Ex-diretor da NASA diz que Marte ainda pode ter vida, e outros fatos sobre o planeta vermelho
Embora esta questão já tenha sido comentada aqui no OH, vale a pena relembrar essas declarações, como também aprender um pouco mais sobre a história do estudo astronômico de Marte.
Charles Frank Bolden, Jr, ex-administrador da NASA, General de Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e um ex-astronauta da NASA fez comentários surpreendentes sobre o planeta vermelho quando atuou como Administrador da NASA. Em uma entrevista, Bolden disse que “… Marte é muito parecido com a Terra ou, pelos menos, costumava ser muito parecido com a Terra; é um planeta irmão da Terra; é o planeta mais provável em nosso sistema solar que TEVE VIDA NO PASSADO, PODE TER VIDA AGORA … ”
Abaixo o vídeo das declarações de Charles Bolden, seguindo por fatos interessantes sobre a história do estudo astronômico de Marte (Para informações de como ativar a legenda em português, embora esta não seja precisa, clique aqui):
https://www.youtube.com/watch?v=frGu_NtvLbI
Marte tem sido tema de discussão há décadas entre astrônomos e cientistas. Há milhares de anos, civilizações antigas em todo o mundo observavam os céus e, consequentemente, Marte, a estrela vermelha que brilhava no céu noturno. Mas todas essas observações foram feitas a olho nu. Finalmente, nos anos 1800, observatórios com poderosos telescópios foram construídos em todo o mundo e os astrônomos começaram a explorar o espaço como nunca antes. Em 1877, Giovanni Virginio Schiaparelli (1835-1910), diretor do Observatório Brera em Milão que observou o planeta vermelho como ninguém o fez anteriormente, começou a mapear e nomear áreas na superfície de Marte.
Ele acabou dando nome aos “mares” e “continentes” do planeta vermelho (as áreas sombrias e claras do planeta) com nomes de fontes históricas e mitológicas. Ele foi o astrônomo que interpretou as manchas na superfície de Marte como sendo canais e decidiu chamá-los de “canali”. O nome canali, que significa canais, acabou acabou dando a ideia de que Marte tinhas vida inteligente em sua superfície.
Eventualmente, a notícia se espalhou, principalmente devido à recente conclusão do Canal de Suez em 1869 – provavelmente a maravilha da engenharia naquela época – fazendo com que as pessoas interpretassem que havia estruturas artificiais em grande escala na superfície do planeta vermelho.
No entanto, em 1894, Percival Lowel, um astrônomo rico de Boston, fez suas primeiras observações do planeta vermelho a partir de um observatório particular que ele havia construído no Observatório Flagstaff, Arizona-Lowell.
Lowel decidiu que os canais na superfície do planeta vermelho eram reais e até mesmo mapeou centenas deles. Lowell estava convencido de que as linhas retas em Marte eram canais artificiais construídos por uma civilização marciana e eram usados para transportar água das calotas polares do planeta vermelho para as regiões equatoriais. Em 1895, Lowell publicou seu primeiro livro sobre Marte, com inúmeras ilustrações e, durante as próximas duas décadas, publicou mais dois livros populares avançando suas idéias de que a vida existia em Marte.
A partir daqui, a ideia de que Marte foi o lar da vida inteligente se desenvolveu rapidamente.
As teorias de Lowell e os mapas de Marte influenciaram o escritor inglês HG Wells, que, em 1898, publicou a ‘Guerra dos Mundos’ (The War of the Worlds), uma novela de ficção científica onde Wells escreveu sobre uma invasão da Terra por alienígenas de Marte – dando origem a um gênero completamente novo de ficção científica.
Mas a ciência moderna percorreu um longo caminho a partir daí.
Nos últimos dois anos, descobrimos que Marte é um dos planetas mais semelhantes à Terra já encontrado. De fato, nosso planeta vizinho já foi – bilhões de anos atrás – o planeta gêmeo da Terra.
Graças aos inúmeros jipes-sondas e sondas orbitais que estudam Marte atualmente, conseguimos descobrir tanta informação valiosa no Planeta Vermelho que devemos repensar completamente o que pensamos sobre ele.
A pesquisa da NASA sugere que Marte já teve um oceano maciço que contenha mais água que o oceano Ártico da Terra.
Conforme relatado pela NASA, cerca de 4,3 bilhões de anos atrás, o planeta vermelho provavelmente tinha água suficiente para cobrir toda a sua superfície em uma camada líquida de aproximadamente 137 metros de profundidade. Além disso, a água teria formado um oceano que ocupava quase metade do hemisfério norte de Marte, em algumas regiões atingindo profundidades superiores a 1,6 km.
Este fato foi considerado ridículo por muitos cientistas no passado.
Mas isso não é tudo. Especialistas também descobriram que Marte já teve enormes rios e lagos cobrindo sua superfície.
Além disso, especialistas descobriram que Marte, uma vez, também teve uma atmosfera muito semelhante à Terra, e provavelmente teve todas as condições necessárias para sustentar a vida tal como a conhecemos.
(Fonte)
Ainda que o artigo acima fale pouco do ex-administrador da NASA e esse assunto já tenha sido comentado antes aqui no OH, as declarações que ele fez sobre a vida em Marte não são nada quando comparadas com outro ocorrido de seu histórico na agência espacial. Fala-se pela Internet que a saída de Chalres Bolden da agência espacial foi algo, no mínimo, muito controverso, pois ele teria alertado sobre uma iminente invasão alienígena.
Embora não possamos confiar em tudo que é comentado na Internet, sempre é bom lembrarmos aquele velho ditado: “Onde há fumaça, há fogo.”
Veja abaixo o artigo relacionado ao controverso desligamento de Charles Bolden, da NASA:
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