Estranho objeto além da órbita de Plutão começa a se tornar visível
Plutão pode estar muito longe, mas a sonda New Horizons da NASA não foi capaz de terminar com os mistérios que rondam o Sistema Solar exterior.
Pela segunda vez, a New Horizons observou o objeto 1.994 JR1. O estranho corpo possui 144 km de largura e orbita no Cinturão de Kuiper, na qual este se encontra a mais de 4,5 trilhões de km do sol.
As últimas observações do objeto foram feitas entre os dias 7 e 8 de abril pela sonda New Horizons. Com base nas imagens, os cientistas puderam começar a dar conteúdo a um retrato dessa solitária rocha espacial. Podemos agora identificar a localização de JR1 como dentro do Cinturão de Kuiper num raio de 965 km. Essa é a órbita mais precisa até o momento.
Com essas coordenadas, bem menos que o esperado, os astrônomos descartaram uma teoria de que JR1 é uma espécie de satélite plutoniano. Os novos dados também revelaram que JR1 gira rapidamente sobre si, realizando uma rotação completa em torno do seu eixo uma vez a cada 5,4 horas.
“Isso tudo é parte da excitação de explorar novos lugares e ver coisas nunca antes vistas”, disse John Spencer, membro da equipe de voo da New Horizons.
Na verdade, estes são os nossos primeiros vislumbres tentadores de um reino misterioso cujos astrônomos só souberam de sua existência algumas décadas atrás. Você pode pensar no Cinturão de Kuiper como uma vasta região cheia de pedaços primordiais de rochas que não tenham sido tocadas ou transformadas desde o nascimento do sistema solar.
Estudar os objetos do Cinturão de Kuiper (KBO – Kuiper Belt Object) poderia revelar nossa própria história, nossa origem cósmica, razão pela qual os operadores da missão New Horizons estão tentando convencer a NASA que devemos realizar um voo rasante sobre outro corpo KBO, o 2014 MU69 em 2019.
Vamos cruzar os dedos e torcer para que a missão New Horizons receba sinal verde – e os fundos necessários – para continuar operando. O voo sobre Plutão revolucionou completamente a nossa perspectiva sobre um pequeno mundo que pensávamos ser compreendido.
É difícil imaginar que passar perto de outra bola de gelo a essa distância não vá quebrar ainda mais os preconceitos sobre o sistema solar exterior…
Fonte: Alien Disclosure Group