10 fatos sobre a NASA que você não sabia
A NASA é a agência espacial que amamos odiar, mas não pelas suas inúmeras descobertas ou enorme avanços científicos que foram repassados para a sociedade, mas porque ela gosta de guardar ‘segredinhos’ e muitas vezes negar o óbvio.
Mesmo assim, não podemos deixar de valorizar a importante contribuição científica que a agência tem feito pra a humanidade. E para celebrar isto, abaixo estão 10 fatos sobre a agência que você não sabia.
10. A NASA tem um problema sério com jacarés
Desde 1968 o local principal de lançamento de foguetes da NASA tem sido o Centro Espacial Kennedy, na Ilha Merritt. A ilha também é o lar de uma reserva nacional de vida selvagem, que compartilha uma divisa natural com o porto espacial. Isto significa que, ocasionalmente, a vida selvagem faz uma visita ao centro de voo. A maioria dos animais não causa problema algum para a NASA. Mas um espécie que tem causado comoção em várias ocasiões é o jacaré americano.
O estuário da ilha tem criado um ambiente ideal para jacarés, e as interdições de pesca têm assegurado a existência de uma fonte estável de muito alimento. Os animais não têm razão para deixar a área, mas de vez em quando eles gostam de tomar banho de Sol. Eles têm sido avistados em estacionamentos, pistas de decolagem e pouso, e nas ruas. Até agora, a pior coisa que fizeram foi a de brevemente segurar o tráfego durante horários de pico.
Como não perdem a oportunidade, os cientistas começaram a estudar os jacarés. Eles vêem os répteis como uma espécie indicativa da saúde geral da vida selvagem na região – como um canário na mina de carvão. Como a NASA usa tecnologia, componentes e químicos, eles querem ter certeza que nenhum dos animais está tendo efeitos adversos no meio-ambiente.
9. A NASA gravou um música pelo planeta
Embora não tenha conseguido chegar nas paradas de sucesso, uma gravação de áudio batizada de “Earthsong” (música da Terra) foi “cantada” pelo próprio planeta e liberada pela NASA em 2012. A gravação foi feita pelas Sondas de Tempestade do Cinturão de Radiação (agora conhecidas como Sondas Van Allen) e apresenta um fenômeno chamado coro – emissões de rádio causadas pelas ondas de plasma nos cinturões de radiação da Terra.
De acordo com Craig Kletzing, da Universidade de Iowa, que ajudou a construir o Jogo de Instrumentos de Campo Magnético e Elétrico e receptor de Ciência Integrada, e costumava captar os sinais, o som representa o que ouviríamos nos cinturões de radiação se os humanos tivessem antenas ao invés de ouvidos. Ele também disse que o som não é causado por ondas acústicas, mas sim por ondas de rádio oscilando em frequências entre 0 e 10kHz.
A missão principal das Sondas Van Allen é a de estudar o coro, embora a gravação tenho sido somente um pequeno experimento divertido feito à parte. Os cientistas estão particularmente interessados num fenômeno potencialmente causado pela emissão do coro, chamada de “killer electron” (elétron assassino). Estas partículas ultra-relativistas têm energia suficiente para apresentar uma ameaça a tudo que ficar em seu caminho, inclusive espaçonaves a astronautas.
8. A NASA projetou a roupa de banho perfeita
A NASA sempre tem estado aberta para parcerias com outras marcas, a fim de aumentar sua exposição e encontrar aplicações para o mundo real de suas muitas inovações. Em 2004, a NASA fez uma parceria com a fabricante gigante de roupa de banho Speedo USA, para ajudar a projetar uma nova roupa de banho com redução de arrasto. A NASA aproveitou seu vasto conhecimento de aerodinâmica e testou mais de 60 tecidos diferentes em seus túneis de vento para ver quais forneciam o menor arrasto.
O resultado final foi o LZR Racer (pronunciado ‘laser’) – uma roupa de banho de corpo inteiro, ‘soldada’ de forma ultrasônica e feita de poliuretano e nylon-elastano. Nas Olimpíadas de Pequim 2008, os atletas que usaram a LZR Racer quebraram 23 recordes mundiais. Noventa e oito por cento dos nadadores que venceram medalhas usavam a roupa de banho projetada pela NASA.
No final, a Federação Internacional de Natação decidiu que a roupa fornecia vantagem demais. Novas políticas foram introduzidas restringindo a área máxima do corpo que podia ser coberta pela roupa de banho, bem como o tecido usado. Isto essencialmente proibiu os nadadores de usarem o projeto original LZR Racer.
7. A NASA requer que os astronautas passem por um treinamento de sobrevivência na selva/deserto
Nem todo mundo pode ser um astronauta. Todos sabemos que isto requer muita dedicação e esforço. Mas poucos sabem exatamente o quão extenso o treinamento pode ser, até mesmo requerendo que os astronautas aprendam a sobreviver na selva. Exercícios de sobrevivência na água são partes integrais do treinamento dos astronautas. Isto faz sentido, já que o pouso na água era uma prática padrão até o desenvolvimento do programa de Ônibus Espaciais. Porém, as cápsulas nem sempre pousavam onde era planejado, e a NASA gosta de estar preparada para o imprevisto. É por isso que todos os astronautas devem passar por um treinamento especial, tal como aprender a viver no deserto ou na selva por longos períodos. Este requerimento data da época dos sete astronautas do projeto Mercury, no início da década de 1960. Eles eram treinados nas bases da força aérea em Nevada e no Panamá.
Até agora, nenhum astronauta teve que utilizar seus conhecimentos de sobrevivência. O maior erro de pouso ocorreu em 1962, quando a Aurora 7, pilotada pelo astronauta do projeto Mercury, Scott Carpenter, pousou a 400 km fora da rota. A cápsula caiu nas águas ao noroeste de Porto Rico e foi resgatada horas mais tarde por uma porta-aviões.
6. A NASA usou o teste da sacudida
https://youtu.be/PnsFFhKqXXo
Um fato divertido na Internet diz que a tecnologia no seu telefone ou no seu relógio é mais avançada do que a usada para enviar o homem à Lua. Isto é um testamento da baixa tecnologia usada no início da NASA, que muitas vezes tinha que utilizar soluções simples para resolver problemas complexos. E o mais básico e bizarro era o teste da sacudida.
Foguetes precisavam ser testados para assegurar que podiam aguentar as pesadas vibrações que teriam que passar durante o lançamento. Estas espaçonaves desenvolviam milhões de quilos de empuxo, e até mesmo um parafuso solto poderia significar desastre.
Hoje em dia, os foguetes modernos, como o Orion, têm que passar pela máquina de sacudir mais poderosa do mundo – uma mesa vibratória que tem 7 metros de largura e pesa 25 toneladas, nas instalações Plum Brook Space Power. Cada módulo de serviço passa por dezenas de testes antes de ser liberado para uso.
Na década de 1960, as coisas eram bem mais primitivas. Após o furação Alma, os cientistas da NASA ficaram preocupados com o que aconteceria à integridade estrutural do foguete se fosse atingido por fortes ventos na plataforma de lançamento. Eles não tinham um teste avançado para isto, assim a tripulação de solo teve que sacudir o foguete manualmente para ver o que aconteceria. Alguns empurravam com suas pernas, enquanto outros puxavam com uma corda. Esse foi primeiro teste usado pela NASA para sacudir um foguete. Acontece que eles precisavam uma maneira melhor de segurar que o foguete em cima da plataforma. O foguete caiu, mas felizmente não caiu em cima de ninguém.