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Veja porque nada no Universo pode ser real – Você é um “Cérebro de Boltzmann”?

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Um paradoxo alucinante questiona a natureza da realidade.

  • Os “Cérebros de Boltzmann” são entidades desencarnadas hipotéticas com autoconsciência.
  • Pode ser mais provável que um Cérebro de Boltzmann venha a existir do que todo o Universo.
  • A ideia destaca um paradoxo na termodinâmica.

O paradoxo do Cérebro de Boltzmann pode realmente puxar o tapete debaixo de você, se você segui-lo para todas as suas extensões lógicas e ilógicas. Essa ideia de agitar a mente propõe que o mundo é possivelmente apenas um efeito de sua consciência desencarnada e realmente não existe. E o seu senso de identidade é apenas uma flutuação estatística. É algo que é mais provável que venha a existir por acaso do que o Universo que teria que produzi-lo.

Então você é realmente um Cérebro de Boltzmann? Vamos olhar para o pensamento subjacente.

Nosso Universo é extremamente vasto e complexo, ainda cheio de coisas tão inimagináveis ​​quanto o que já descobrimos. Tem leis como uma flecha do tempo que parece estar fluindo apenas em uma direção. Tem corpos planetários de várias formas e tamanhos. Também nos tem, seres humanos, as criações supremas da natureza (pelo menos de acordo com nós mesmos). Mas toda essa incrível quantidade de matéria variada também é muito difícil de ser obtida, exigindo uma tremenda quantidade de energia. Sabemos que geralmente as coisas tendem a desmoronar e decair.

O que o influente físico austríaco Ludwig Boltzmann (1844-1906), um dos fundadores do campo da termodinâmica, hipotetizou é que enquanto a entropia de um sistema (sua medida de desordem) sempre aumenta (movendo-se para a desordem), existe alguma pequena possibilidade de que uma flutuação possa trazer um sistema da desordem para a ordem. Assim, diminuiria sua entropia, afastando-a ainda mais do equilíbrio.

Ludwig Boltzmann, 1901.

A partir do trabalho do físico, conclui-se que seria mais provável que flutuações quânticas aleatórias na natureza criassem algo mais simples do que nosso Universo – por exemplo, uma entidade autoconsciente que acredita ser uma pessoa em um mundo cheio de pessoas, história e leis físicas em particular. Mas tal pessoa – digamos que seja você – está cheia de todo o conhecimento e experiências, porque você é feito dessa maneira pela flutuação que criou você. Não há nada realmente lá além de sua autoconsciência.

Estes tipos de entidades foram apelidados de ‘Cérebros de Boltzmann’ pelos físicos modernos Andreas Albrecht e Lorenzo Sorbo. Eles não alegaram que tais cérebros realmente existissem, mas usaram a ideia para apontar os absurdos e as limitações de levar a ideia de flutuações termodinâmicas à sua extensão.

Os “Cérebros de Boltzmann” também foram criticados como paradoxos filosóficos que são experimentalmente improváveis. O físico teórico do Caltech, Sean Caroll, os chamou de ‘cognitivamente instáveis: eles não podem ser simultaneamente verdadeiros e justificadamente acreditados’ em seu artigo de 2017 “Why Boltzmann Brains Are Bad.” (Porque os Cérebros de Boltzmann São Maus- Título em Tradução Livre).

Os debates da ideia persistem, no entanto, especialmente porque é difícil refutar. Afinal, se você fosse um Cérebro de Boltzmann, tudo o que você pudesse inventar para provar ou desmentir seria provavelmente por causa das alucinações que sua consciência está tendo.

Outros tipos de pensamento solipsista também entraram em nossa cultura. Caso em questão – a noção de que podemos estar vivendo em uma realidade simulada, propagada por luminares como Elon Musk e Neil deGrasse Tyson.

(Fonte)


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