Cientistas dizem que erupções no planeta anão Ceres podem indicar a presença de vida
Cientistas estão aprendendo mais sobre como o planeta anão Ceres se formou, mantendo-se alertas caso haja vida extraterrestre por lá.
Até recentemente, um vulcão em Ceres estava cuspindo material salgado debaixo da superfície do planeta.
Bem, na verdade isto ocorreu há 4 milhões de anos, mas pelos padrões do nosso sistema solar não foi tanto atrás, especialmente considerando-se que a cratera na qual os cientistas observaram a evidência de atividade criovulcânica tem aproximadamente 30 milhões de anos, de acordo com um estudo no Astronomical Journal. Para comparação, nosso sistema solar tem quase 5 bilhões de anos.
O Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar (MPS) recém anunciou a explosiva descoberta dizendo:
Ceres é assim o corpo mais próximo do Sol que mostra atividade criovulcânica
Especialistas puderam ver o material ejetado – o qual o Instituto se referiu como sendo “salmoura do subterrâneo”, composta de sais minerais – na cratera Occator do planeta anão, porque tinha uma tonalidade mais clara do que tudo mais naquela área, devido à sua pouca idade. Eles analisaram os dados da sonda espacial Dawn, da NASA, que havia seguido Ceres ao longo de sua órbita ao redor do Sol e capturado as imagens.
A informação ajuda a contar uma história sobre como aquela parte de Ceres se formou, com um enorme objeto impactando o planeta para criar a cratera Occator de 92 quilômetros de diâmetro – mas isto também “disparou a atividade criovulcânica mais tarde”, disse o pesquisador do MPS, Andreas Nathues, numa declaração do instituto. Com o impacto, a salmoura se moveu para perto da superfície e finalmente entrou em erupção.
Essas erupções podem não ter terminado. “Se a atividade criovulcância cessou completamente ou se ainda está ocorrendo a nível menor, ainda não está claro, disse o MPS. “As fotos da cratera mostrando neblina quando vistas em certos ângulos parecem mostrar a última opção.”
O diâmetro da cratera (92 km) é significante, devido o tamanho de todo o planeta anão, 939 quilômetro de diâmetro, de acordo com o estudo no Astronomical Journal. Isto torna o planeta anão o maior objeto no cinturão de asteroides”, que fica entre Marte e Júpiter.
Em seu ponto mais próximo da Terra, o cinturão de asteroides fica tão longe de nós quanto o Sol, e seu ponto mais longínquo é aproximadamente o dobro dessa distância. Assim, por que deveríamos nos importar como Ceres se formou?
Com base em seu potencial para ter água, os cientistas estão tentando determinar se ele poderia ter vida. A NASA declarou:
A água é essencial para a vida, assim é possível que com este ingrediente e algumas outras poucos condições, a vida pode existir lá. Coisas vivas em Ceres, se elas estiveram lá mesmo, provavelmente seriam micróbios muito pequenos, similares às bactérias. E embora Ceres possa não ter coisas vivas hoje, há sinais de que abrigava a vida no passado.
Há quem diga que Marte era uma Lua de uma ‘super-Terra’ que foi destruída, e os escombros desse planeta são o que é hoje o Cinturão de Asteroides. Se este realmente for o caso, então Ceres pode ter sido um pedaço deste planeta que foi destruído.
n3m3