enquanto os animais representam Touro e a galáxia de Andrômeda.
O estudo conclui:
“Acreditamos que não é uma cena de caça terrestre, mas um gráfico do céu mostrando a localização de constelações proeminentes e a Lua, o dia em que a supernova foi observada pela primeira vez.”
Se confirmada, essa teoria significaria que o antigo povo Burzahom possuía conhecimento astronômico muito mais avançado do que os registros arqueológicos haviam indicado anteriormente.
(Fonte)
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