Cientistas da NASA se unem à procura por extraterrestres
WASHINGTON: Cientistas da NASA, de várias disciplinas, se uniram para procurar por vida extraterrestre e irão se apropriar de um modelo climático global para simular as condições em exoplanetas habitáveis.
O trabalho do Instituto Goddard para Estudos Espaciais (sigla GISS em inglês) da NASA é parte de um esforço mais amplo para identificar mundos similares à Terra. O telescópio espacial Kepler já descobriu mais de 1.000 planetas, através da observação da breve interrupção de luz estelar, o que sinaliza a passagem de um planeta em frente de sua estrela. Pelo menos cinco destes planetas são similares em tamanho à Terra e localizados na ‘zona habitável’, onde a água pode existir no estado líquido.
“Estamos começando a pensar sobre estas coisas como mais do que objetos planetários“, disse Anthony Del Genio, um modelador climático que está liderando o trabalho do GISS. “De repente, isto se tornou um tópico não somente para astrônomos, mas também para cientistas planetários, e agora para cientistas climáticos“, disse Del Genio. O grupo de Del Genio é um de aproximadamente 16 – que incluem desde cientistas planetários e terrestres, até físicos solares e astrofísicos – que estão participando no novo programa Nexus para Ciência de Sistemas de Exoplanetas (sigla NExSS em inglês).
“Estamos reunindo um grupo de disciplinas diferentes, e elas todas analisam a formação e o funcionamento dos planetas, de diferentes formas“, disse Mary Voytek, diretora do programa de astrobiologia da NASA e organizadora da NExSS. O programa irá expandir a rede de colaboradores, disse ela. Isso deverá ajudar aos cientistas fazerem sentido dos dados e observações existentes, vindas do Telescópio Espacial James Webb e do Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito, que estão agendados para lançamento em 2018.
O programa também ajudará a NASA a desenvolver missões para a caça de exoplanetas na década de 2020 e além. No GISS, a equipe de Del Genio está tentando localizar simples parâmetros que ocorrem na Terra, tais como os dias de 24 horas e órbitas de 365 dias, para criar um modelo de exoplaneta que possa ser ajustado para diferentes sistemas de planetas.
A simulações iniciais irão focar no passado da Terra e na evolução de Vênus e Marte. No passado, cada um desses planetas pode ter tido água líquida em suas superfícies. A meta final da equipe é a de explorar o conceito de uma zona habitável, através da mistura e combinação de alguns fatores chave, os quais determinam se um planeta pode abrigar a vida.
Ao alimentar estes parâmetros no modelo de exoplaneta, o grupo criará um banco de dados de ‘atmosferas hipotéticas’ com espectros que poderiam ser visíveis aos astrônomos.
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Fonte: www.newindianexpress.com