“Os humanos estarão extintos em 100 anos”, disse professor que ajudou a erradicar a varíola
“Estaremos extintos. Seja lá o que fizermos agora, será tarde demais” – Frank Fenner
Estas palavras pertencem ao Professor Frank J. Fenner, um eminente cientista australiano, que ajudou a erradicar a varíola. Numa entrevista com o jornal The Australian, há somente alguns meses antes de sua morte, Fenner expressou seu receio a respeito do futuro da espécie humana.
Como professor emérito em microbiologia da Universidade Nacional Australiana, ele foi considerado uma autoridade em extinção. E não é para menos, pois ele teve um papel chave na erradicação da varíola, apagando o vírus da varíola do livro da vida.
Fenner fez parte de um grupo mundial de estudiosos, o qual acredita que a queda da humanidade começou logo por volta do tempo que os humanos começaram se levantar: durante o Antropoceno.
Este termo cronológico proposto se refere ao período que é caracterizado pelo impacto significante da humanidade sobre o meio-ambiente.
Pelos últimos 10.000 anos, os humanos têm mudado a face da Terra, mas nunca tão rapidamente quanto nos dois séculos que se passaram desde a Revolução Industrial. Os efeitos climáticos da industrialização rivalizam àqueles de qualquer impacto de cometa ou da era do gelo, tanto em severidade quanto em rapidez.
Fenner acreditava que a mudança climática estava nos seus estágios iniciais, mas receava que ela finalmente iria nos levar à nossa própria extinção. A explosão da população global, aliada ao “consumo desenfreado” da humanidade, assumiriam o papel de peças centrais no efeito dominó global, que continuará muito após desaparecermos. Isso é o que acontece quando você mostra o dedo do meio à sustentabilidade.
O Professor Fenner disse que o planeta Terra ficaria incapaz de fornecer sustentabilidade para nossa exigente forma de vida. Ele comparou nossa situação à do povo da Ilha da Páscoa. Um crescimento populacional explosivo deixa no final poucos recursos. A carência leva à guerra, a guerra leva à fome.
Quando os polinésios se assentaram na Ilha da Páscoa, ela era um paraíso tropical. Uma abundância de recursos significava que a população poderia crescer rapidamente, mas num curto período este crescimento tinha ficado fora de mão. As florestas foram cortadas, os animais desapareceram e os recursos ficaram escassos. Por volta do século 19, sua civilização virtualmente desapareceu. Estaria o mesmo destino esperando por nós?
Durante sua carreira, Fenner foi autor e co-autor de 22 livros e quase 300 trabalhos científicos. Infelizmente para nós, ele sabia o que estava falando. Assim, o que faremos então? Aceitar suas palavras como profética, ou começar a tomar uma posição?
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Fonte: locklip.com