A China tem um dos maiores programas espaciais do mundo, com três locais de lançamento diferentes, além de uma variedade de interesses de pesquisa
Ela foi o terceiro país depois da URSS e dos EUA a colocar uma pessoa no espaço. Com o programa espacial da China e sua longa e rica história, eles estão olhando para o futuro e, em um artigo recente, pesquisadores planetários chineses propuseram um novo tipo de projeto de orbitador que seria capaz de viajar ao redor de Netuno.
Estudando Netuno
Com suas temperaturas frias, Netuno é um planeta que não seria hospitaleiro para a vida. Netuno não é o destino mais fácil para uma nave espacial humana viajar, devido à sua distância da Terra. A única missão bem-sucedida foi a espaçonave Voyager 2 de 1989, que foi capaz de estudar o planeta de perto e, durante sua jornada, os cientistas conseguiram determinar que o planeta tinha anéis fracos ao seu redor, semelhantes a Saturno.
Em 2002, cientistas planetários usaram telescópios, como o telescópio Hubble, para identificar quatro luas ao redor do planeta: Laomedia, Neso, Sao e Halimede. No ano seguinte, uma quinta lua, Psamathe, foi descoberta.
O ano de 2011 marcou um ano significativo na história de Netuno, pois completou sua primeira órbita de 165 anos ao redor do Sol desde 1846, quando o planeta foi descoberto. Desde então, os cientistas usam telescópios para estudar o clima e a atmosfera do planeta, esperando um dia em que as espaçonaves possam viajar para aquele planeta mais uma vez.
Desenvolvimento de um orbitador nuclear
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) pode ter uma maneira de chegar a Netuno com seu recém-proposto orbitador nuclear. Como o orbitador usaria a energia extremamente poderosa produzida por uma reação nuclear, ele poderia carregar uma carga útil maior e ir mais longe no espaço. A reação nuclear seria uma reação de fissão, onde um isótopo radioativo é dividido em dois, criando enormes quantidades de energia para alimentar o orbitador. Este orbitador também pode ter implicações para outras missões espaciais, permitindo que a exploração do espaço profundo se torne mais viável.
A CNSA já solidificou sua reputação como um dos principais programas espaciais do mundo com o lançamento do Tainwen-1 em 2020, que colocou um jipe-sonda movido a energia solar em Marte e uma espaçonave na órbita de Marte. O lançamento de um orbitador com destino a Netuno só melhoraria a reputação da CNSA e traria uma nova onda de exploração espacial.
A proposta publicada descreve um cronograma de lançamento em 2030 que enviaria uma sonda usando um foguete. A sonda entraria em órbita ao redor de Netuno em 2040, depois de passar por Júpiter. A sonda poderia então enviar dados de volta aos cientistas planetários, contando-lhes mais sobre as origens de Netuno, bem como as possíveis origens do nosso Sistema Solar e até da própria vida.
Netuno é apenas uma peça do quebra-cabeças
A missão a Netuno parece ser apenas uma parte do plano que a CNSA tem para a exploração espacial. No início deste ano, a Agência publicou um documento com suas metas para os próximos cinco anos. Os objetivos incluem lançar mais foguetes e atualizar naves espaciais, como o orbitador proposto para Netuno. A CNSA também está construindo um telescópio, chamado Xuntian, que será lançado nos próximos cinco anos. Este telescópio também ajudará a fornecer informações importantes sobre nosso sistema solar aos cientistas planetários.
Um objetivo final é atualizar a exploração espacial robótica usando naves e sondas robóticas. Com um jipe-sonda movido a energia solar em Marte, a CSNA não terá dificuldade em completar este objetivo. À medida que seus olhos se voltam para Netuno, a China pode encontrar uma nova fronteira para explorar que ainda precisa ser examinada em profundidade, levando outras agências espaciais da comunidade internacional a desvendar mais segredos sobre nosso sistema solar.
(Fonte)
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