Cientistas brasileiros contestam o fato do Oumuamua ser uma nave alienígena
Interessante que cada vez que alguém insinua que algo possa ser oriundo de uma inteligência extraterrestres, mesmo sendo um cientista, um “vagão” cheio de outros cientistas corre para contestar.
Abaixo está um artigo publicado ontem no site G1, que fala sobre astrofísicos brasileiros, os quais dizem que a idade estimada do Oumumua – aquele objeto misterioso que nos visitou recentemente – afasta a hipótese alienígena. Mas os cientistas brasileiros não foram os únicos a espernear quanto a possibilidade desse misterioso objeto ser de origem inteligente, pois há muitos artigos em inglês e outras línguas pela Internet com declarações de outros cientistas, os quais (provavelmente apavorados) rejeitaram prontamente essa hipótese.
Veja abaixo parte do artigo sobre os cientistas brasileiros, que pode ser lido na íntegra em seu local de origem:
Parece que não foi dessa vez que os extraterrestres estabeleceram contato. Dois cientistas brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiram estimar a idade do Oumuamua, primeiro objeto interestelar a cruzar o Sistema Solar, entre 200 e 450 milhões de anos. A pesquisa será publicada neste mês na versão física da “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society“.
Isso significa que a “panqueca alienígena” é jovem — para padrões estelares. Esse cálculo torna ainda mais improvável que o Oumuamua tenha sido enviado à Terra por alienígenas, como afirmaram pesquisadores de Harvard em prévia de artigo divulgada na última quinta-feira (1) e com data de publicação prevista para a próxima segunda-feira (12), na Astrophysical Journal Letters.
Quem explica é o primeiro autor do estudo, o doutorando Felipe Almeida Fernandes, que assinou a pesquisa em parceria com o orientador, Hélio Rocha Pinto, diretor do Observatório do Valongo, da UFRJ.
“Essa idade, que pode chegar a 1 bilhão de anos — considerando algumas fontes de incerteza — vai contra ele ter uma origem artificial. É muito pouco tempo para a vida surgir, evoluir, e chegar a seres vivos com capacidade para explorar o espaço. Na Terra, foram 4,5 bilhões de anos para isso”, pondera. Esses números valem para os padrões terráqueos de evolução. No entanto, se ele veio de fora do nosso sistema, poderia ser diferente se tivesse sido enviado pelos ETs?
“Poderia ser diferente. Com certeza. A gente só sabe o único exemplo que conhece, que é a Terra. Mas aí seria mais uma ‘forçação de barra’ que teria que ser feita para explicar que é uma nave”, analisa Felipe. Ele usou um modelo da pesquisa do doutorado — que não é sobre o Oumuamua, e sim sobre órbitas de estrelas na galáxia — para calcular a idade da “panqueca alienígena”.
Para Hélio Rocha Pinto, a hipótese da sonda extraterrestre também é improvável. “Como ele foi descoberto há um ano, tem muita gente falando muita coisa. Daqui a dois anos, essas ideias estapafúrdias vão ficando de lado. Na ciência, a gente levanta muita hipótese para que alguém possa refutá-las”, ressalta.
Outros pesquisadores já haviam tentado calcular a origem do Oumuamua, mas não a sua idade, afirmam os cientistas da UFRJ. Saber quantos anos o objeto tem pode, no entanto, ajudar a entender de onde ele veio, explica Felipe.
Para ler o restante do artigo, acesse este o link clicando aqui.
Devido ao comportamento estranho do Oumuamua, que foi totalmente diferente de qualquer corpo celeste conhecido pela ciência até hoje, somente o que podemos fazer é teorizar a seu respeito. Aqueles que têm certeza de que não estamos sós no Universo ousam pensar que ele seja uma nave à deriva, ou mesmo uma sonda alienígena funcional. Mas aqueles resistentes à existência de vida fora de nosso planeta, por um motivo ou outro, sempre tentarão desbancar qualquer um que sequer insinue que a vida extraterrestre nos visitou, ou pior, que ainda está visitando.
n3m3
Colaboração: Lênio, KAM