Seres extraterrestres estão na mente das pessoas enquanto o Pentágono se prepara para entregar um relatório sobre OVNIs ao Congresso dos Estados Unidos.
Autoridades dizem que o relatório não descarta a chance de que Objetos Voadores Não Identificados (ou Fenômenos Aéreos Inexplicáveis) avistados por pilotos da Marinha dos EUA venham de algum outro lugar do universo – mas eles também não estão descartando que eles venham de outras nações, ao invés de outros planetas.
O site The Conversation questionou cinco cientistas sobre sua crença em alienígenas inteligentes – não necessariamente voando em OVNIs, mas lá fora, em algum lugar. Quatro deles pensam que ETs existem.
O astrobiólogo Jonti Horner, da University of Southern Queensland (Austrália), diz que é um “sim definitivo” por causa do grande número de galáxias no cosmos.
“Acho impossível acreditar que a Terra seja o único planeta que tem vida – incluindo vida inteligente e tecnologicamente avançada”, ele disse, acrescentando que encontrar provas disso nessa vasta extensão será “surpreendentemente difícil”:
O astrofísico da Universidade Curtin Steven Tingay concorda que é “difícil acreditar que a mistura particular de condições que resultou em ‘vida’ ocorreu apenas na Terra – mas que a ‘vida’ poderia ser apenas bactérias”.
A cientista planetária Helen Maynard-Casely, da Australian Nuclear Science and Technology Organization, acha que é “apenas uma questão de tempo” antes de encontrarmos algum tipo de vida alienígena. “Se [essa vida] pode dizer olá para nós? Bem, essa é uma questão diferente”, diz ela.
Rebecca Allen, uma especialista em tecnologia espacial do Projeto de Escritório Espacial da Swinburne University, diz que embora as pessoas geralmente pensem em uma forma de vida humanoide quando pensam em alienígenas, é mais provável que sejam microorganismos. “Mas a esperança permanece”, diz ela.
O astrobiólogo Martin Van Kranendonk da Universidade de New South Wales, diz que a resposta é “não”. Mas ele admite que a resposta completa é que não sabemos.
“Talvez um dia possaremos a saber se temos vizinhos interplanetários próximos, ou se de fato estamos sozinhos”, diz ele. “Ou talvez nunca o faremos”.
Enquanto isso, no The Guardian, o astrônomo do SETI Institute, Seth Shostak, diz que nosso primeiro contato pode ser com inteligência artificial.
Toda a missão da SETI é procurar outra vida no universo.
Shostak aponta para a diversidade da vida na Terra, como milhões de espécies mesmo aqui parecem muito diferentes umas das outras, para argumentar que ETs provavelmente não pareceriam humanoides.
Na verdade, ele nem mesmo pensa que seriam formas de vida baseadas em carbono.
Ele escreve:
“Suas habilidades cognitivas provavelmente não serão alimentadas por uma massa esponjosa de células que chamaríamos de cérebro.
Eles provavelmente terão ido além da inteligência biológica e, na verdade, além da própria biologia. Eles não estarão vivos.”
Mesmo com o foguete mais rápido da humanidade, levaria 75.000 anos para chegar até Proxima Centauri, o sistema habitável mais próximo, diz ele. Portanto, qualquer explorador interplanetário teria que ser sintético.
Ele diz:
“Alienígenas de inteligência artificial podem não ser tão atraentes quanto aqueles de sangue quente e mole, mas não devemos nos prender a um ponto de vista antropocêntrico.
Pesquisadores que trabalham com IA estimam que máquinas capazes de vencer humanos em um teste de QI sairão dos laboratórios em meados do século. Se pudermos fazer isso, alguns extraterrestres já terão feito.”
O relatório do OVNI dos EUA deve ser entregue antes do final deste mês.
(Fonte)
Na verdade, esses cientistas opinam com base em suas crenças pessoais e naquilo com o qual foram expostos no setor acadêmico, o que os impede – pelo menos de forma pública – de terem uma opinião mais ampla sobre esta questão.
Dizer que seria impossível para uma raça extraterrestre cruzar as enormes distâncias interestelares com base em nossa tecnologia de foguetes carece de imaginação e mente aberta às possibilidades. Trata-se de um pensamento extremamente egotístico. Definitivamente, com bilhões de planetas somente em nossa galáxia, sem contar com todo o universo, quase que certamente não somos o “crânio” do bairro. Deve haver alguém mais esperto lá fora.
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