O caso OVNI que pode gerar novos informações físicas sobre os efeitos biológicos e a natureza dos fenômenos
A Coalizão Científica para Estudos de UAPs/OVNIs (SCU) publicou um novo relatório de avaliação sobre um caso significativo de Fenômenos Aeroespaciais Não Identificados (UAPs/OVNIs) de 1971, que ocorreu em Delphos, Kansas (EUA). E o local onde ocorreu o suposto encontro ainda pode conter solo contaminado, que pode ser estudado cientificamente.
O caso envolve um jovem fazendeiro que, enquanto cuidava de suas ovelhas em novembro de 1971, ouviu um barulho alto antes de ver um objeto luminoso brilhante pairando acima do solo.
Os pais do menino também testemunharam o OVNI e viram como o objeto aparentemente deixou para trás uma impressão em forma de anel brilhante em torno do solo, que também foi fotografado.
O incidente UAP envolve:
- Efeitos Fisiológicos
- Solo contaminado com propriedades aparentemente confusas
- Pelo menos um dos cinco observáveis
- Três testemunhas
- Perturbação de animais
Envolve também o Instituto Battelle Memorial, que até agora não se manifestou com as análises das amostras de solo, que o Instituto solicitou após o evento. Isso apesar das inúmeras solicitações de dados decorrentes de sua análise.
Neste momento, está sendo considerado um pedido pela Lei de Liberdade de Informação (de sigla em inglês, FOIA),conforme sugerido no relatório da SCU, para que os dados possam ser divulgados do Battelle e de outro laboratório que também estudou as amostras de solo.
No entanto, apesar dos contratempos envolvendo o Instituto Battelle, outros estudos científicos foram conduzidos. No final de 1977, o Dr. Erol Faruk (autor do último relatório da SCU) conduziu uma importante análise química orgânica do material.
Faruk descobriu que o solo do local do encontro estava contaminado com um composto semelhante a um sabão altamente solúvel em água; que paradoxalmente levou à sua hidrofobicidade (ou seja, uma capacidade física de repelir água) e, após o isolamento e caracterização, revelou propriedades quimioluminescentes (significando a emissão de luz de uma reação química).
O novo relatório da SCU reúne todos os outros fatos necessários para auxiliar na validação do incidente como verdadeiramente anormal.
O autor, Dr. Faruk, que tem experiência em análises químicas orgânicas, forneceu os seguintes comentários ao Liberation Times:
“Há esperança de que o caso possa render uma análise mais aprofundada. Em 2020, uma equipe de estudo da Kansas State University visitou a fazenda Delphos e desenterrou parte do material afetado, supervisionado por Ronald Johnson, que aos 16 anos testemunhou o incidente.
Johnson enterrou a superfície do anel com mais solo normal após o incidente, o que significa que o material contaminado pode ter sido protegido de qualquer oxidação posterior.
A equipe KSU foi capaz de reproduzir a hidrofobicidade do solo do anel, em vídeo, que é uma anormalidade chave associada ao caso de 1971.
O estudo científico adicional poderia, portanto, ser potencialmente conduzido em amostras de solo isoladas recentemente, o que poderia render uma maior compreensão do que aconteceu naquele dia de novembro de 1971.
Uma possibilidade é isolar uma quantidade suficiente do sal de prata de cor vermelha e realizar uma análise isotópica dos elementos que o compõem.
Outra é verificar se o composto está presente como seu sal de cálcio quando o solo do anel é simplesmente extraído com água. Este resultado não seria esperado da extração de solo normal e sugeriria que o composto foi colocado lá de uma fonte externa.”
[Infelizmente, o vídeo abaixo, cuja tradução do título é “Evidência Baseada em Ciência Indica que um OVNI Pousou em Fazendo dos EUA) não conta com geração de legenda em português.]
A publicação do relatório ocorre em um momento em que a SCU foi identificada como colaboradora de um Comitê Consultivo Aéreo e Transmídia, conforme mencionado na Emenda Gillibrand-Rubio, proposta na Lei de Autorização de Defesa Nacional dos EUA 2022.
O que aconteceu naquele dia fatídico em 1971?
O jovem Ronald Johnson estava cuidando das ovelhas com seu cachorro às 19 horas, em 2 de novembro de 1971. Sua mãe chamou da porta dos fundos da casa, convidando Ronald para jantar. Ronald respondeu que chegaria em alguns minutos.
Mas Ronald não chegou para jantar. Minutos depois, sua mãe o chamou novamente depois que ela e o pai de Ronald terminaram a refeição.
Mas Ronald não respondeu. Sua mãe relatou que não viu nada de estranho, como brilho, e que não ouviu nada de fora.
Algo não estava certo.
Então, o que aconteceu com Ronald nesses momentos?
Ronald descreveu que enquanto trabalhava no cercado das ovelhas (e imediatamente depois que sua mãe o chamou pela primeira vez), ele ouviu um som estrondoso, como uma velha máquina de lavar vibrando.
Ele então viu um OVNI bem iluminado pairando a 25 metros de distância.
Embora nenhuma superfície metálica real pudesse ser vista, o jovem pôde discernir um contorno distinto do OVNI. As partes superior e inferior do OVNI pareciam ser abobadadas, com uma ligeira protuberância no centro.
Entre a base e o solo havia uma luz ofuscante. O OVNI estava flutuando cerca de 60 centímetros acima do solo. Ronald nunca o viu tocar o solo, apesar da aparente contaminação do solo que pôde ser vista após o evento.
Quando Ronald viu o objeto, ele parou e percebeu como seu cachorro estava quieto. Ele descreveu o OVNI como emitindo brilhos azuis, vermelhos e laranja sobre sua superfície.
O OVNI tinha aproximadamente três metros de largura e parecia ter cerca de três metros de altura. Ronald não conseguia ver nenhuma característica da superfície devido à sua natureza brilhante, que também iluminava as árvores próximas e o solo abaixo.
Quando o jovem Ronald olhou diretamente para o OVNI, seus olhos começaram a doer. Na verdade, por muitos dias após o evento, Ronald relatou que seus olhos estavam irritados e que ele sofria de dores de cabeça.
A presença do OVNI (ou talvez o som) perturbou as ovelhas, pois Ronald descreveu como os animais berrando durante o encontro. Ronald afirmou que as ovelhas pularam de seu cercado todas as noites durante uma semana após o encontro.
Depois de alguns minutos testemunhando o incidente, Ronald descreveu como a base da OVNI se iluminou. A luz na base ficou maior e o objeto começou a subir em um ângulo, passando por um galpão adjacente por cerca de um metro. Ao passar pelo galpão, o OVNI emitiu um ruído semelhante ao de um jato.
À medida que se movia, o OVNI também ficava mais brilhante. Isso fez com que Ronald perdesse temporariamente a visão. Mas momentos depois, após recuperar a visão, ele correu para a casa da fazenda para contar a seus pais o que tinha visto.
Seus pais testemunham o OVNI e um anel luminoso no chão
Os pais de Ronald não acreditaram nele no início. Isso o deixou agitado.
Mas, eventualmente, seus pais o seguiram para fora para observarem o OVNI no céu do sul. Parecia um objeto luminescente brilhante recuando na distância e tendo “a cor de um soldador de arco”.
Neste ponto, o OVNI foi estimado em pelo menos metade do tamanho da lua cheia, que também podia ser vista no céu do sudeste ao mesmo tempo.
Após a observação, Ronald e seus pais caminharam até o local e disseram que viram um anel luminoso na escuridão abaixo de onde o OVNI foi visto pairando.
O anel brilhante impressionou tanto sua mãe que ela correu de volta para a casa para buscar uma câmera. Com isso, ela tirou uma foto do efeito. A imagem é bastante surpreendente, especialmente porque nenhum flash foi usado para tirar a fotografia. A luz do anel foi descrita como brilhante o suficiente para ler um jornal. Ronald comparou a emissão de luz do anel a um “brilho fluorescente“.
A superfície do solo era de um branco acinzentado brilhante. De acordo com relatos, porções de árvores próximas também estavam brilhando. Os pais de Ronald tocaram a superfície do anel, mas descreveram que não estava quente, como se poderia suspeitar. A superfície de terra tinha uma textura estranha, como uma crosta lisa, como se o solo tivesse se cristalizado.
A imagem acima foi tirada pela mãe de Ronald imediatamente após o evento, sem flash. Como você pode ver, ela mostra um brilho fluorescente.
Efeitos físicos aparentes do OVNI
Depois de tocar o solo, a mãe de Ronald sentiu dormência nas pontas dos dedos.
Ela enxugou a palma da mão na perna para remover a sujeira – foi então que essa parte da perna também ficou dormente. Ela comparou a sensação de entorpecimento à de um anestésico local.
O pai também relatou dormência nas pontas dos dedos após o contato com o solo.
Devido ao entorpecimento, a mãe de Ronald, que trabalhava em uma casa de repouso, alegou que não conseguiu tirar as medidas do pulso de seus pacientes por duas semanas. Ela comentou como não conseguia sentir nada com as pontas dos dedos.
Apesar desses efeitos físicos, a família não procurou atendimento médico imediato. Mas eles contataram uma repórter chamada Thaddia Smith, que chegou no dia seguinte, 3 de novembro.
Smith contatou o xerife local, Ralph Enlow, que chegou ao local no mesmo dia. Depois de inspecionar o local, o xerife reportou:
“Observamos um anel em forma de rosca com um furo no meio. O anel estava completamente seco com o buraco no meio e fora da lama do anel. …. Recebemos uma foto tirada na noite anterior pela Sra. Johnson, que mostrava que o anel brilhava no escuro. A amostra de solo retirada era quase branca e muito seca … o solo não era radioativo ”
Um mês depois, o investigador líder da MUFON, Ted Phillips, visitou a área e fotografou o anel, que estava delineado por neve não derretida.
Phillips questionou a família e coletou amostras de superfície e subsuperfície do solo seco do anel sob a neve, bem como material de controle de fora do anel.
Ele descobriu que o solo do anel, até um nível de 14 polegadas (35 cm) de profundidade, havia se tornado extremamente resistente à absorção de água.
Phillips enviou amostras de solo para vários laboratórios. Sobre a análise, que mais tarde foi conduzida por seu autor em 1977, o relatório da SCU afirma:
“No recebimento, o solo do anel foi imediatamente verificado quanto à sua hidrofobicidade relatada pela adição de água a uma amostra à temperatura ambiente. Descobriu-se que o material se comportava quase como vidro, com a água simplesmente respingando em sua superfície. Uma espátula foi usada para quebrar à força a mistura aquosa, o que eliminou a hidrofobicidade para deixar uma suspensão avermelhada.
A mistura foi centrifugada para dar uma solução vermelha límpida que contrastava com a solução incolor obtida a partir de amostras de solo de controle tratadas de forma semelhante. Notou-se que todas as amostras de solo do anel eram igualmente resistentes à água.
Os espectros visíveis foram obtidos para o material do anel de superfície e sub-superfície, que mostraram uma maior absorção na região de 286-333 nm do espectro (Fig. 5). Cada curva foi registrada após a extração de 70mg da amostra de solo relevante com 0,5ml de água. A maior absorção dos extratos de solo do anel em direção à região visível do espectro ilustra o grau de impregnação do solo do anel com o composto, em comparação ao solo controle. ”
Apesar de tais características intrigantes, a natureza precisa do composto não revelou a identificação adequada.
No final dos anos 1970, o Battelle Memorial Institute em Dayton, Ohio, inesperadamente solicitou o material do solo do anel para análise de Phillips.
O instituto conduziu isso com outro laboratório em na cidade de Sts Louis por muitos meses. Mas, apesar dos vários pedidos de informação, Phillips afirmou que nada foi ouvido novamente dos dois laboratórios sobre as conclusões de sua análise.
A conclusão do relatório SCU sugere algo extraordinário
O autor do relatório SCU conclui que, embora seu cenário hipotético de um OVNI pulverizando uma solução aquosa (isto é, dissolvida em água) no solo possa parecer ficção científica, é um modelo que explica perfeitamente os elementos desconcertantes do relato de avistamento.
A ideia de que um OVNI possa usar um envelope de uma solução química para gerar luz e, portanto, iluminar a si mesmo não é tão forçada.
Um dos aspectos mais intrigantes do OVNI são seus brilhos, como a frequentemente descrita “bola vermelha brilhante” vista por testemunhas, ou variações verde/laranja/azul do mesmo.
O relatório da SCU termina fazendo referência a um estudo do NARCAP de 2001 intitulado “UAP – Eighty Years of Pilot Sightings” (“OVNIs – Oitenta anos de avistamentos de pilotos”), no qual uma coleção de 1.305 exemplos de avistamentos de militares, aviões e pilotos privados de 1916 a 2015 é usada para ilustrar o aspecto da iluminação.
O estudo NARCAP afirma:
“Apenas 31 desses exemplos usaram a frase ‘metálico’ para descrever o OVNI, mas 71 eram ‘luminosos’, 22 eram ‘brilhantes’, 116 eram ‘laranja’, 122 eram ‘verdes’ e 69 eram ‘azuis’, com apenas três casos usando o termo menos evidente ‘fluorescente’.“
Curiosamente, um caso francês de 1957 com características semelhantes às do incidente Delphos é referido no relatório da SCU. O OVNI é descrito como aparecendo e desaparecendo em intervalos de cinco minutos e, às vezes, exibindo luminosidade semelhante a um leque abaixo.
Os detalhes do caso Delphos são certamente intrigantes.
Certos aspectos do caso, como efeitos fisiológicos, podem se tornar muito importantes, especialmente se a Emenda Gillibrand-Rubio for aprovada, que menciona uma avaliação sobre os efeitos na saúde para aqueles que encontram OVNIs.
(Fonte)
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