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Segredos soviéticos: Existem cosmonautas mortos em órbita da Terra?

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cosmonautas mortos em órbita da Terra

Em 12 de abril de 1961, um homem russo chamado Yuri Gagarin fez história a bordo de uma espaçonave soviética Vostok 3KA-3. Durante anos, os Estados Unidos e a União Soviética testaram os maiores avanços tecnológicos e de engenharia de cada nação, e naquele dia Gagarin conseguiu uma incrível vitória para a nação comunista: ele voou até o espaço.

No entanto, a corrida espacial foi muito mais do que orgulho nacional, ela foi verdadeiramente uma disputa sobre a supremacia global. Cada nação reconheceu a fronteira final como uma vantagem tática para as operações militares e uma necessidade de relações públicas – a competição colocou o povo americano atrás de gastar o dinheiro necessário para enfrentar o gigante vermelho, e a vitória beneficiaria o moral em todo o país. No entanto, os soviéticos não precisavam da aprovação do público para as despesas, optando, em vez disso, por anunciar cada missão para o desconhecido do mundo somente após a sua conclusão bem-sucedida, deixando o povo sob a impressão de que o programa soviético era incapaz de fracassar.

Nos últimos anos, no entanto, começaram a surgir histórias sobre missões espaciais soviéticas fracassadas e sua política de garantir que a mídia, o público e sua competição estadunidense nunca soubesse sobre seus erros.

Na década de 1970 surgiram fotos retratando os primeiros cosmonautas (astronautas soviéticos) trabalhando e de férias uns com os outros, mas devido a confusão sobre quais fotografias haviam sido publicadas, os gerentes de notícias soviéticos lançaram acidentalmente versões nunca antes vistas das imagens. Quando imagens publicadas anteriormente foram comparadas com as imagens que foram lançadas nos anos setenta, as inconsistências começaram a aparecer. O mais notável entre essas questões foi o fato de alguns cosmonautas não estarem aparecendo nas fotos; o governo soviético tinha, na verdade, varrido pessoas inteiras de fotografias de grupos, optando por fingir que esses homens nunca fizeram parte do programa.

Quando confrontado sobre essas alterações, o governo soviético fez uma série de tentativas frustradas para explicar porque eles sentiram a necessidade de forjar as imagens divulgadas ao público. Finalmente, nos anos finais do reinado soviético, Gorbachev instruiu jornalistas e historiadores soviéticos a determinar o que realmente aconteceu com esses homens ‘ausentes’ e omitidos. Sua pesquisa revelou que a maioria havia sido expulsa do programa por comportamento que os tornava inadequados para serem vistos como heróis da nação ou desenvolveram condições médicas que os proibiam de participar de voos espaciais. Segundo relatos, o governo soviético optou por removê-los dos registros completamente ao invés de explicar seus fracassos em público.

Tudo isso pouco influenciou as crenças americanas de que os soviéticos, mesmo anos depois de os Estados Unidos reivindicarem a vitória na corrida espacial pousando na Lua, tinham mais a esconder do que estavam deixando transparecer. Embora alguns americanos foram tão longe a ponto de viajar à Rússia para encontrar alguns desses cosmonautas retirados das fotos para verificar as histórias soviéticas, nem todos os homens puderam ser contabilizados oficialmente.

O escritor estadunidense e ex-cientista de controle de missão da NASA, James Oberg, foi um dos primeiros a notar as inconsistências nas imagens soviéticas e, embora tenha escrito extensamente sobre suas crenças a respeito desses cosmonautas “perdidos” em livros como “Uncovering Soviet Disasters” (“Desacobertanto Desastres Soviéticos” – título em tradução livre), ele parecia bastante convencido nos últimos anos de que os soviéticos estavam dizendo a verdade sobre essas ações, e que a maioria, senão todos, dos cosmonautas desaparecidos foram simplesmente removidos das fotografias do programa espacial para proteger sua reputação impecável.

Possivelmente, a mais contundente, ou pelo menos a mais controversa, evidência para sugerir que o programa espacial soviético não era tão impecável quanto alegavam na época, foram relatos de um par de irmãos italianos que gravaram transmissões de rádio antes e depois do histórico voo de Gagarin, que parecia indicar missões orbitais tripuladas dando errado.

Os irmãos Judica-Cordiglia eram operadores de rádio amador que lançaram várias gravações em 1963 alegando terem sido gravadas durante o período mais intenso de tentativas soviéticas de colocar um cosmonauta no espaço; tentativas que eles afirmam ter começado em 1960, quase um ano antes da missão bem-sucedida de Gagarin.

Segundo os irmãos, em maio de 1960, eles registraram uma mensagem em código Morse indicando que uma espaçonave soviética tripulada se afastou perigosamente do curso. Então, em 28 de novembro de 1960, outro sinal de código Morse, desta vez chamado de socorro SOS, foi gravado quando outra espaçonave supostamente saiu da órbita da Terra. Em fevereiro de 1961, eles gravaram um cosmonauta sufocando audivelmente até a morte enquanto tentava entrar em contato com o controle da missão. Em abril, eles rastrearam a nave de Gagarin enquanto ela fazia três órbitas bem-sucedidas ao redor da Terra antes de entrar novamente. Os soviéticos anunciaram o sucesso de Gagarin três dias depois que os irmãos afirmaram ter rastreado sua rota de voo.

As gravações não pararam por aí, no entanto. Em maio, os irmãos afirmaram ter registrado o pedido de socorro de outra nave, quando ela saiu de órbita, depois novamente em outubro e novembro. Em novembro de 1963, os irmãos disseram ter registrado uma cosmonauta pedindo por ajuda quando sua nave foi queimada durante a reentrada. A morte final, de acordo com esses irmãos, ocorreu em abril de 1964, novamente devido a falha na blindagem de calor durante o voo de volta.

Há relatos confirmados de soviéticos morrendo em sua perseguição de voos espaciais, mas esses relatos muitas vezes não foram confirmados até depois da queda da União Soviética e diante de evidências esmagadoras. O melhor amigo de Gagarin morreu em uma missão orbital. De acordo com as alegações, ele estava ciente de que sua missão provavelmente falharia devido a vários problemas estruturais na nave, mas optou por voar de qualquer maneira para evitar que seu amigo e piloto reserva, o herói soviético Gagarin, corresse o risco. Embora esteja confirmado que Vladimir Kamarov morreu durante a reentrada de sua cápsula Soyuz 1, rumores continuam a surgir sobre seus últimos minutos, nos quais muitos afirmam que ele protestou contra o regime soviético e os culpou pela morte iminente.

Vinte e dois americanos morreram como resultado dos esforços para estender o alcance da humanidade além do nosso pequeno ponto azul no espaço. A tarefa é incrivelmente perigosa e os homens e mulheres do programa espacial de cada nação devem ser proclamados por sua bravura. Mas se afirmações sobre os esforços soviéticos para ocultar o fato de que homens e mulheres foram perdidos em busca da vitória sobre os EUA são parcialmente verdadeiras, então isto acrescentaria um lado negro sobre a forma como percebemos todas as realizações soviéticas durante aquela época.

(Fonte)


Certamente a União Soviética ocultou muitas coisas do mundo além dos fracassos de seu projeto espacial que custou muitas vidas humanas, pois aquele regime totalitário, bem como alguns outros de hoje, não valoriza a vida de seus cidadãos, já que estes são considerados meras “ferramentas do sistema”.

Assim, embora o escritor estadunidense James Oberg, talvez para agir com diplomacia, tenha acreditado na estória dos soviéticos sobre o porquê das pessoas terem sido apagadas das fotos, é óbvio que, bem como no projeto dos EUA, várias foram as perdas humanas do projeto comunista, como comprovado pelos irmãos Judica-Cordiglia.

Naquele regime, não havia para quem reclamar, pois o “estado*” vinha em primeiro lugar e estava acima de tudo.

(*leia-se: aqueles que estão no poder).

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