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O dia em que toda a Argentina foi paralisada por um OVNI

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Tempo de leitura: 4 min.

Na manhã de 17 de setembro de 1985, grande parte da Argentina acompanhava ao vivo a trajetória de um OVNI que sobrevoava a cidade de Buenos Aires. Este objeto voador criou dezenas de teorias e uma das histórias mais engraçadas e delirantes dos últimos anos.

O dia em que toda a Argentina foi paralisada por um OVNI
Esta é a imagem mais clara do objeto. Foi obtido pelo Observatório Astronômico de La Plata.


O dia 17 de setembro de 1985 começou como qualquer outro na cidade da fúria, mas isso estava prestes a mudar. Por volta das 6h da manhã, o céu estava completamente limpo e de um azul límpido, produto das altas pressões que prevaleciam na região. Enquanto os primeiros raios do Sol iluminavam a cidade, um ponto luminoso – ou que brilhava – começou a se destacar no céu e a chamar a atenção dos madrugadores.

O boato de um disco voador perseguindo portenhos rapidamente se espalhou entre familiares, amigos e vizinhos. Não eram nem 7 da manhã e os telefones das sedes da Aeronáutica e do Serviço Nacional de Meteorologia não paravam de tocar, assim como os das torres de controle do Aeroparque e Ezeiza. Ninguém conseguia identificar o que era aquilo que flutuava estático, brilhante e alto. O OVNI foi fotografado, filmado e transmitido ao vivo em todos os canais de televisão. A mídia mudou sua transmissão e não falavam de outra coisa. Até mesmo Alejandro Romay, diretor do Canal Nueve, conseguiu um avião para jornalistas do Nuevediario se aproximarem do objeto, sem sucesso em identificá-lo.

A rua estava cheia de pessoas com binóculos, telescópios e câmeras telefoto, mas ninguém conseguiu determinar a forma do estranho objeto devido ao seu brilho. A adrenalina crescia e as respostas oficiais não apareciam, a confusão aumentava com o passar das horas e o OVNI continuava sobrevoando o local. As primeiras versões sugeriam que poderia ser o planeta Vênus, mas da torre de controle do aeroporto garantiram que era detectável por radar e que estava a uma altitude de 22.900 metros, o que descartou essa afirmação.

A teoria de que era um balão meteorológico (balão-sonda) começou a ganhar força, mas ninguém sabia de onde vinha. Dois aviões da Brigada Aérea José C. Paz foram enviados para averiguar.

O comunicado oficial informou:

“…A Força Aérea Argentina informa que o objeto em questão, observado visualmente pela população no espaço aéreo, foi detectado pelos centros específicos da instituição a partir das 3 horas de hoje, constituindo um balão de ar quente para uso científico com trajetória sudoeste-nordeste com perigeu aproximado entre 35 e 40 mil metros, tendo sido visivelmente observado com o aumento da atividade solar. Importa esclarecer que este sistema não é de origem nacional e, ao mesmo tempo, até agora não constitui qualquer risco para a navegação aérea. O trabalho de observação continua…”

Mas esta declaração estava longe de acalmar os cidadãos.

A mídia respondeu:

“Como é possível que a Força Aérea não esteja interessada em identificá-lo?”

Mensagem da Torre de Controle do Aeroporto Internacional de Ezeiza em17 de setembro de 1985, às 10h:

“Uma esfera luminosa não identificada está se movendo a uma altitude de 22.900 metros. A esfera não identificada está constantemente mudando de brilho, movendo-se para noroeste e possui um filamento cinza em forma de antena.”


Horas se passaram, o objeto continuou sua lenta jornada para o noroeste cercado por um céu espetacularmente azul. Esse deslocamento o levaria a ser visto no final da tarde nas cidades de Trenque Lauquen e Roosevelt, na província de Buenos Aires, em Huinca Renancó, província de Córdoba, e em Venado Tuerto, ao sul de Santa Fé. Ele finalmente desapareceu por volta das três da tarde e a ‘aura conspiratória’ estava a todo vapor. Enquanto isso, as palavras do governo não eram ouvidas e os ovniólogoa tinham cada vez mais presença na TV.

OVNI vs balão meteorológico

Durante semanas todos os tipos de versões foram ouvidas. Houve quem afirmasse que a Aeronáutica nunca enviou seus aviões por falta de orçamento, indicando que não houve novas decolagens nas pistas. Mais tarde foi anunciado que os aviões que se aproximavam já estavam voando em uma missão anterior, algo que estava oculto no relatório da instituição e alimentou a ideia de que se tratava de um objeto extraterrestre.

Ovniólogos e “especialistas em alienígenas” passaram horas no ar falando sobre como o objeto mudou de forma e teve trajetórias erráticas no filme. Isso foi refutado, pois mostrou ser um efeito óptico devido à mudança no brilho solar e ao movimento do pulso ao carregar as câmeras antigas e pesadas.

Os jornais dedicaram páginas inteiras a falar sobre o estranho objeto. (Clarin, 1985)

Por outro lado, a melhor teoria foi, sem dúvida, a dos céticos, que estavam convencidos de que o objeto não era extraterrestre, mas um inteligente golpe publicitário para promover a série “V-Invasão Extraterrestre”, que estreou na Argentina no dia seguinte.

A mensagem que esclareceu tudo

O astrônomo e pesquisador Carlos Alberto Demaría, que em algum momento esteve ligado ao famoso ovniólogo Fabio Zerpa, é um dos fundadores do Centro Argentino de Investigação de Fenômenos Extraterrestres (CAIFE). Após várias reviravoltas entre evidências pouco claras sobre um balão de pesquisa ou um OVNI, ele decidiu consultar a entidade competente sobre o assunto.

Em novembro de 1985, ele escreveu uma carta ao Centre National d’Etudes Spatiales (CNES) da França, solicitando mais detalhes sobre a possibilidade de um dos balões lançados de Pretória, na África do Sul, pela agência ter chegado à Argentina.

Desde 1977, o CNES lançou balões especiais para estudar a atmosfera, chamados MIR (Montgolfier Infra Rouge). Eles são feitos de um material metálico leve, muito grande e capaz de viagens de longa duração, atingindo altitudes de voo de até 28 km.

Quase 5 meses depois, em maio de 1986, Demaría recebeu uma resposta de Daniel Sacotte, Diretor de Assuntos Internacionais e Industriais da organização. A resposta foi contundente:

“Sim, recebi sua carta datada de 11 de dezembro de 1985. Esse é definitivamente o nosso MIR. Muito obrigado por sua fotografia e suas informações.”

E embora ainda haja quem acredite que existem vários buracos inexplicáveis ​​e que há um acobertamento do governo, “o OVNI de 17”, como foi apelidado pela imprensa da época, nos deixou com muitas dúvidas, um grande história e, sem dúvida, vários pescoços com torcicolo.

[Para instruções de como ativar a legenda em português do(s) vídeo(s) abaixo, embora esta não seja precisa, clique aqui.]

(Fonte)


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