As coisas estão prestes a ficar tempestuosas com o nosso Sol – e isso pode significar problemas para a infraestrutura de satélites.
A especialista em clima espacial, Tzu-Wei Fang, da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica, disse aos participantes da 36ª Conferência de Pequenos Satélites no estado de Utah (EUA) esta semana, segundo a SpaceNews:
“O que você experimentou nos últimos dois anos não importa. Tudo o que você aprendeu nos últimos dois anos não vai se aplicar nos próximos cinco anos.”
Como Fang disse ao público durante o painel de discussão, a tempestade solar de fevereiro que matou um monte de satélites Starlink da SpaceX recém-lançados foi apenas a ponta do iceberg.
Ela disse na conferência:
“Aquela tempestade foi na verdade uma tempestade menor em nosso catálogo. Não é uma grande tempestade.”
No entanto, esses tipos de tempestades e seus efeitos nos satélites têm uma vantagem: coordenar com a NOAA e outras organizações para estudar os efeitos do aumento da atividade geomagnética e ser capaz de prever melhor o que pode dar errado, disse Fang.
Esse tipo de coordenação de dados será útil porque, como observou a cientista espacial, esse novo ciclo de tempestade solar ocorre após uma era de 11 anos que foi comparativamente bastante leve e na qual toneladas a mais de satélites foram lançados do que nunca. Como tal, os atuais técnicos de satélite podem não estar preparados para as próximas tempestades.
O que é pior, este último ciclo já está sendo muito mais alto do que o previsto.
Fang disse no painel:
“Se você olhar para o início deste ano, as coisas estão muito loucas. Tivemos uma explosão solar quase toda semana. Já estamos muito além de onde prevíamos neste momento.”
É uma situação assustadora, em outras palavras, mas ainda não estamos no território de “O Dia Depois de Amanhã”.
Mesmo assim, aqueles que operam satélites logo receberão um curso intensivo sobre como lidar com tempestades solares.
(Fonte)
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