O espaço está destruindo o sangue dos astronautas
Uma adaptação que os corpos dos astronautas fazem durante as viagens ao espaço está dando a eles “anemia espacial” quando retornam à Terra, segundo um novo estudo publicado na revista Nature.
Essencialmente, os corpos dos astronautas estão destruindo seu próprio sangue em taxas mais altas e não parecem parar quando voltam para casa, o que pode ter grandes implicações para viagens espaciais de longo prazo no futuro.
Os autores do estudo da Universidade de Ottawa escreveram:
“À medida que a humanidade planeja viagens extraterrestres, entender as implicações para a saúde de viver no espaço será fundamental para planejar viagens seguras. A anemia em astronautas foi observada desde as primeiras missões espaciais, mas os mecanismos que contribuem para a anemia em voos espaciais permanecem obscuros.”
A anemia espacial é um dos problemas que os astronautas enfrentam, e a NASA até tem um nome para isso: “RIDGE”, que é a sigla simplificadas em inglês para Radiação Espacial, Isolamento e Confinamento, Distância da Terra, Campos de Gravidade e Ambientes Hostis/Fechados, e descreve os problemas físicos e mentais mais comuns que exploradores se deparam fora do mundo.
A gravidade mais baixa no espaço também causa uma perda na densidade óssea, e os autores do estudo acham que isso também pode estar relacionado à anemia espacial.
A hemólise, de acordo com a Britannica, é a quebra ou destruição dos glóbulos vermelhos para que a hemoglobina que transporta o oxigênio contida seja liberada. De acordo com o estudo, a hemólise ocorre em quatro partes do corpo: medula óssea, vasos sanguíneos, fígado ou baço. Destes quatro, o pesquisador Guy Trudel, especialista em medicina física e reabilitação do Hospital de Ottawa e pesquisador da Universidade de Ottawa, acha que a medula óssea ou o baço são provavelmente as áreas problemáticas e quer que sua equipe continue pesquisando.
Trudel disse à Ars Technica:
“O que causa a anemia é a hemólise, mas o que causa a hemólise é o próximo passo. Há uma lacuna de conhecimento para missões mais longas, missões de um ano ou missões para a Lua ou Marte ou outros corpos.”
(Fonte)
Colaboração: Kaczmarczik
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