Anomalia no céu de Avaré, SP – Brasil, é investigada pela MUFON – Peru
Em 11 de fevereiro passado, foi publicado aqui no OH um artigo com fotos tiradas por Aquilino Cesar e enviadas a nós por Cauby Bocado, as quais mostravam algumas anomalias no céu da região de Avaré – SP.
Uma dessas anomalias, foi analisada por Fernando Távara, da MUFON – Peru. Abaixo está a tradução do artigo, cujo original, publicado em espanhol, pode ser acessado neste link: mufonperu.org.
Uma anomalia singular foi registrada no céu de Avaré, São Paulo (Brasil), por um morador, acompanhado de outras testemunhas.
Dados principais do avistamento
Data: 7 de fevereiro (2015) – 18h30
Local: Avaré, São Paulo (Brasil)
Câmera utilizada: Canon 60D com lente de 75-300 mm, ISO 200, F 8.0 . velocidade de disparo 1/2000
Testemunho:
Respondo as suas perguntas:
– Vimos a anomalia à primeira vista. Minha esposa a viu por primeiro e me chamou. Ajustei a câmera e tirei as 13 fotos em modo sequencial. O objeto, seja lá o que for, se movia. Estava longe demais, primeiramente pareceu se mover em nossa direção. Foi quando tirei as fotos. Logo se moveu em direção oposta e desapareceu. Se prestar bem a atenção nas últimas fotos, quando o objeto se distanciou, ou o que seja, parece que possui um formato diferente das primeiras fotografias e o ângulo parece ter mudado. Pode-se ver também um galho de uma árvore fora de foco na fotografia, que acaba dando uma referência do que ocorreu.
– Estávamos no pátio de nossa casa e não havia vidro ou janela entre a câmera e a anomalia. Estávamos ao ar livre e a objetiva da câmera estava limpa. Cuido bem do meu equipamento.
Como mencionado no testemunho, a testemunha reportou 13 fotos na base de dados da MUFON. As fotografias possuem excelente qualidade, e além disso, um ponto muito importante, é que também foram incluídas as imagens CR2, que são no formato RAW* (formato de imagem sem modificações) utilizadas pelas câmeras Canon.
* RAW: “Formato de imagem sem modificações”, é um formato de arquivo de imagens que contém a totalidade dos dados da imagem, tal como havia sido captada pelo sensor digital da câmera fotográfica.
Fotografías
Das 13 fotos tiradas pela testemunha, foram selecionadas as seguintes, que vêm a ser da primeira e última das fotografias tiradas.
Ao ampliar a anomalia, pode-se notar que a mesma aparenta ser formada por três parte, cada uma parecendo mostrar luminosidade própria, ou podendo ser a luz solar refletida; mas temos que levar em conta o horário, 18h30.
Nas primeiras observações pode-se pensar que se trata de uma nuvem, que obviamente refletia a luminosidade. Contudo, neste caso, a estrutura e forma quase discoide das três partes da anomalia, inclusive essa luminosidade estranha, diferente de nuvens ao entardecer, e a forma do halo, faz com que a alternativa de que seja uma nuvem não ser aceita totalmente.
Ao ampliar mais a anomalia e aplicar filtros, nota-se (no recorte da primeira foto) melhor a presença de uma luminosidade avermelhada intensa, separada do halo luminoso que rodeia o resto da anomalia. Poderia ser um reflexo, poderia ser a própria luminosidade, é complicada a sua determinação.
Deve-se levar em conta que a anomalia se encontra à grande altitude, pois somente vendo as imagens a toda resolução notamos a grande distância que separa a lente da câmera até o objeto.
Dois slides da anomalia
Os seguintes slides das imagens mostram a ordem cronológica de cada uma das fotos, realizando um ampliação da própria anomalia aérea. Ao se passar pelas imagens dos slides, uma a uma, tem-se a impressão de que a anomalia está se movendo, mudando sua estrutura e possível iluminação. A um dado momento, se observa a luminosidade avermelhada; nas imagens seguintes se observa uma luminosidade celeste emanando de um ponto diferente; na imagem seguinte essa luminosidade celeste fica mais intensa.
Na última imagem dos slides, que por certo foi tirada a quase um minuto depois da penúltima foto, nota-se que a anomalia diminui de tamanho. A impressão é a de que a mesmo gira, pois muda seu tamanho e baixa sua luminosidade. Ao perceber isto, a testemunha disse que ela se deslocou e desapareceu.
Na seguinte sequência de slides, acreditei não ser conveniente realizar uma aproximação total da anomalia, para mostrar “algo mais” que pude notar ao observar as imagens. Pode-se ver uma espécie de pequena esfera, evidentemente mais longe do que a anomalia principal. Segundo o que se vê, é possível que se trate de uma estrela (e que poderia começar a ficar visível, quando se considera o horário: 18h30). É difícil determinar qual estrela poderia ser, caso seja uma.
Em outra imagem em que foram fornecidos o dia e a hora pela testemunha, que foi tirada no mesmo dia, mas aproximadamente uma hora depois (2015:02:07 19:29:52), ainda existe um brilho solar e também pode-se ver a esfera, o que confirmaria que se trata de uma estrela. A boa qualidade das imagens torna possível visualizar isso.
Vejam nesta sequência de slides o movimento da anomalia, tomando como referência a estrela (dentro do quadro vermelho). Tomemos em conta que as 13 imagens foram tiradas de maneira sequencial, possivelmente em modo ‘rajada’, pois há uma diferença de um segundo ou menos entre fotos (constatada nos dados EXIF, e nos dados dos arquivos de formato RAW (CR20-Canon)). Apesar das imagens pertencerem a quase o mesmo instante, a forma dos fotogramas mostram movimentos irregulares realizados por parte da anomalia, tomando-se como ponto de referência a estrela. É possível que tal anomalia tenha realizado movimentos rápidos para mudar sua posição drasticamente entre uma imagem e outra.
Imagem capturada no mesmo dia, porém uma hora depois: 19:29:52
A testemunha enviou uma nova foto, que seria a imagem número 14, e que foi tirada no mesmo dia (7 de fevereiro de 2015), mas aproximadamente uma hora depois, ou seja às 19h29min52seg.
Neste imagem, novamente, pode-se ver a estrela, na mesma posição, tomando como ponto de referência a árvore presente no pátio da testemunha. (Alguns galhos da mesma árvore aparecem também na fotografia de número 13).
A imagem teve que ser cortada, devido à sua grande resolução.
Devido as dúvidas que surgiram do porquê que seria 19h30, ou 18h30, embora haja luz solar suficiente no céu de Avaré, a resposta é evidente: Em fevereiro deste ano (2015), o por do Sol nessa localidade de São Paulo ocorria às 19h51 aproximadamente. Veja o seguinte quadro, obtido deste link.
Conclusão
- A anomalia mostra estrutura e luminosidade diferentes de uma nuvem.
- Foi demonstrado nos slides, tomando como ponto de referência a estrela, que a anomalia possuía um movimento, e não um deslocamento linear, mas sim movimentos irregulares (parece se aproximar do ponto de referência e logo se afastar) e tudo isso ocorre em aproximadamente um minuto.
- Há uma imagem capturada uma hora depois do avistamento, onde pode-se ver a mesma esfera esbranquiçada na mesma posição (tomando como ponto de referência os galhos de árvore do pátio da testemunha). É por isso que chegou-se à conclusão de que se trata de uma estrela.
- As imagens recebidas são originais. Além dos formatos JPG também foram enviados os formatos RAW (CR2 – Canon), daí o embasamento para crer que sejam originais.
- As horas declaradas pela testemunha foram validadas com os dados EXIF.
- Não foram encontrados relatos de fenômenos atmosféricos naquele dia. Além disso, o clima era estável e o céu limpo (como pode-se ver nas imagens).
Há muitos fenômenos atmosféricos que ocorrem diariamente sobre nossas cabeças e que desconhecemos; fenômenos que até esta data, apesar de termos tecnologia necessária, permanecem um mistério total. Pode-se pensar que um desses fenômenos foi o que se apresentou aquele dia no céu de Avaré, todavia…
– A luminosidade anormal da anomalia e que muda drasticamente.
– Os movimentos irregulares vistos nos slides, e também relatados pela testemunha.
– A mudança do formato e estrutura da anomalia.
– O fato de que não foi possível relacionar a 100% com algum tipo de nuvem, devido à luminosidade e densidade apresentadas pela anomalia.
– O fato de que, segundo as imagens, tem-se a impressão de que a anomalia seria constituída por três ou mais objetos luminosos.
Deduz-se que estamos diante de um incidente aéreo desconhecido, que poderia ser catalogado como OVNI, ou como um fenômeno aéreo desconhecido.
Fonte: mufonperu.org
Colaboração: Aquilino Cesar