Enquanto Neil Armstrong e Buzz Aldrin plantavam as primeiras pegadas da humanidade na Lua, Collins ficou para trás para pilotar o módulo de comando, circulando cerca de 100 quilômetros acima da superfície lunar. Como tal, o próprio Collins nunca pisou na Lua, embora suas realizações junto com Armstrong e Aldrin tenham contribuído para o que continua sendo uma das missões espaciais mais famosas da história.
A morte de Collins foi anunciada por membros da família.
A família de Collins informou em um comunicado no Twitter:
“Lamentamos compartilhar que nosso amado pai e avô faleceu hoje, após uma batalha valente contra o câncer. Ele passou seus últimos dias em paz, com sua família ao seu lado. Mike sempre enfrentou o desafio da vida com graça e humildade, e enfrentou este, seu desafio final, da mesma forma. Sentiremos muita falta dele. No entanto, também sabemos como Mike se sentiu sortudo por ter vivido a vida que ele viveu.”
Collins era conhecido por sua natureza tranquila e despretensiosa e, nos últimos anos, tornou-se uma voz ativa nas redes sociais, onde compartilhou “sua perspectiva sábia obtida tanto olhando para a Terra a partir do ponto de vista do espaço quanto contemplando as águas calmas do convés de seu barco de pesca”, disse sua família no comunicado.
A NASA prestou homenagem a Collins, destacando sua carreira ilustre e seu trabalho inspirando gerações de exploradores.
O administrador interino da NASA, Steve Jurczyk, disse em um comunicado:
“Hoje a nação perdeu um verdadeiro pioneiro e defensor vitalício da exploração, o astronauta Michael Collins. Quer seu trabalho tenha ocorrido nos bastidores ou à vista de todos, seu legado sempre será o de um dos líderes que deram os primeiros passos da América no cosmos. E seu espírito irá conosco enquanto nos aventuramos em direção a horizontes mais distantes.”
Collins nasceu na Itália em 1930. Depois de se formar na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Collins serviu como piloto de caça e piloto de teste experimental na Edwards Air Force Base, na Califórnia, de 1958 a 1963.
Collins foi selecionado pela NASA para se tornar um astronauta em 1963. Seu primeiro vôo foi uma missão de três dias a bordo do Gemini 10, que foi lançada em 18 de julho de 1966. A expedição conduziu um teste de atracação e encontro duplo em órbita, e durante o voo, Collins se tornou a terceira pessoa na história dos Estados Unidos a conduzir uma caminhada no espaço.
A Apollo 11 foi o segundo voo de Collins ao espaço. Em seu livro de memórias best-seller de 1974, “Carrying the Fire: An Astronaut’s Journey” (“Carregando o Fogo: a Jornada de um Astronauta”, em título de tradução livre), Collins refletiu sobre seu tempo solitário em órbita ao redor da Lua – uma experiência que levou alguns a chamá-lo de “o homem mais solitário da história”.
Collins escreveu:
“Estou sozinho agora, verdadeiramente sozinho e absolutamente isolado de qualquer vida conhecida. Eu sou isso. Se uma contagem fosse feita, a pontuação seria três bilhões mais dois do outro lado da Lua e um mais Deus sabe o que está neste lado.”
Collins se aposentou da NASA em 1970. Depois de deixar a agência espacial, ele atuou como diretor do National Air and Space Museum e como subsecretário da Smithsonian Institution.
(Fonte)
Colaboração: Wizard Uncle, Eduardo LBM
Descanse em paz, Michael Collins. Talvez agora você saiba a resposta para aquilo que tanto procuramos.
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