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A descoberta oficial de vida alienígena pode estar próxima. Como irão reagir as religiões?

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Tempo de leitura: 3 min.
Este artigo, que publicado no site The Guardian, é um tanto controverso, mas muito interessante. Peço a gentileza de todos os leitores que queiram comentar, para não começarem com pregações religiosas ou ateístas na área de comentários. As pregações encontradas serão apagadas dos comentários.
Não estamos aqui para pregar religião ou o ateísmo, mas sim para analisarmos os impactos da confirmação oficial da vida extraterrestre na humanidade, a qual já é muito óbvia há anos, mas que, por resistência da ciência de tendência predominante e pela zombaria incutida nas mentes dos menos informados, ainda não foi adotada pela consciência geral mundial.
descoberta oficial de vida alienígena pode estar próxima
Outros mundos no Universo. Ilustração do exoplaneta Kepler-186f. Crédito: T. Pyle/ AFP/Getty

Há quase duas décadas, era praticamente incerto se as estrelas, fora o nosso Sol, até mesmo teriam outros planetas.  Porém, de acordo com a NASA, a última contagem de exoplanetas confirmados está por volta de 3.500 – e pelo menos seis deles são Terras em potencial. Esta contagem definitivamente irá aumentar e muitos pesquisadores acreditam que o avanço da tecnologia permitirá aos humanos descobrirem alguma forma de vida em outro planeta nos próximos anos.

De forma compreensível, estas descobertas irão incitar questões sobre o lugar da Terra no Universo. Além disso, o contato com a vida inteligente em outros lugares do Universo apresentará questões teológicas e filosóficas que muitas religiões acharão extremamente desafiadoras.  Isto é especialmente verdadeiro para a cristandade, que foca primariamente no ser humano – e nos ensina que Deus criou o homem à sua própria imagem, e que todos os outros animais e plantas foram criados para o homem.

A interação com a vida alienígena não é mais somente discutida no domínio da filosofia; ela entrou no âmbito científico tradicional. Percebendo esta possibilidade, em 2014 a NASA cedeu US$1,1 milhão para o Centro que Questionamento Teológico, uma instituição independente que apoia uma iniciativa para estudar “as implicações na sociedade da astrobiologia”. A NASA foi criticada por alguns por fornecer dinheiro para organização com raízes teológicas cristãs.

A ideia de um espaço infinito, com a glória infinita de Deus, originou com Nicolau de Cusa, um filósofo alemão que manteve sua teologia infinita dentro da estrutura católica. Em 2017, tais pensamentos filosóficos cederam a vez para a ciência prática – três cientistas no campo da ciência dos exoplanetas foram mencionados na lista das 100 pessoas mais influentes da Revista Time.

A questão central seria, a criação de Deus se estenderia além de um único planeta? Se este for o caso, os habitantes desses planetas acreditariam no mesmo Deus como os humanos?  Como poderia o criador do Universo negar aos habitantes desses mundos uma chance de redimirem seus pecados? Isto significa que Deus encarnou com Jesus naqueles mundos, contrário aos ensinamentos da Bíblia que dizem que a redenção de Cristo foi um evento único, feito para os humanos na Terra?

Isto poderia se tornar um caso muito forte para as religiões institucionais sobreviverem a descoberta de planetas alienígenas e a consequente batalha com a exoteologia – um termo que descreve os assuntos teológicos como são relacionados à inteligência extraterrestres. Estas instituições sempre mostram uma fantástica habilidade de permanecerem relevantes.  Seja lá quando for que encontrarem uma nova mudança de paradigmas, elas produzirão interpretações das escrituras que justificariam suas próprias existências.  Também há, bem simplesmente, algo especial sobre a religião que ressoa com os humanos a um nível fundamental.

Para as religiões tradicionais e as instituições religiosas, o desejo de expandir sua riqueza material e poder, muitas vezes prevalecem sobre o espalhamento das doutrinas teológicas. Isto muitas vezes tem levado à uma cultura de exploração, tanto do povo quanto do planeta. Talvez isto explique porque a revolução Copérnica ou Darwiniana não acabou com a ordem religiosa de forma significativa no passado.  As elites religiosas da Terra derivarão a coragem e determinação de perseguirem suas metas deste mundo material, mesmo se elas estiverem convencidas da existência de múltiplos universos que operam sob diferentes leis da física.

O triunfo destas instituições é análogo à audácia dos organismos quando encaram desafios na natureza. As instituições religiosas possuem habilidades impressionantes de sobrevivência, maiores do que as habilidades humanas individuais.  Elas também têm suas origens em necessidades emocionais e pessoais – e para muitos, eles continuarão a oferecer esses requisitos.

Todavia, esta religião personalizada se tornou um organismo complexo com ambições de controle da sociedade e da riqueza. Um recente estudo do Pew Research Center descobriu que o crescimento de grandes grupos religiosos superaria o aumento da população religiosa não personalizada, a despeito de  tendências nos Estados Unidos e outros países ocidentais, onde espera-se que a proporção de pessoas não afiliadas religiosamente aumente.

Assim como poderíamos resolver a teoria de muitos mundos e seus muitos deuses?  Podemos estar certos que as religiões da terra não acomodarão os deuses alienígenas. Talvez deveríamos nos basear no astrônomo Carl Sagan, que escreveu:

Enquanto isto, em outros lugares há um infinito número de outros universos, cada um com seu próprio Deus sonhando o sonho cósmico. Dizem que os homens não podem ser os sonhos dos deuses, mas sim que os deuses são os sonhos dos homens.

n3m3

Fonte

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