A comunicação com baleias jubarte poderá ajudar o SETI a falar com alienígenas
A comunicação com seres inteligentes de outros mundos é um objetivo da Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), mas talvez a comunicação com seres inteligentes no nosso próprio mundo seja o primeiro passo que nós, como espécie, precisamos tomar antes de nos aventurarmos nas estrelas.
Em um vídeo divulgado pelo cientista do instituto SETI, Laurance Doyle, ele afirmou que olhar para os oceanos da Terra é uma das melhores maneiras de se preparar para a comunicação extraterrestre – especificamente considerando as baleias-jubarte. Por meio de matemática e estatística, Doyle e uma equipe de cinco outros cientistas estão investigando não apenas a extensão da fala animal, mas também o que significam as vocalizações exatas. Através de processos matemáticos (principalmente estatísticas e reconhecimento de padrões), a equipe espera aumentar o entendimento humano dos padrões de comunicação de outras espécies em nosso próprio planeta. Tal conhecimento promete tornar qualquer comunicação oficial entre o SETI e possíveis extraterrestres um pouco mais fácil.
O estudo é apoiado pela Templeton World Charity Foundation, uma organização que promove o avanço da ciência e da tecnologia para encontrar “significado, propósito e verdade”. Doyle é auxiliado por sua experiência em reconhecimento de sinais de vida extraterrestre e, mais recentemente, exoplanetas, que são planetas além deste sistema solar. Essa experiência, em parceria com a equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, está usando a teoria da informação, bem como medições precisas de canções de baleias jubarte, para compará-las com os hábitos de comunicação de outras espécies – inclusive humanos.
No lançamento no site do SETI, o plano delineia várias metas, que incluem:
- Desenvolver uma estrutura abrangente para entender amizade, amor, dedicação e confiança em grupos não humanos
- Identificar as qualidades de conhecimento que são valorizadas e valiosas entre animais não humanos
- Identificar e investigar inteligências que agem ou são instanciadas em longas distâncias ou períodos de tempo
- Explorar o comportamento coletivo e a dinâmica de grupo em escalas de tempo e de comprimento longas ou curtas que podem ser formas de inteligência de grupo
- Explicar em que medida os comportamentos observados em outras formas de vida são indicativos de inteligências
Além de ajudar na pesquisa do SETI, o projeto também espera medir a empatia em baleias jubarte. Tal empatia levou a comportamentos na natureza que alguns podem considerar como compassivos, como alertar outras vidas marinhas para grupos adjacentes de orcas carnívoras. A fim de completar este estudo, a equipe vai implantar uma gama sensorial de cinco elementos no Alasca em 2019.
Além de seu objetivo de um dia ser capaz de traduzir as vocalizações de animais, encontrar planetas habitáveis semelhantes à Terra e um dia falar com ETs, Doyle também quer trabalhar para educar o público sobre a proeminência dos exoplanetas no universo, bem como a possível raridade das condições da Terra que a tornaram habitável.
(Fonte)
Doyle só pode estar falando de alienígenas no mesmo patamar tecnológico que nós, ou menos, pois aqueles que já nos visitam compreendem nossos idiomas perfeitamente.
Também, quanto a alegação de Doyle sobre “a possível raridade das condições da Terra que a tornaram habitável”, acho que ele esqueceu que no Universo, pelo que descobrimos até agora, existem trilhões de planetas, e essa “raridade” como ele pensa existir, pode não ser tão rara assim. E mesmo se fosse, essas “raridade de condições” só servem para a vida tal como a conhecemos, e nem sequer sabemos em que outras bases ou formas a vida pode existir.
n3m3