Free Guy: O filme que nos pergunta se vivemos em uma simulação
O filme Free Guy (Assumindo o Controle) acaba de ser lançado, onde a trama gira em torno de personagens virtuais e reais. Este filme mostra-nos mais uma vez que talvez a nossa realidade não seja tão ‘real’ como pensamos.
Estrelado por Ryan Reynolds, Free Guy nos apresenta um personagem não-jogador, ou NPC (non-player character), chamado Guy, em um videogame semelhante ao popular Fornite.
No entanto, o mundo de Guy muda radicalmente quando ele conhece Jodie Comer, o amor de sua vida.
Uma das peculiaridades do filme é que a vida dos personagens se passa tanto no mundo real quanto na Free City (Cidade Livre), o videogame.
O filme é baseado em colocar os NPCs e seres reais à prova. O que vai estabelecer sua sobrevivência será como eles reagem.
Por exemplo, enquanto as Inteligências Artificiais (IAs) se apaixonam, personagens reais se traem. Mas cada um mostra comportamentos reveladores. Assim, o espectador é forçado a perguntar: Somos NPCs como Guy? Em caso afirmativo, o que acontece com nosso livre arbítrio?
O livre arbítrio e a simulação
Benjamin Curtis, professor de filosofia na Nottingham Trent University, apresenta-se à filosofia de Free Guy em um artigo publicado no portal de notícias The Conversation.
No filme, Guy sente que tem livre arbítrio, mas também admite que sua mente e comportamento dependem de sua programação.
Para Curtis, essa é uma teoria correta, pois se nossas mentes nada mais fossem do que um programa de computador, seria difícil ver como poderíamos ter o controle verdadeiro do que pensamos ou fazemos. Tudo estaria determinado.
Agora, como uma mente programada artificialmente difere daquela que se move de acordo com as leis biológicas do cérebro?
O professor de filosofia garante que Guy não tem livre arbítrio, pois seus pensamentos e ações são resultado de operações que acontecem dentro de um computador, do qual ele não tem controle.
Em vez disso, nossos pensamentos e ações são o resultado de operações biológicas que acontecem em nosso cérebro, e também não temos controle sobre elas.
Seguindo essa lógica, realmente não existe livre arbítrio. Mas a programação de Guy e nossa neurologia simplesmente estabelecem certos parâmetros dentro dos quais a ação livre ainda é possível de certa forma.
Um NPC pode estar ciente?
Outro ponto que tem gerado polêmica é que Curtis propõe a possibilidade dos NPCs terem consciência.
As consequências da existência de mentes computacionais conscientes, até agora, são mera especulação. Uma das consequências é a questão do estatuto moral dessas mentes, tal como colocada em Free Guy.
Se eles podem ter desejos e emoções, serem felizes ou tristes, apaixonarem-se; tudo o que o filme mostra, nos faz pensar que um NPC pode merecer tanto respeito moral quanto um ser humano.
Se for esse o caso, não seria imoral interferir em suas vidas? Reiniciar sua programação seria semelhante a um assassinato. Desse modo, parece que os marcos legais que protegem as pessoas também deveriam ser estendidos ao seu.
Vivemos em um universo simulado?
Seguindo os pontos anteriores, devemos mencionar Rizwan Virk, o desenvolvedor de videogames do Vale do Silício e cientista da computação do MIT.
Em 2019, ele publicou um livro chamado ‘The Simulation Hypothesis‘, onde ele explora profundamente a natureza do espaço e do tempo em todos os universos possíveis.
Virk explora a ideia de que universos paralelos podem ser o resultado de diferentes execuções da simulação, com variáveis combinadas. Uma ideia que foi proposta pela primeira vez por Philip K. Dick e uma explicação racional do Efeito Mandela.
Ao combinar ideias de ficção científica e insights de Virk para ciência da computação, física quântica e videogames, o livro corresponde amplamente à ideia de Free Guy.
Tanto Curtis quanto Free Guy nos fazem repensar se sabemos o que é real e o que não é. Em vez disso, leva-nos mais longe, questionando se personagens NPC simples em qualquer tipo de simulação, não ‘percebem’ a realidade como nós …
[Para instruções de como ativar a legenda em português do(s) vídeo(s) abaixo, embora esta não seja precisa, clique aqui.]
(Fonte)
Se realmente vivemos em uma simulação sofisticada, então não seria uma possibilidade que os “pilotos” dos OVNIs sejam os “mantenedores” do software viajando por aqui para averiguarem se tudo está ocorrendo de acordo com a programação?
Naaahh!!!!! Deixa para lá. Isto foi só um escorregão da minha imaginação fértil.
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