China alega ter enviado EmDrive ao espaço
Enquanto estávamos aqui argumentando ser era possível ou não, a China oficialmente anunciou já ter criado seu EmDrive funcional, e o aparelho de empuxo eletromagnético, que não usa combustível, está atualmente sendo testado abordo da estação espacial Tiangong-2.
O anúncio foi feito em 10 de dezembro numa conferência de imprensa em Pequim, por Li Feng, projetista chefe da divisão de comunicação por satélite da Academia de Tecnologia Espacial da China (ATEC). Ele confirmou que os cinco anos de pesquisa financiada pelo governo para mecanismos de empuxo por microondas resultaram num protótipo do EmDrive que está sendo testado em órbita.
O EmDrive da China, que em tese pode impulsionar uma nave até Marte em 10 semanas, será utilizado em breve? Falando como engenheiro, e não como porta-voz do governo, Li Feng admite que há alguns desafios que ainda precisam ser trabalhados. Para atingir este tipo de velocidade, o EmDrive precisa muito mais empuxo do que os milinewtons gerados pelo protótipo.
O estabelecimento de uma plataforma de verificação experimental para completar o teste de mensuração de empuxo, bem como vários anos de repetidos experimentos e investigações nos fatores correspondentes de interferência, confirmam que este tipo de empuxo realmente existe.
Um newton é a quantidade de força necessária para acelerar um quilograma de massa à uma taxa de um metro por segundo ao quadrado. O empuxo de um jato caça é de 130 Knewtons. Assim, o EmDrive da China tem uma longa estrada a percorrer.
Haveria mesmo um EmDrive funcional na estação espacial Tiangong-2, ou a China somente está tentando superar a liberação de imprensa da NASA de que o dispositivo foi testado num laboratório da Terra e produziu empuxo no vácuo? Nenhuma demonstração foi incluída pela NASA, assim a revisão por pares meramente confirma que o argumento apresentado é sólido. Não é bem a mesma coisa que um protótipo funcional, mas a conferência de imprensa dos chineses também não parece ter incluído um vídeo de demonstração.
Será que a NASA irá anunciar mais avanços nesta tecnologia para superar os chineses?
Quem viver, verá.
n3m3