Estas novas descobertas indicam que a área de Herzegovina não estava desabitada nesse ponto da história, como se acreditava anteriormente.
Os resultados da pesquisa foram publicados pela Dra. Darija Vujevic, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Zadar, e pelo professor de arqueologia Stipan Dilber, curador do Museu Franciscano de Tomislavgrad, na revista do Instituto de Arqueologia, em Zagreb.
A descoberta ocorreu na caverna de Ričina, que consiste em três entradas cavernas interligadas, com canais criados pela ação corrosiva de uma corrente forte. O complexo de cavernas foi documentado e, durante uma das últimas visitas, os pesquisadores encontraram os restos de ferramentas de quartzo na frente da caverna. A descoberta foi motivada por uma investigação anterior, onde o local de produção desses objetos líticos foi encontrado.
Dilber informou:
O aparecimento de folhas processadas, vieiras e telhas com uma crista indicam claramente a presença de uma cultura epigráfica, tornando o local de Ričina o primeiro sítio Paleolítico na área de Herzegovina ocidental.
Segundo ele, essas descobertas provam que as pessoas viviam nessa área há 17 mil anos:
Até agora pensava-se que as primeiras pessoas habitaram esta região no Neolítico, e isso prova que as primeiras pessoas viveram aqui no Paleolítico Superior.
Por sua parte, a Dra. Vujevic confirmou que este é um grande trabalho científico e uma descoberta muito importante, dizendo que o local é de grande importância para o estudo dos primeiros períodos da pré-história, na costa leste do Adriático.
Ela disse:
A área da Herzegovina ocidental tinha sido completamente desconhecido até agora, embora a lógica geográfica nos leva a concluir que este espaço tinha que ser necessariamente uma ligação entre o continente e a costa. Agora, pela primeira vez, temos a oportunidade de conectar essas áreas com locais nas regiões circundantes, e especialmente os da costa do Adriático, com a descoberta em Ričina.
Arqueólogos já anunciaram que a investigação vai continuar, embora detalhou que a data dependerá do apoio de instituições estaduais e locais.
(Fonte)
Fica cada vez mais claro que a história humana ainda está muito mal contada e precisa ser reescrita.
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