Bispo da Igreja Católica Brasileira diz que Jesus era extraterrestre
O artigo abaixo, publicado originalmente no site da Revista UFO, é publicado aqui pela gentil permissão de Ademar Gevaerd, editor chefe da revista. (Vale notar que o religioso em questão não é bispo da Igreja Católica Apostólica Romana, mas sim da Igreja Católica Apostólica Brasileira.)
Em 18 de junho, assistindo ao programa Jô Soares Onze e Meia, o país inteiro ficou perplexo diante da figura de um religioso capaz de fazer impressionantes revelações sobre discos voadores, seres extraterrestres e sua relação com as escrituras. Era dom Fernando Antonio Sampaio Pugliese, bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, que atua em Maceió (AL). Jô Soares, experiente condutor de entrevistas com personalidades das mais diversas áreas, foi um dos que mais se espantou com as afirmações de dom Pugliese. Raras vezes na história brasileira um bispo causou tanta polêmica. E na tevê! Dom Pugliese estava discorrendo sobre suas interpretações bíblicas quando o Jô Soares mandou buscar uma Bíblia traduzida para o português e, narrando-a para o convidado, perguntou-lhe sobre o episódio em que Ezequiel descreve sua visão de algo que se supõe ser uma nave extraterrestre.
O bispo não teve dúvidas: não só confirmou que o que o apóstolo viu foi mesmo um disco voador, como também afirmou que há uma ligação profunda entre os textos bíblicos e a intervenção de alienígenas na Terra. Dom Pugliese não é um religioso qualquer. Estudou filosofia e teologia na Pontífice Universidade Gregoriana Romana, que é considerada a mais brilhante instituição de ensino teológico da Itália. Estudou também nos ateneusde Paris, Lindsbruk e Munique, conheceu e foi pupilo do francês Gabriel Marcel, um dos maiores existencialistas do pós-guerra. O religioso conhece também hebraico, o que é muito importante quando se busca compreender a interação do Fenômeno UFO na história da humanidade e, principalmente, sua influência nos destinos da civilização moderna.
Logo após o programa Jô Soares Onze e Meia, a Equipe Ufo, que também foi tomada de surpresa e não conhecia as atividades de dom Pugliese, mobilizou-se para encontrá-lo e solicitar uma entrevista ao religioso. Nossos consultores Roberto Affonso Beck, que reside em João Pessoa (PB), e Fernando Aragão Ramalho, de Brasília (DF), imediatamente contataram dom Pugliese e foram muito bem recebidos. O religioso não apenas confirmou tudo o que havia dito ao Jô, como se aprofundou ainda mais em suas afirmações, e ainda mostrou-se excepcionalmente bem informado sobre Ufologia. Mais que isso, ele é um leitor assíduo da Revista Ufo. Eis a entrevista que Beck e Aragão fizeram como nosso ilustre bispo.
No Livro de Enoque é narrada sua viagem num objeto não identificado, desde o momento de seu arrebatamento até a chegada, inclusive o meio de transporte usado, com todas as características de um UFO
Dom Pugliese, o senhor pode nos falar de sua formação educacional e vocação religiosa? Tive formação católica romana, fui seminarista em Maceió e acadêmico de filosofia na Universidade Gregoriana de Roma. Fiz teologia em Munique e no Instituto Católico de Paris. Mas deixei a vida eclesiástica antes de me ordenar sacerdote, ingressando no magistério universitário. Então contraí matrimônio e fui pai de três filhos, hoje já adultos. Ingressei na Igreja Católica Apostólica Brasileira, fui ordenado sacerdote e, posteriormente, sagrado bispo. Isso aconteceu alguns anos mais tarde, quando já era professor universitário, estava casado e era pai de família.
Desde quando o senhor vem se interessando por Ufologia? Desde quando li uma entrevista sobre o avistamento de uma nave espacial, publicada na revista O Cruzeiro, mais ou menos em 1957. O caso, ocorrido nas imediações da Ilha da Trindade, foi detalhadamente descrito e ilustrado com ótimas fotografias, tiradas de bordo de um navio da Marinha brasileira, por um repórter que se encontrava em missão jornalística naquela embarcação.
O senhor já viu um disco voador? Já tive incontáveis avistamentos. Entretanto, o mais notável foi no dia 22 de dezembro de 1984, mais ou menos às 22h40, quando rezava o rosário como de costume, em uma passarela do quintal de minha casa. O objeto surgiu por trás de um frondoso abacateiro. Era uma bela nave espacial, com cúpula profusamente iluminada e de cor alaranjada. Seu diâmetro era de aproximadamente 20 m. Ao se levantar, vagarosamente, o UFO apagou a luz e desapareceu em vertiginosa velocidade. Meu sangue gelou nas veias e fiquei praticamente paralisado por alguns momentos. Eu me encontrava a uns 30 m de distância do objeto.
O senhor é um bispo católico. Sua igreja aceita abertamente a vida inteligente em outros planetas? A Igreja Católica Apostólica Brasileira deixa o tema completamente livre para quem quiser opinar. Ela é de estrutura essencialmente liberal e praticante do lema liberdade, igualdade e fraternidade. Minha igreja admira os cidadãos “livres e de bons costumes”.
Na Bíblia existem citações referentes à vida inteligente noutros pontos do universo, além da Terra. Como o senhor vê essas passagens? Nos chamados livros canônicos, bem como nos apócrifos, não encontramos citações stricto sensu [Exatas] sobre isso. Entretanto, há inúmeras menções que praticamente nos impelem no sentido da aceitação, por dedução lógica, da existência de vida inteligente em outras partes do Cosmos.crédito: jillian Romsbad
O senhor já teve algum contato pessoal, de qualquer forma, com seres alienígenas? Nunca tive oportunidade de ver seres extraterrestres entrando ou saindo de naves siderais. Mas já tive visões de entidades angelicais e creio que parte da chamada “hierarquia angélica”, ao menos nos graus inferiores das ditas nove castas, citadas pelo apóstolo Paulo e repetidas pelo grande bispo Dionísio Pseudoareopagita, de Paris, é formada de extraterrestres como anjos e arcanjos. As categorias mais elevadas, como querubins e serafins, provavelmente são de natureza mais sutil.
O senhor disse que acredita ter em um de seus pés alguma espécie de “chip” ou implante. Quando notou a presença desse objeto e de que forma? São duas pequenas bolinhas no pé esquerdo. Ao sentir uma forte e incômoda dor nele, tirei uma radiografia e, além de um incipiente esporão calcâneo, meu médico constatou algo estranho. O laudo anexo à radiografia, de 13 de julho de 2000, descreve uma “imagem filiforme de densidade cálcica, que pode ser compatível com corpo estranho”.
Falando um pouco da Bíblia, por favor descreva-nos qual é o método que usa para estudá-la. Com relação aos estudos bíblicos temos dois métodos bem distintos. O primeiro é usado normalmente pelas faculdades teológicas ou pelos institutos bíblicos espalhados pelo mundo. Trata-se da chamada Exegese ou Hermenêutica Bíblica. Ele consiste na análise comparativa dos textos e contextos doutrinários, lingüísticos, culturais e históricos contidos nas sagradas escrituras. Já o segundo é o método criptológico, através do qual se aplicam alguns códigos específicos, tais como o cabalístico, o Atbash, o método das seqüências alfabéticas ou das seqüências lineares. Este eu mesmo aplico, a fim de detectar mensagens ocultas no texto original hebraico, conhecido como massorético. O método das seqüências lineares proporcionais, entrecruzadas e repetidas, é outro sistema, desenvolvido por mim no decorrer de alguns anos.
Há diversas provas fósseis, documentais e artísticas de povos primitivos que nos levam a concluir sobre a presença entre nós, desde o início dos tempos, de seres extraterrestres e tecnologicamente superiores aos humanos. Em seus estudos sobre as codificações contidos no Velho Testamento, o senhor chegou a alguma conclusão semelhante? Inegavelmente, devemos a Erich von Däniken a coragem e mesmo a ousadia de romper a barreira do medo levantada e imposta sobretudo por entidades religiosas, com relação a civilizações extraterrestres e naves siderais. Lembremo-nos que Giordano Bruno, frade da Ordem Dominicana, foi queimado vivo pela inquisição romana por manifestar, no ano de 1600, idéias semelhantes. Sobre a existência de civilizações extraterrestres, além das fortíssimas insinuações nos textos correntes ou normais do Antigo Testamento, tenho encontrado claras referências em mensagens cifradas, notadamente no capítulo 60 do profeta Isaías, com especificações sobre uma próxima manifestação de seres extraterrestres de forma agigantada. O mesmo se dá no texto do profeta Daniel, capítulo 12, na parte conhecida como Apocalipse de Daniel. Na Torah ou no Pentateuco, através de um processo cabalístico de caráter numerológico chamado guematria, encontramos menção a um grupo de 318 entidades extraterrestres. Está em Gênesis, capítulos 14 e 15, oculta e cifrada sob o nome de Eliezer.
No livro do Êxodo, capítulo 14, precisamente nos versículos 19 a 21, levantamos os nomes dos 70 anjos – seguramente extraterrestres – que desceram a Terra a fim de efetuar a partição ou divisão dos povos e lhes ensinar os 70 troncos lingüísticos que deram origem aos principais idiomas naturais do nosso planeta. Para compreender isso é necessário se aplicar ao texto uma variação do método de decodificação Atbash, de difícil explicação. Essas entidades vieram ao nosso mundo sob o comando do grande e admirável arcanjo Miguel, chamado pelo profeta Daniel de príncipe ou comandante da Milícia Celeste. Ele é citado também em Apocalipse, capítulo 12, e no texto grego do Novo Testamento como “o vencedor da batalha contra o dragão”.
Nunca tive oportunidade de ver extraterrestres entrando ou saindo de naves siderais. Mas já tive visões de entidades angelicais e creio que parte da chamada ‘hierarquia angélica’ é formada de extraterrestres como anjos e arcanjos
Existem textos antigos, em línguas extintas ou em desuso, que serviram como base para várias religiões atuais, como os indianos Ramayana, Mahabarata e o Vymaanika-Shaastra. Eles falam dos vimanas, naves que riscavam os céus há mais de 20 mil anos, conduzindo reis e soldados a guerra. O senhor chegou a analisar esses registros ou outros, em hebraico ou sânscrito? Com relação a textos anteriores ao massorético hebraico Tanach [Torah, Neviim e Khetuvim, que significam lei, profetas e escritos], citaria o hindu Rig Veda, ressaltando nele o Atharva Veda, e, notadamente, os chamados Sutra e Upanishads, todos em sânscrito. Citaria especialmente o Bhagavad Gita, também em sânscrito, que fala do guerreiro Arjuna. Este texto é interpretado geralmente sob um aspecto mais esotérico e místico. Em referência a esses registros em sânscrito, não conheço ainda qualquer método criptológico para sua decodificação. No entanto, venho obtendo alguns resultados aplicando os processos de decodificação nos Targum aramaicos, do famoso Pentateuco Samaritano, ou mesmo em siríaco, como no caso da versão chamada Peshitta.
Os apócrifos bíblicos possuem uma série de afirmações ainda mais contundentes que os canônicos sobre a presença de seres extraterrestres semelhantes aos homens e suas máquinas voadoras. Os exemplos mais claros estão no Livro de Enoque e no Proto-Evangelho de Tiago. O senhor tem conhecimento do conteúdo desses apócrifos? Esses livros apócrifos, tanto os do Antigo Testamento como da Nova Aliança, são particularmente reveladores não só da existência, mas também da atuação concreta das naves espaciais provenientes de outros mundos habitados. Começando pelo patriarca antediluviano Enoque, bisavô do famoso Noé, sobrevivente do dilúvio, notamos que o texto canônico Gênesis se refere apenas ao seu arrebatamento, com vida, da Terra. No entanto, no apócrifo Livro de Enoque I é narrada, com surpreendentes detalhes, a viagem que se segue ao arrebatamento e o meio de transporte usado, com todas as características de propulsão, iluminação e vertiginosa velocidade de um objeto voador não identificado. Além das etapas e características de possíveis estações espaciais.
Além da abdução de Enoque há ainda a surpreendente experiência do profeta Elias. Comparando o caso de Enoque com o posterior arrebatamento do profeta Elias, testemunhado pelo seu discípulo predileto, o profeta Eliseu, é importante notar, no apócrifo Gênesis, uma importante referência a uma espécie de planeta habitado, um “outro paraíso” denominado Parwain, para onde teriam sido levados vivos Enoque e Elias, com seus corpos materiais. Esse apócrifo foi descoberto nas cavernas de Qumran, ao lado do Mar Morto. E sabe-se que Elias viu com seus próprios olhos um carro ou carruagem celestial “com cavalos de fogo”. Mais curioso ainda é constatar que São Tomás de Aquino, grande teólogo católico do século XIII, já em plena idade média admitia claramente que Enoque e Elias se encontram em um “outro paraíso terrestre”, num outro planeta, Deduz-se disso, evidentemente, a existência de outros planetas habitados. Isto se encontra na Suma Teológica de sua autoria.crédito: Arquivo UFO
Já nos Evangelhos Árabe e Armênio da Infância, bem como no próprio canônico de Mateus, encontramos referências sobre a estrela de Belém, que teria guiado os reis magos que vieram do Oriente, provavelmente da Arábia, Pérsia e Índia. Eles estariam reunidos em Ecbátana, passaram por Jerusalém e foram até a cidade de Belém, onde se encontrava o menino Jesus. Pelas características do texto, creio ser impossível outra interpretação para a referida estrela – que se movia, parava, tornava a se movimentar e a parar, sempre de maneira inteligente etc – que não seja a de uma nave espacial.
Na sua opinião, qual é a relação entre esses seres, supostamente extraterrestres, e Jesus Cristo? Creio que tal relação é profundíssima. Tenho até a forte impressão de que Jesus é um “deles”, porém de estrutura cósmica ou metafísica mais sutil, a ponto de poder tomar a natureza humana através da encarnação em um corpo feminino, que foi o de sua mãe telúrica, a Virgem Maria. Pelas suas características somáticas ou mesmo psicossomáticas, dá para se notar que seu corpo, a despeito dele ter sido também humano, tinha aspectos especiais. De acordo com as narrativas evangélicas, eu ressaltaria o fato de que, em momento de grande angústia ou depressão, Jesus podia suar gotas de sangue, fenômeno que a medicina chama de hematídrose.
Há rumores de que exista grupos ou pessoas que têm conhecimento desses fatos estranhos, mas que tramam seu acobertamento. Eles estariam inseridos nos mais variados setores da sociedade, ocupando cargos de destaque em pontos-chave das organizações mundiais. O senhor tem conhecimento de algum desses grupos ou pessoas participando ou dirigindo tais atividades, infiltrados na igreja? Tenho convicção de que existem grupos, pessoas e religiosos de alto nível que sabem muito a respeito da existência e atuação de extraterrestres não só aqui, no nosso planeta, mas também fora dele, em outras partes do Universo. Mas tratam desse assunto de forma altamente reservada, por força de conveniências políticas, psicológicas e, sobretudo, religiosas.
Baseado em seus estudos das escrituras, o senhor chegou a alguma conclusão sobre a origem e as intenções desses seres que nos visitam? Acho que a influência dos extraterrestres, assim como aconteceu na remota Antiguidade, vem se dando até hoje – e a meu ver, em vários sentidos. Especialmente na chamada tecnologia de ponta e particularmente nas áreas militares de alguns países. Tal influência alienígena também ocorre na medicina e, quase escandalosamente, na área das telecomunicações, informática, eletrônica e outras modalidades.
Não acredito que a aparição de Fátima, em Portugal, tenha sido a Virgem Maria, como até hoje defende a igreja. Creio que tenha sido uma manifestação gritantemente ufológica
O que o senhor tem a nos dizer sobre a aparição de Fátima, em Portugal, até hoje defendida pela igreja como uma visão da Virgem Maria? Não acredito que tenha sido uma aparição da Virgem Maria, pelo menos não de forma direta e pessoal. Creio que houve uma manifestação gritantemente ufológica, não só pela suposta, absurda e irracional “dança” que o Sol teria realizado naquele dia, conforme os registros de época, mas por outros detalhes do acontecimento. Ora, as evoluções que o suposto sol realizou são típicas e conhecidas na Ufologia como de naves espaciais. Além disso, toda a fenomenologia do acontecimento assim nos leva a pensar, como o fato do tal sol ter realizado vôos rasantes e seu calor ter enxugado as vestes encharcadas pela chuva das pessoas que ali se encontravam. Outro elemento importantíssimo desse caso é aquela espécie de boneca mecânica, sem vida, de mais ou menos 1,1 m de altura, que baixava sobre a copa do pé de azinheira, na Cova da Iria, deixando fortes traços de sucção nos ramos e folhas. Essa figura é vista pela igreja como a Virgem Maria. Tenho o privilégio de possuir os mais quentes depoimentos das testemunhas daquele fato, colhidos com rigor pelos canais competentes. Eles dão conta da real natureza dessa manifestação [Veja matéria nesta edição].
Aquele ser tinha as características mecânicas de um robô de aparência feminina, que falava sem mover os lábios, sem olhar ou gesticular para os três videntes. Tal ser, ao término do contato, voltou às costas para os meninos também mecanicamente, como se estivesse atrelado a um eixo e fosse recolhido por algo que o sugava, começando a ocultá-lo da cabeça aos pés, até desaparecer. Outras características tipicamente ufológicas desse caso também se apresentavam, tal como a queda do céu de uma substância filamentosa e viscosa, conhecida na Ufologia como “cabelo de anjo” e, segundos antes da aparição, o indefectível relâmpago seguido do ribombar de um trovão.
Essas são afirmações bombásticas para um religioso, o senhor não acha? Bem, para concluir estas modestas observações, vamos lembrar somente as palavras do mestre Jesus, quando afirma categoricamente que “os verdadeiros adoradores do Pai são aqueles que o adoram em espírito e na verdade”.
Dom Pugliese, o senhor conhece a Revista Ufo? Gostaria de publicar artigos nela? Sim, conheço o magnífico trabalho desenvolvido pela revista, tendo à sua frente esse “apóstolo” da Ufologia no Brasil que é, sem dúvida, o A. J. Gevaerd.
(Fonte)
Colaboração: Hannah Hertz
Valendo-se da tese do bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira de que Jesus era um extraterrestre, vale a pena também ler este outro artigo publicado hoje aqui no OH, referente à aparência da mãe terrestre de Jesus, Maria.
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