Cientistas explicam aos senadores dos EUA porque é importante encontrarmos os alienígenas
O Comitê do Senado para o Comércio, Ciência e Transporte dos Estados Unidos está realizando uma série de audiências que levam a outra lei de autorização da NASA, para ajudar a definir metas e autoriza o financiamento para a agência. Na quarta-feira (8), cientistas das universidades norte-americanas, do Smithsonian Institution e da NASA responderam às perguntas dos senadores sobre porque o Congresso deveria financiar a busca por vida extraterrestre.
“Acredito que é uma das grandes questões de toda a humanidade”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da NASA para a Diretoria de Missão Científica, ao comitê do Senado. “É assim que as grandes nações deixam uma marca – o que fazem pelos seus cidadãos e como fazem a história avançar”.
Alguns dos pesquisadores observaram que a busca por questões difíceis traz inovação e impulsiona a economia. Tecnologia prática, como o GPS, veio de cientistas que resolviam problemas de física em que estavam interessados (também satélites, armas nucleares e a Guerra Fria). A busca por vida alienígena também atrai novas emoções, incentivando jovens pesquisadores a entrarem em campo.
“ A maioria dos engenheiros de hoje, seja na ciência espacial civil, defesa nacional ou segurança nacional, foi inspirada pelos pousos na Lua”, disse Sara Seager, professora de física e ciência planetária do MIT. “E hoje, o equivalente a isso é a busca pela vida.”
…Embora os EUA ainda possam ser considerados líderes em ciência espacial – ainda estão desenvolvendo tecnologias impressionantes como a Starshade, que poderia ajudar na caçada à Terra 2.0 – os programas espaciais europeus e chineses estão se atualizando em termos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“Olhando para onde [a China] pode estar daqui a uma década, se pararmos de investir, eles serão os líderes”, disse o astrônomo de Princeton, David Spergel, aos senadores.
O senador Ed Markey (D-Massachusetts) perguntou sobre a mudança climática e como a exploração espacial poderia ajudar as pessoas aqui na Terra. Ellen Stofan, diretora do Museu Nacional do Ar e do Espaço do Instituto Smithsoniano, explicou que observar os climas de outros planetas nos ajudou a entender o nosso. Especificamente, estudar a atmosfera de Vênus ajudou os cientistas a identificar o buraco na camada de ozônio da Terra nos anos 70. Seager mencionou que a imagiologia médica depende de técnicas de astronomia, e que a sua equipe no MIT está a trabalhar num pequeno satélite de caça a planetas que provavelmente será mais útil para o modo como empacota dados, do que com a forma como encontra os exoplanetas. “Há tanto, poderíamos conversar aqui por horas”, disse Zurbuchen.
O senador Gary Peters (Democrata-Michigan) perguntou porque os físicos acham que a vida pode estar em Marte, dado que só tinha água há cerca de 500 milhões de anos. Stofan explicou a importância de realmente enviar seres humanos para Marte – a vida que poderia ter se desenvolvido no planeta não teria sido complexa, mas unicelular. ‘Acho que os seres humanos no planeta quebrarão muitas rochas’ para encontrar evidências fossilizadas de vida, disse ela.
O senador Peters perguntou se poderia haver civilizações avançadas que não conseguimos encontrar. Stofan disse que a NASA está buscando a maneira correta de localizar a vida, que é primeiro entender a natureza e variedade da vida que pode ter evoluído em nosso próprio Sistema Solar. Esse conhecimento poderia fornecer uma base para encontrar vida complexa em outras partes da galáxia.
É claro que ambas as câmaras do Congresso estão empolgadas com a ciência espacial, apesar dos recentes reveses relacionados ao Telescópio Espacial James Webb. Eles não querem perder terreno para a China e querem novas tecnologias que a indústria privada possa usar. Mas o mais importante é que praticamente todo mundo quer encontrar alienígenas.
(Fonte)
Se ao menos levassem a sério os avistamentos de OVNIs e os estudassem como rigor científico, já teriam decifrado a questão da vida alienígena, se é que já não decifraram.
n3m3