Novo estudo diz que a vida existe sim em Marte, e foi encontrada pela sonda Viking em 1976
Um novo estudo publicado no Journal Astrobiology sugere que o experimento Viking (LR) 1976 descobriu mesmo evidências de vida microbiana na superfície de Marte.
Há quarenta anos, antes de termos qualquer ideia da existência de água no estado líquido em Marte, e que o planeta vermelho era a coisa mais próxima ao ambiente da Terra em nosso sistema solar, o experimento Viking 1976 descobriu evidências conclusivas que davam apoio à existência de vida em Marte, diz um novo estudo. De forma estranha, há quarenta anos, ‘os traços de vida’ em Marte foram descartados como sendo um erro, mas o cientistas hoje discordam.
A questão se Marte é habitado, ou não, tem captado o interesse e a imaginação de milhões ao redor do globo. Em 1976, um experimento conhecido como Viking Labeled Released retornou um resultado positivo por traços de vida em Marte.
Ambas sondas Viking, que pousaram em Marte a 6.000 km uma da outra, retornaram resultados muito similares, levando muitos cientistas a concluírem que a vida havia sido detectada naquele planeta.
Porém, como céticos que somos por natureza, a descoberta foi descartada e rotulada como não biológica.
O material do solo que apoiou esta explicação permaneceu um mistério.
Agora, quarenta anos após o experimento Viking Labeled Released, e com um novo banco de dados de recente conhecimento – água na superfície no estado líquido, moléculas orgânicas complexas e metano em Marte – os especialistas ao redor do globo indicam que NÃO podemos descartar a possibilidade de que há mesmo vida na superfície de Marte.
Astrobiólogos argumentam que há evidências suficientes para respaldar a teoria de que Marte é habitado.
No artigo publicado no Journal Astrobiology, pesquisadores da Universidade do Arizona, em Tempe, e dos Instituto Nacional de Saúde, em Bethesda, discutem sobre a ideia de que há vida em Marte. Eles argumentam que a evidência é “consistente com uma explicação biológica”, o que significa que é muito provável que algum tipo de micro-organismo em Marte conseguiu se adaptar e evoluir o suficiente para se tornar resistente às condições ambientais difíceis que imperam na superfície marciana.
O que os especialistas fizeram foi estudar os experimentos LR do 1976 Viking Labeled Release e avaliar a ‘hipótese não biológica.
Nos testes LR, os pesquisadores sujeitaram as amostras do solo marciano a injeções de nutrientes, pré-aquecendo-as e deixando-as numa sala escura por aproximadamente dois meses.
Eles descobriram que houve similaridades às reações vistas em solos terrestres, inclusive de dados de amostras coletadas na Califórnia, Alasca, e Antártica.
Os autores do estudo escreveram:
“Cada uma dessas características é remanescente da reação por um compendio de espécies de micro-organismos terrestres, inclusive reações iniciais positivas, os controles de 160C e 50C, a reabsorção do gás evoluído sobre a segunda injeção de nutrientes, a morte por armazenagem isolada de longo prazo.”
Desde que Marte tem sido assunto de debate, por mais de meio século, várias explicações e teorias têm sido propostas para explicar certas descobertas. Os pesquisadores tinham que considerar todas as possibilidades, inclusive aquelas que sugeriam que os resultados obtidos pelos experimentos LR foram provavelmente causados por oxidantes não biológicos do solo . Contudo, nenhuma oxidação que possa satisfazer todas as descobertas já feitas foi encontrada, e os especialistas não fizeram mais experimentos metabólicos na superfície de Marte.
Tudo isto poderá mudar no futuro, pois os especialistas alertam que devemos nos preparar adequadamente para uma missão tripulada até a superfície do planeta vermelho.
Já que tais missões são obviamente inevitáveis, é imperativo para a saúde, segurança e biologia explicar os resultados das sondas Viking de 1976.
Os autores do estudo escrevem:
“Planos para quaisquer missões de retorno de amostras de Marte deveriam também levar em consideração que tais amostras podem conter uma vida alienígena viável, mesmo se for dormente. Não podemos descartar a explicação biológica. Isto tem uma implicação para os planos de retorno de amostras de Marte e missões humanas futuras.”
Para acessar o link da publicação do estudo, clique aqui: http://online.liebertpub.com/doi/full/10.1089/ast.2015.1464
(Fonte)
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