A medição do tempo em outros planetas é um desafio devido aos padrões centrados na Terra. Um sinal de pulsar é proposto como o mecanismo para marcar o início do tempo.
Ao contrário dos sistemas de cronometragem existentes, os cientistas chineses propuseram um padrão universal de cronometragem para ser usado em todo o sistema solar. No entanto, não coloca a Terra ou qualquer uma de suas religiões no centro.
O artigo afirma que os humanos estão entrando no espaço em um ritmo que exige um novo padrão. É bastante desafiador manter o tempo no espaço, mesmo que muitas vezes seja dado como certo na Terra.
O tempo de Marte não pode ser determinado sincronizando-o com o tempo da Terra porque os sinais de rádio levam de 3 a 22 minutos para viajar entre os dois planetas, e suas posições e velocidades relativas mudam constantemente.
Usando o “baricentro”, o centro de massa comum do sistema solar, como a origem das coordenadas para determinar localizações no espaço, permitiria aos autores desenvolverem um mecanismo de cronometragem além da Terra.
Os pesquisadores apontaram, de acordo com o South China Morning Post:
“O início dos tempos pode ser definido como o momento em que um sinal selecionado de um pulsar de milissegundo – uma estrela de nêutrons altamente magnética que pulsa centenas de vezes por segundo – atinge o baricentro.”
Esta é uma mudança radical em relação ao sistema de tempo de hoje, que coloca nosso planeta no centro do sistema de coordenadas e usa o Meridiano de Greenwich como referência. Quanto ao calendário gregoriano amplamente utilizado, o ano zero é baseado no suposto ano de nascimento de Jesus Cristo.
De acordo com os pesquisadores, membros da equipe sênior da China Aerospace Science and Technology Corporation, da Academia de Tecnologia Espacial da China e dos Observatórios Astronômicos Nacionais de Pequim, o ponto de partida do calendário gregoriano está relacionado à religião.
Uma nova regra do tempo é necessária além da Terra.
Os pesquisadores escreveram:
“Escolher o pulsar e o sinal para a hora de início será um grande desafio para definir o padrão.”
De acordo com Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, os cientistas vêm considerando se afastar da cronometragem centrada na Terra há muito tempo.
Um sistema semelhante já é usado pelos astrônomos ao calcularem a posição dos planetas ou estudarem sinais de fora do sistema solar…
Com a ajuda da navegação por pulsar, uma espaçonave pode ser localizada com mais precisão no espaço profundo, medindo quando os sinais chegam ao baricentro do sistema solar do que com a ajuda de relógios atômicos.
(Fonte)
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